“A obrigação do vereador não é dar cesta básica", disse Ceará Mascate, durante discurso no plenário da Câmara16/08/2018 - O vereador Ceará Mascate (PPS) fez um desabafo, durante pronunciamento na tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (13). “Esses dias eu fui insultado, xingado [...] por uma pessoa que não tem conhecimento de leis, [conhecimento] do que o vereador faz, de quais são as suas obrigações, deveres e direitos”, reclamou.
Segundo Ceará, os insultos partiram de um munícipe e ocorreram “em praça pública”, após o parlamentar ter utilizado de sua função institucional para notificar o Executivo. “Como representantes do povo, nós merecemos respeito”, disse, ressaltando que participa ativamente da Comissão de Finanças e Orçamento da Casa, inclusive fiscalizando questões financeiras.
No discurso, Ceará também ressaltou as atribuições dos parlamentares. “A obrigação do vereador não é dar cesta básica. Quando se dá cesta-básica, automaticamente se está escravizando o cidadão. Isso é obrigação da assistência social”, afirmou. O vereador também reclamou que, no ocorrido, crimes de calúnia e difamação foram praticados contra ele e seus familiares.
MEDICAMENTO
Ceará também informou que, em visita à farmácia do município, constatou a falta do medicamento Nifedipina, muito utilizado por hipertensos. “Esse é o único remédio que está faltando na nossa rede”, disse, ressaltando que foi informado de que o problema - decorrente de falhas no processo de entrega - deverá ser solucionado em breve.
APARTES
Em aparte ao pronunciamento de Ceará, vereadores lamentaram as calúnias e difamações sofridas pelo parlamentar. Pastor Elias (MDB) disse que esse tipo de situação “agride os princípios republicanos e democráticos”. Vanderlei Soares (MDB) defendeu a adoção de medidas jurídicas, pedindo retratação. Jesus Lopes (PR) manifestou repúdio ao ocorrido.