“Meu papel constitucional é fiscalizar, é estar atento aos atos do Executivo”, afirma Pastor Elias, na Rádio Prima

PastorElias 07.09.2018 RádioPrima 3O parlamentar afirmou que atuará de acordo com suas convicções políticas, visando “representar a população”09/05/2018 - O vereador Pastor Elias (PMDB) defendeu uma atuação independente, durante entrevista concedida ao locutor Eduardo Rage, na Rádio Prima, na manhã da última segunda-feira (7). O parlamentar afirmou que atuará, na Câmara, de acordo com suas convicções políticas, com o objetivo de “representar a população”.

“Precisamos entender quais são as prerrogativas do vereador. A gente não pode misturar as competências e prerrogativas do prefeito com as do vereador. Temos que separar a amizade, e cumprir o papel constitucional que nos foi confiado”, disse, na entrevista. “Meu papel constitucional é fiscalizar. É estar atento aos atos do Executivo”, complementou.

Pastor Elias citou a aprovação do projeto 21/2018, do Executivo, que permite a redução na carga horária de médicos, com redução de vencimentos. Ele votou contrário à propositura, e reiterou, na entrevista, que “faltava clareza e esclarecimentos” sobre a mesma. E disse ser favorável à iniciativa, desde que haja garantias do cumprimento total da jornada pelos profissionais.

“Aquilo que eu achar competente, pertinente, e de interesse público, eu votarei a favor [...] Aquilo que não for do interesse público, que houver prejuízo ou dúvida, ou falta de clareza na proposta do Executivo, certamente, o meu pronunciamento será contrário”, resumiu Pastor Elias, durante o bate-papo que deu início a mais uma rodada de entrevistas com parlamentares.

MANDATO DE SUPLENTE

PastorElias 07.09.2018 RádioPrima 4"Aceitei o desafio de assumir essa vaga até que a Justiça se pronuncie de maneira definitiva”, disse Pastor EliasPrimeiro suplente pelo PMDB, Pastor Elias tomou posse em 5 de março de 2018, na vaga de Professora Selma (PMDB), que teve o mandato suspenso por determinação da Justiça. “Politicamente, não queria ter assumido uma cadeira nessas circunstâncias. Mas a Constituição, as leis, outorgam a nós essa responsabilidade. Eu poderia ter negado, e outro suplente ter assumido, mas aceitei o desafio, de assumir essa vaga até que a Justiça se pronuncie de maneira definitiva”, disse, afirmando se sentir “decepcionado”, como cidadão.

O parlamentar também comentou, na entrevista, a situação da vereadora suspensa. “Sabemos que é grave [a situação]. Ela ainda se encontra reclusa, infelizmente. O Ministério Público está incisivo, pedindo não apenas a cassação e suspensão dos direitos políticos, mas também criminalmente, penalmente, acusá-los pelos crimes de peculato e outros”. Pastor Elias disse que eventual abertura de CEI - Comissão Especial de Inquérito, na Câmara, teria o objetivo de “acompanhar a situação e buscar informações”.

“E é óbvio que o Ministério Público, dentro da sua competência, está fazendo pressão para que a Câmara tome posição. E o presidente Waltinho não está se eximindo. Deixou claro que está pronto para colocar em votação a criação dessa Comissão”, disse Pastor Elias, destacando que é importante “não criar expectativas” sobre o assunto, “enquanto a Justiça não se pronunciar”. “Não podemos criar especulações e condenação antecipada”, afirmou, ressaltando que se sente impedido de atuar em eventual Comissão sobre o assunto, por ser suplente da vereadora.

BANCADA EVANGÉLICA

PastorElias 07.05.2018 RádioPrimaSegundo Pastor Elias, "Estado não tem direito de interferir na educação que um pai dá para o filho”Evangélico e líder da Igreja do Evangelho da Graça, com graduação em Teologia, Pastor Elias defende a atuação da bancada religiosa, no Congresso Nacional e na política como um todo. “A força do evangélico no Congresso hoje se dá devido ao risco que ocorre de [aprovação] de leis e de projetos [que causem] prejuízos à família, à moral. Isso não significa que a Igreja é preconceituosa. Mas a Igreja precisa se posicionar perante fatos e projetos que de uma forma ou outra vão agredir a família”, afirmou o vereador.

E citou, como exemplo de crítica à atuação do Estado, a lei federal 13010/2014 - conhecida como “lei da palmada” - que proíbe castigos físicos contra crianças e adolescentes. Para Pastor Elias, a adoção de medidas corretivas pelos pais, incluindo “palmadas”, tem finalidade educativa e não pode ser objeto de legislação. “O Estado não tem direito de interferir na educação que um pai dá para o filho”, afirmou, ao mesmo tempo se dizendo “contra todo tipo de agressão”. O vereador também destacou que os evangélicos são um “povo politizado”.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Crítico dos problemas da duplicação da Rodovia SP 101, Pastor Elias considera que os mesmos são reflexos de problemas de gestão do Governo do Estado. “São duas maldições que o governo do PSDB estadual deixou para Monte Mor: o pedágio, que divide a cidade [...], e a duplicação, que não foi discutida com a sociedade civil”, disse.

Para Pastor Elias, os problemas na SP 101 afetam negativamente o município, já que afastam investimentos e oneram os trabalhadores. “No radar do Governo do Estado, Monte Mor nunca foi prioridade”, criticou, que também cobrou, na entrevista, a construção do prédio da Etec, antiga promessa de Geraldo Alckmin (PSDB).

O vereador também destacou que o Executivo e o Legislativo têm lutado pelas melhorias na Rodovia SP 101. E defendeu uma mobilização da sociedade em torno dos PastorElias 07.09.2018 RádioPrima 5“No radar do Governo do Estado, Monte Mor nunca foi prioridade”, disse o vereador, na Rádio Primaproblemas. Destacou, ainda, que conversou recentemente com o deputado estadual Adilson Rossi (PSB), solicitando a sua intermediação em contatos com o governador do Estado.  

HISTÓRIA DE VIDA

Pastor Elias é oriundo de uma família católica, que “se converteu ao evangelho” já em Monte Mor, cidade para a qual vieram no início da década de 1970, para trabalhar nas lavouras de café e de algodão. Nascido em Monte Mor, ele tem seis irmãos. Cursou Teologia com o objetivo de ser missionário, e há 12 anos foi ordenado e consagrado na igreja. Considera que a experiência como assessor do ex-vereador Zé Adão, entre 2013 e 2015, foi muito importante para a sua atuação parlamentar.

Ouça a íntegra da entrevista:

 

 

 

 

 

Foto Lado a Lado