“Quem é essa senhora para ir até as unidades de saúde e colocar o plano de trabalho para funcionários da municipalidade?”, questionou a vereadora Wal da Farmácia, na sessãoA vereadora Wal da Farmácia (PSB) afirma que agentes comunitárias de saúde (ACSs) denunciam que “a mulher do secretário de saúde [Wagner Tegon] está dando ordem por ele, nas unidades de saúde”. “Isso pode? Isso vai continuar até quando?”, questionou a parlamentar, em pronunciamento no Plenário, na sessão ordinária desta segunda-feira (16).
Segundo ela, o assunto foi abordado na reunião da Frente em Defesa dos Direitos dos Servidores, dia 12. “Fiquei surpresa [...] com a fala de uma servidora informando, na plenária, [que] a mulher do secretário foi nas unidades de saúde colocando para aqueles servidores [o] plano de trabalho a ser realizado, principalmente para alimentar [o] sistema”, relatou.
Wal ainda disse que as ACSs reclamaram que a internet da prefeitura “é muito ruim”, dificultando o trabalho e a alimentação do sistema. “Quem é essa senhora para ir até as unidades de saúde e colocar o plano de trabalho para funcionários da municipalidade? Com que autoridade essa senhora, ou sob autorização de quem [ela] está fazendo isso?”, perguntou.
Na sessão, a parlamentar exibiu uma mensagem recebida em de aplicativo de celular, atribuída à esposa do secretário de saúde, na qual a mesma informa que não recebe “1 centavo da prefeitura” e que exerce trabalho voluntário. E, além disso, cita o Decreto 6570/2025, que trata do serviço voluntário na administração direta e indireta do município.
“Quem presta serviço voluntário em entidades, quer sejam elas públicas, privadas, pode agir dessa maneira, nobres vereadores, dando ordens aos nossos profissionais de saúde?”, questionou Wal, comentando que vai oficializar a prefeitura. “Quem presta voluntariado [...] não dá ordens”, completou a parlamentar, cobrando uma atitude do prefeito sobre o caso.
A vereadora ainda citou outras reclamações dos servidores da saúde apresentadas à Frente Parlamentar. “Relataram, durante a reunião, várias demandas, e não só de salário, mas a falta de estrutura mínima necessária, a falta de equipamentos de informática para melhorar o trabalho e a falta de EPIs [equipamentos de proteção individual], entre outros”, disse.