Pastor Elias pretende “ouvir todos os lados” sobre repasses da prefeitura ao Ipremor para, se necessário, pedir investigação

PastorElias 11.06.2018 2“Nós temos que ouvir todos os lados. Não podemos tomar nenhum tipo de posição sem ouvi-los”, disse Pastor Elias14/06/2018 - “Nós temos que ouvir todos os lados. Não podemos tomar nenhum tipo de posição sem ouvi-los”, disse o vereador Pastor Elias (MDB), na última segunda-feira (11), na Câmara. O parlamentar se referia à ação judicial que apura eventuais atrasos em repasses da prefeitura ao Instituto de Previdência Municipal - Ipremor, o que culminou com recente decisão da Justiça, que determinou a indisponibilidade de bens do prefeito, Thiago Assis (MDB).

Em seu pronunciamento na Câmara, Pastor Elias disse que já teve acesso às explicações do prefeito, sobre o caso. Explicou ainda que, na segunda-feira (11), esteve reunido com o promotor de justiça Luís Felipe Delamain Buratto, abordando o assunto. O vereador também afirmou que, na terça-feira (12), iria se reunir com o presidente do Ipremor, Fernando José Ginefra Gonçalves, para esclarecer dúvidas sobre o assunto.

“Temos que simplesmente ouvir as partes, e não deixar que os ânimos aflorem, não cometer nenhum tipo de injustiça, não condenar ninguém de maneira precipitada [...] Se, dentro daquilo que nós ouvirmos, não for satisfatório; e houver alguma coisa que realmente precise, necessite, que nós encaminhemos aqui uma investigação, nós iremos propor isso. Se irá passar ou não, aí já não é da minha competência”, afirmou o vereador, no discurso.

Pastor Elias também destacou que o assunto “já está sob observação da Justiça, o que eu acho que é de grande valia”. “Quero garantir que o servidor público não será prejudicado. Não estamos aqui para poder brincar com os direitos de ninguém”, disse o parlamentar, no discurso. “Quero tranquilizar os servidores públicos, em relação aos seus direitos”, concluiu, destacando que, se necessário, faria pronunciamento sobre o assunto nas suas redes sociais.

PL 66/2018

O parlamentar também solicitou ao presidente da Câmara, vereador Waltinho Assis (PDT), que coloque em votação, na próxima sessão ordinária, o projeto de lei 66/2018, do Executivo. A propositura - que nasceu de uma ideia legislativa apresentada, por Pastor Elias, à prefeitura - permite que servidores utilizem os valores de suas licenças-prêmio, ou de outros direitos, para quitação de débitos tributários e não tributários junto ao município.

O vereador voltou a explicar que o projeto não irá retirar direitos dos servidores, mas apenas dar a opção de utilização desses valores para pagamento de dívidas. “[O projeto] simplesmente deixa uma opção ao servidor que queira utilizar ou não o direito”, afirmou, citando funcionários públicos que têm dívidas com a Fazenda Municipal que ultrapassam os créditos com “horas extras e outros direitos” não quitados pelo município.

“Temos que acelerar esse processo, para ajudar esses servidores [que estão] endividados com a Fazenda Pública Municipal [...] Essa lei vai trazer tranquilidade para aqueles que queiram utilizar esse direito”, explicou Pastor Elias, citando servidores públicos municipais que, segundo ele, estariam “passando fome”, fazendo renegociações de empréstimos e até mesmo “vendendo o vale refeição, para pagar dívidas”.

O vereador também manifestou apoio ao discurso de Dila (MDB), que criticou a proposta de reajuste salarial de 3%, parcelado em seis vezes, feita pelo Executivo. “Com todo respeito, não é o aumento que o servidor merecia”, comentou. “Estamos aqui para pautar, com respeito, o direito das pessoas, e defendê-lo dentro daquilo que for possível [...] Nós iremos estar sempre observando os direitos das pessoas”, concluiu.

Foto Lado a Lado