“O jornal teve que se retratar publicamente. Por danos morais, ganhamos também um valor”, comentou Vanderlei02/05/2018 - Na sessão da Câmara de segunda-feira (23), o vereador Vanderlei Soares (PMDB) comentou recente vitória judicial, que garantiu a publicação de notícia que corrigiu informação incorreta veiculada anteriormente, envolvendo o seu nome. A matéria havia sido publicada em um jornal impresso da região. “O jornal teve que se retratar publicamente. Por danos morais, ganhamos também um valor”, comentou Vanderlei, sobre a decisão da Justiça.
De acordo com o parlamentar, durante a campanha eleitoral de 2016, o veículo publicou uma reportagem que informava que sua esposa - a funcionária da Câmara Renata da Silva Pacheco - “ganhava mais que o prefeito”. Para Vanderlei, a divulgação do texto, que é incorreto, tinha objetivos políticos. “A matéria não era para prejudicar a funcionária. Era para me prejudicar, enquanto candidato”, destacou o vereador, durante seu pronunciamento.
“As pessoas mentirosas montaram as matérias mentirosas e, através do Facebook, do WhatsApp, e de todas as redes sociais que a gente conhece, divulgaram isso uma semana antes da eleição”, comentou Vanderlei. Aconselhado por amigos, o vereador decidiu entrar na Justiça contra o veículo, “por ter aceitado uma matéria dessa, mentirosa, mesmo tendo vindo aqui na Câmara, e o Legislativo tendo explicado oficialmente, através de documentos, do que se tratava”.
Vanderlei ressaltou, no discurso, que a reportagem veiculada pelo jornal é incorreta. “Foi um mês que ela [Renata], por ter 29 anos de trabalho, recebeu férias, 13º [salário]...”, explicou o vereador, acrescentando ainda que, no serviço público, existe o quinquênio, adicional que visa compensar a inexistência de “aviso prévio” e FGTS. “A cada cinco anos, todo funcionário público tem direito a receber três salários equivalentes ao seu, como medida de correção”, disse.
A DECISÃO
No pronunciamento, no plenário da Câmara, Vanderlei Soares leu a nova manchete do jornal, que afirma: “Funcionária pública de Monte Mor não ganha mais que o prefeito”. Defendeu, ainda, os princípios da idoneidade e agradeceu o apoio dos amigos. Para o vereador, foram adversários políticos que fizeram uso eleitoral da notícia - “pessoas que já estiveram na administração [...] ou que foram candidatas e nunca ganharam”, por exemplo.
Lendo trechos da reportagem, Vanderlei destacou que a Justiça reconheceu o equívoco entre os termos “salário” e “remuneração”. “O termo correto na capa deveria ter sido: ‘tem vencimentos maiores ou tem remuneração maior’, de forma a evitar a confusão com o conceito de salário, que realmente não pode ultrapassar o do prefeito, o que não é o caso de Renata, cujo salário é menor do que o do chefe do Executivo”, reconhece o jornal, na nova matéria, afirma o vereador.
FAKE NEWS
Vanderlei também comentou que o ministro Luis Fux, que tomou posse recentemente como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pretende ter atuação incisiva no combate à veiculação das chamadas “fake news”. “Fake news são pessoas, grupos, empresas, que colocam notícias mentirosas na internet, a respeito de candidatos e de campanhas. Isso pode atrapalhar a eleição de qualquer pessoa, de qualquer partido”, comentou o parlamentar.
AÇÃO SOCIAL
O vereador também disse que participou, no sábado (21), de uma ação social promovida pela escola do Jardim São Clemente, em parceria com a igreja Mórmon. Com a presença do prefeito Thiago Assis (PMDB), do vice Rogério Maluf, do secretário Miguel Padilha (Meio Ambiente) e de vereadores, a atividade garantiu a manutenção do parquinho e do entorno da escola. Vanderlei sugeriu que outras atividades nesse sentido sejam realizadas em outras unidades escolares.
