Para Marcos da Farmácia, saída dos médicos cubanos prejudicou o acesso à saúde pública no Brasil

MarcosDaFarmácia 13.05.2019 03“Os médicos cubanos foram a melhor coisa que aconteceu para a saúde", afirmou Marco da Farmácia, no discurso16/05/2019 - Citando a dificuldade dos municípios em realizar a contratação de médicos em algumas regiões do Brasil, especialmente no interior, o vereador Marcos da Farmácia (PSD) afirmou na última segunda-feira (13) que a saída dos profissionais cubanos vem prejudicando o acesso à saúde pública. A declaração foi emitida durante a 15ª sessão ordinária do ano.

“Os médicos cubanos foram a melhor coisa que aconteceu para a saúde, tanto a nossa [de Monte Mor] quanto para a saúde do Brasil”, disse Marcos, criticando o encerramento do acordo com Cuba, no Mais Médicos. “Concordo que o método [de contração, pelo Governo Federal] era errado, mas a falta que eles estão fazendo agora, depois de quatro meses, é imensa”, afirmou.

O vereador destacou que, em diversas cidades, as vagas abertas em concursos públicos, visando à contratação de médicos brasileiros, não são sequer preenchidas. “Quando o Governo Federal assume uma posição dessa [...] é uma coisa complicada”, criticou. “Então, depois de quatro meses, a saúde começou a cair por causa disso [saída dos cubanos], inclusive na nossa cidade”.

No pronunciamento, Marcos também destacou que, em conversa com profissionais cubanos, constatou que eles, apesar de estarem distantes dos familiares, gostavam da atividade desempenhada no Brasil:  inclusive considerando que o valor recebido no país - com salário e ajudas de custo - era superior aos salários praticados na ilha caribenha.

O parlamentar citou o alto número de desistências de brasileiros que atuavam no programa Mais Médicos. “Não sei como o governo vai consertar essa situação”, salientou, ressaltando a dificuldade da contratação de profissionais. Marcos também lamentou o fato de que os médicos cubanos que pediram asilo político no país não podem exercer a profissão, atualmente.  

COMENTÁRIOS

Em aparte, Vavá (MDB) concordou com os argumentos: “realmente [os médicos cubanos] fazem muita falta”, afirmou. Já Ceará Mascate (PPS) disse que o regime de contratação dos cubanos era equivalente à “escravidão”; e que aqueles que pediram asilo precisam prestar a prova Revalida, para atuar no país. Pastor Elias (MDB) lembrou que, no passado, havia cooperativas médicas, visando à contratação de profissionais. E defendeu que o governo exija dos médicos brasileiros que recebem bolsas a devida contrapartida, através da prestação dos serviços à comunidade.

Foto Lado a Lado