Wal pede manutenção do Tarifa Zero: “benefício dado à população não se tira”

WallDaFarmaciaDiscruso 02.06.2025 0 MG 9162“Benefício dado à população não se tira. [A] passagem gratuita tem que ficar. Vamos nos unir para arrumar esse projeto, e colocar ele para funcionar, e não retirar”, disse Wal da FarmáciaA vereadora Wal da Farmácia (PSB) critica o Projeto de Lei (PL) 37/2025, da prefeitura, que prevê a revogação da lei que institui o Programa Tarifa Zero, de gratuidade no transporte público municipal. A parlamentar comentou o assunto na sessão ordinária desta segunda-feira (2), quando a propositura foi lida no expediente. O texto ainda depende de votação. 

No discurso, ela afirmou que a gratuidade beneficia “aqueles que mais precisam, [que mais] necessitam, as pessoas mais carentes”. “Aquele que reclama não anda de ônibus, tem o seu transporte [particular]”, completou, no Plenário, destacando que a revogação da lei, em caso de aprovação do Projeto, pelos vereadores, seria um “retrocesso do nosso município”. 

“Benefício dado à população não se tira. [A] passagem gratuita tem que ficar. Vamos nos unir para arrumar esse projeto [do Tarifa Zero], e colocar ele para funcionar, e não retirar. Vamos melhorar o transporte”, disse, destacando que o seu partido, o “mais representativo desta Câmara, não irá aprovar projeto que tire benefícios da população”, sendo contra a revogação. 

Ela pediu que os parlamentares reflitam sobre o assunto e reclamou que o PL que prevê o fim da gratuidade não foi debatido nem com os vereadores e nem com a própria população. Além disso, rebateu argumentos da prefeitura - e disse que o Projeto atual não apresenta justificativas e documentos que comprovem a existência das dívidas citadas pelo município.

No PL 37, o prefeito Murilo Rinaldo afirma que “a sustentabilidade prática” da medida “se revelou absolutamente inviável ante a ausência de prévio estudo acerca de seus custos” - fato que é negado por Wal, que afirma que o Projeto original, aprovado pela Câmara em 2023, contemplava impacto financeiro e previsão de como seria garantido o funcionamento.

“Para se ter uma ideia sobre a (in)viabilidade financeira da gratuidade que foi açodadamente instituída, a municipalidade atualmente precisa subsidiar o transporte público mediante repasse mensal de valor superior a R$ 500 mil, fragilizando sobremaneira as finanças municipais”, alega o Poder Executivo, no Projeto que pretende revogar a gratuidade. 

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