“O Estado falha e a Guarda Municipal toma a dianteira. É o que salva o sistema”, disse Paranhos, sobre problemas na Segurança PúblicaO vereador Paranhos (MDB) considera que a Segurança Pública do Estado vem sendo tratada com “amadorismo”. Em discurso no Plenário da Câmara, na sessão ordinária de segunda-feira (2), o parlamentar manifestou sentimentos aos familiares das vítimas de crimes hediondos ocorridos recentemente na cidade, e defendeu “que o governo [municipal] faça seu papel, cobrando do [governo do] Estado de São Paulo o que é de responsabilidade dele”.
No pronunciamento, Paranhos salientou que, conforme a Constituição Federal, a Segurança Pública - composta pelas Polícias Militar e Civil, pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário - é “dever do Estado e responsabilidade de todos”. “Tudo [todas essas estruturas integram a estrutura] do Estado. Aí o Estado falha e a Guarda Municipal toma a dianteira. É o que salva o sistema”, disse o vereador, destacando a atuação dos guardas municipais.
Para o parlamentar, crimes hediondos causam comoção, mas caem no esquecimento, restando a dor aos familiares das vítimas. Ele ressaltou que as estatísticas oficiais de segurança pública “não refletem a verdade, e muito menos os anseios da população”. E mencionou, ainda, que muitas pessoas não fazem Boletins de Ocorrência, por “não acreditar” na polícia. Citou, também, que a investigação é falha e que muitos crimes não são desvendados pelo Estado.
“Essa é a minha indignação com esse Estado, que brinca conosco”, acrescentou Paranhos, na sessão plenária. Para ele, tal situação se deve, inclusive, a muitos prefeitos, que nas últimas décadas usaram a temática “politicamente”. “Em vez de eles [prefeitos] cobrarem do Estado que cumpra o seu papel [na área de Segurança Pública], eles utilizaram [as Guardas Municipais]. Só que a instituição, que é subordinada ao prefeito, não dá conta”, acrescentou.
