Em discurso, Pastor Elias manifestou indignação e repúdio às falas do cantor pernambucano Johnny Hooker24/08/2018 - O vereador Pastor Elias (MDB) manifestou indignação e repúdio às falas do cantor pernambucano Johnny Hooker. Durante apresentação no Festival de Inverno de Garanhuns - PE, em julho, o artista afirmou que “Jesus é gay”. “Um total desrespeito aos mais de 85% da população, que é cristã, católica e evangélica, neste país [...] Nós não podemos nos calar”, disse o parlamentar, durante discurso na Câmara, na última segunda-feira (20).
Para Pastor Elias, a fala do cantor - que segundo a imprensa foi feita em defesa a uma peça de teatro que retrata Jesus como uma travesti, e que teve a apresentação vetada no evento - foi “uma maneira de vilipendiar a fé daqueles que creem na pessoa divina de Jesus Cristo”. O vereador também criticou a utilização de dinheiro público (R$130 mil, segundo ele) para “patrocinar a avacalhação com a fé pública”.
O parlamentar também criticou a baixa repercussão do ocorrido, na “grande imprensa”. “Não vi a imprensa falar absolutamente nada sobre esse assunto”, disse. E explicou que a sua indignação é com a fala de Johnny Hooker - que, inclusive, ficou “incentivando as pessoas que estavam lá a dizer que Jesus é travesti”, “de maneira covarde” - e não com o tradicional evento, realizado no agreste pernambucano.
“Agora eu pergunto: quem são os intolerantes”, questionou Pastor Elias, afirmando que se um “religioso fizesse qualquer comentário, estaria nas manchetes da TV Globo e da grande imprensa”. “Se falarmos seremos rotulados de homofóbicos e intolerantes”, disse. “Não estamos aqui falando de opção sexual, cada um tem a sua [...] Nós estamos falando é de respeito. Essa nação é cristã. Não podemos assistir isso e ficar calado”, ressaltou.
No discurso, o vereador lamentou, ainda, o ocorrido em 2015, quando, segundo ele, “houve a Marcha do Orgulho Gay, e eles [homossexuais] usaram imagens, símbolos sagrados do Catolicismo, para poder também inflamar o ódio contra aqueles que pensam diferente”. “Sou pastor aqui desde 2005. Nunca desrespeitei ninguém por sua condição sexual”, disse, ressaltando que “tem amigos homossexuais” e que “muitos deles não comungam com o ocorrido”.
