Onze vereadores comunicam mudança de partido durante período autorizado pela lei

Geral Plenário 2023Vista geral do Plenário da Câmara, vazio: na atual legislatura, 73% dos vereadores optaram por mudar de legenda no período da janela partidária, que foi de 7 de março a 5 de abrilDos 15 vereadores que integram a Câmara, 11 comunicaram ao Setor de Processo Legislativo da Casa que mudaram de partido durante o período chamado de “janela partidária” - quando estão autorizados pela legislação brasileira a trocar de legenda sem perder o mandato.

Ou seja: 73% dos vereadores optaram por mudar de partido dentro do período autorizativo, que foi de 7 de março a 5 de abril. O MDB passou a ter o maior número de parlamentares (5), seguido por UNIÃO, Republicanos, PSB e PDT (dois em cada partido) e PP e PSD (um).

PTB, PSDB, PT e Solidariedade deixaram de ter representantes no Poder Legislativo municipal, após essas mudanças. As datas das filiações partidárias, conforme informado pelos vereadores, estão disponíveis no SAPL da Câmara, no link “Parlamentares”

Conforme o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), o período da janela partidária está previsto na Lei dos Partidos Políticos, e “beneficia candidatas e candidatos eleitos em pleitos proporcionais (vereadores, deputados estaduais, federais e distritais)” em fim de mandato.

“A janela partidária foi incluída no artigo 22-A da Lei dos Partidos Políticos pela reforma eleitoral de 2015 [...] e é considerada uma justa causa para a desfiliação partidária, se feita dentro desse período de 30 dias antes do prazo final para filiação”, esclarece o TRE-SP.

Ainda conforme o Tribunal Eleitoral, “a Lei dos Partidos Políticos prevê outras situações para a troca de agremiação, além da janela partidária” - como nos casos de “grave discriminação política pessoal e mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário”.

Parlamentares que mudaram de partido:

Alexandre Pinheiro - era filiado ao PTB e se filiou ao Republicanos

Andrea Garcia - era filiada ao PTB e se filiou ao PSD

Beto Carvalho - era filiado ao UNIÃO e se filiou ao PP

João do Bar - era filiado ao UNIÃO e se filiou ao PSB

Milziane Menezes - era filiada ao PSDB e se filiou ao MDB

Nelson Almeida - era filiado ao Solidariedade e se filiou ao MDB

Pavão da Academia - era filiado ao MDB e se filiou ao PDT

Professor Adriel - era filiado ao PT e se filiou ao PDT

Professor Fio - era filiado ao PTB e se filiou ao UNIÃO

Vitor Gabriel - era filiado ao PSDB e se filiou ao MDB

Wal da Farmácia - era filiada ao UNIÃO e se filiou ao PSB

Parlamentares que mantiveram os partidos:

Altran (MDB)

Bruno Leite (UNIÃO)

Camilla Hellen (Republicanos)

Paranhos (MDB)

Prefeito dá “tratamento seletivo e desigual” aos servidores públicos, diz Paranhos

Paranhos 08.04.2024“O que [me] entristece é a forma seletiva e, no meu olhar, maldosa, com a qual o Poder Executivo promove a distinção entre o serviço público”, afirmou ParanhosO vereador Paranhos (MDB) considera que o prefeito Edivaldo Brischi (PTB) confere um tratamento “seletivo, desigual”, aos servidores públicos do município. A declaração foi emitida durante pronunciamento realizado na sessão ordinária desta segunda-feira (8).

O parlamentar foi informado de que, naquela data, em reunião com o Sindicato dos Servidores (Sindsmor), a prefeitura informou que o reajuste que será disponibilizado ao funcionalismo neste ano será de apenas 1,46% - um “aumento ridículo”, na sua opinião. 

Segundo Paranhos, o prefeito “fatiou” a votação de melhorias concedidas aos servidores, como a adequação salarial de categorias da saúde, para “não ficar evidente a forma como [ele] trata o servidor público, a maneira como ele promove a distinção entre uns e outros”.

“O que [me] entristece é a forma seletiva e, no meu olhar, maldosa, com a qual o Poder Executivo promove a distinção entre o serviço público”, afirmou o vereador, em seu discurso no Plenário. “Qual é a categoria que ele menos ou mais privilegia?”, questionou.

Presidente do Conselho de Saúde confirma teor de denúncia apurada pela CEI

Edmilson Monteiro 08.04.2024Edmilson Monteiro denunciou a suposta ocorrência de “desvio de finalidade”: segundo ele, o recurso de emenda direcionada ao Programa Mais Saúde não teria sido usado para esse fimInstaurada na Câmara para a investigar a abertura de créditos no valor de R$ 3 milhões pela prefeitura, sem autorização legislativa, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) ouviu nesta segunda-feira (8) o presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Edmilson Monteiro.

Ele foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a denúncia do CMS que deu origem à Comissão, instaurada em março. No depoimento, Edmilson confirmou que de fato ocorreu o uso de recursos públicos pelo Poder Executivo antes da autorização da Câmara. 

Em resposta a questionamentos de vereadores, o presidente do Conselho de Saúde citou as atribuições fiscalizatórias do órgão e reclamou que a prefeitura tem se negado, inclusive, a fornecer dados e informações, dificultando, assim, o trabalho do órgão colegiado.

O presidente do CMS ainda denunciou a suposta ocorrência de “desvio de finalidade” - tendo em vista que, segundo ele, o recurso de emenda direcionada especificamente para o Programa Mais Saúde, de tratamentos oftalmológicos e vasculares, não teria sido usado para esse fim.

Geral CEI 08.04.2024Integrantes da CEI, no Plenário: em audiência, parlamentares ouviram o presidente do Conselho Municipal de Saúde, que confirmou o teor de denúncia apurada pelo colegiadoEstiveram presentes os vereadores Paranhos (MDB), presidente da CEI, Bruno Leite (UNIÃO), relator, e Andrea Garcia (PSD), Camilla Hellen (Republicanos) e Vitor Gabriel (MDB), membros. O encontro ocorreu no Plenário da Câmara, e foi gravado. 

Além de diversas perguntas, os integrantes da Comissão Especial de Inquérito solicitaram que cópias dos documentos mencionados por Edmilson sejam juntadas aos autos do processo, assim como o ato público que nomeou os integrantes do Conselho Municipal de Saúde.

Em diversos momentos do depoimento, o presidente do CMS fez duras críticas ao Poder Executivo municipal - afirmou que o órgão colegiado sofre “perseguição” por parte da prefeitura, e que inclusive foi excluído do debate sobre o orçamento da Saúde. 

Datado de 11 de março, o Requerimento que originou a Comissão menciona que a CEI deve apurar a “utilização irregular” do saldo de uma emenda estadual no valor de R$ 3 milhões, “com a compensação dos empenhos” sem a devida autorização por parte da Câmara.

O texto menciona R$ 632,5 mil empenhados para “prestação de serviços da UPA 24 Horas”; outros valores, totalizando cerca de R$ 2 milhões, de repasses que não possuem “destinação formalizada”; além de cerca de R$ 316 mil, relacionado ao Programa Mais Saúde. 

IMAGENS

(Notícia atualizada em 11/04/2024, às 10h52, para correção do partido de alguns parlamentares).

Vereadores aprovam reajuste no vale-alimentação dos servidores públicos

Geral 08.04.2024 MG 9212 CopySessão extraordinária ocorreu na manhã do sábado (6)O vale-alimentação dos servidores públicos municipais terá um reajuste de R$ 50, passando de R$ 850 para R$ 900 mensais. É o que determina o Projeto de Lei (PL) 39/2024, de autoria da prefeitura, aprovado por unanimidade pelos vereadores, no último sábado (6).

A votação do PL ocorreu durante sessão extraordinária da Câmara, que contou com a presença de representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindsmor), na plateia. O texto segue agora para sanção do prefeito Edivaldo Brischi (PTB).

“A urgência na aprovação se justifica por existir vedação na legislação eleitoral de conceder reajuste nos 180 dias que antecedem o pleito eleitoral”, afirmou a vereadora Andrea Garcia (PTB), relatora da propositura, destacando que a mesma estava apta para ser apreciada.

Segundo o prefeito, o aumento “tem por objeto aumentar o poder de compra dos servidores diante da alta da inflação no país”. “O reajuste objetiva permitir a recuperação do poder de compra dos servidores, dentro da capacidade orçamentária do município”, completa.

COMENTÁRIOS

Geral 08.04.2024 3 MG 9233 CopyAo fundo do Plenário, na plateia, Sindsmor exibiu cartazParanhos (MDB) demonstrou “indignação” e disse que se tratava de um “aumento ridículo”. O parlamentar ainda mencionou a adequação salarial concedida pela prefeitura a algumas categorias da rede municipal de Saúde, e afirmou que os demais servidores estavam sendo desrespeitados pela forma “seletiva” com a qual o governo municipal trata o funcionalismo. 

Servidora municipal, Andrea Garcia disse que o prefeito tinha o objetivo de dar um aumento maior no vale-alimentação, mas salientou que existem regras de “justiça fiscal e responsabilidade fiscal” a serem cumpridas pela administração. Ela ainda destacou os reajustes concedidos na gestão Brischi, e disse que não houve aumentos entre 2017 e 2021.

O presidente da Câmara, vereador Altran (MDB), explicou que o PL foi protocolado na última quarta-feira (3), sendo necessário marcar a extraordinária. “É uma incompetência da prefeitura [...] não ter protocolado esse Projeto antes”, afirmou, destacando que os vereadores estavam fazendo a sua parte em prol dos servidores, apesar do “aumento [ser] baixo”.

Ele ainda citou o nome dos vereadores presentes no Plenário (veja a relação no SAPL). Na sessão extraordinária, representantes do Sindsmor estiveram na plateia, portando cartaz que contemplava os dizeres: “Pedimos valorização salarial para todos os servidores públicos da nossa cidade”. Como de costume, o evento foi transmitido ao vivo pelas redes sociais. 

(Notícia atualizada às 9h55, para adequação no título e no 7º parágrafo do texto)

Foto Lado a Lado