“Não podemos aceitar nenhum tipo de preconceito, meramente por uma característica que alguém venha a ter”, disse Professor AdrielO vereador Professor Adriel (PT) considera como “inadmissível” a ocorrência de casos de racismo, de xenofobia e de outros tipos de preconceito, em pleno século XXI. Em discurso na sessão da Câmara, na última terça-feira (16), o parlamentar comentou a violência sofrida pela vereadora Paolla Miguel (PT), de Campinas, que foi alvo de ofensas raciais, recentemente, no município vizinho.
Adriel comentou a Moção 50/2021, do vereador Alexandre Pinheiro (PTB), e expressou seu repúdio ao “covarde ato de racismo”, sofrido pela parlamentar (a propositura foi lida no Expediente, e deve ser apreciada na próxima semana). Ele ainda se solidarizou com a “companheira de partido e de lutas” e com todo o povo negro. “Nós devemos levantar essa bandeira da luta contra o racismo”, reafirmou.
O parlamentar ainda salientou que “o Dia da Consciência Negra [celebrado em 20 de novembro] é um dia de luta de todos nós”. “Não podemos aceitar nenhum tipo de preconceito, meramente por uma característica que alguém venha a ter”, afirmou, também repudiando os casos de xenofobia (contra pessoas de outras regiões), de homofobia (pela orientação sexual) e demais práticas discriminatórias.
“Não é possível vivermos em uma sociedade que tolera o racismo, a xenofobia ou o preconceito contra uma pessoa, simplesmente por ela não ser desse município”, ressaltou Professor Adriel, em seu pronunciamento no Plenário, lamentando que também era tido como “forasteiro”, quando migrou para o município. “Nós precisamos acolher e respeitar todas as pessoas”, salientou.
ZUMBI, ÍCONE
Para o vereador, o Dia da Consciência Negra (data em que Zumbi dos Palmares foi executado, em 1695) é “um dia muito importante em todo o Brasil”, já que Zumbi é “um dos grandes ícones e símbolo da residência do povo negro contra a escravidão”. “Muito mais do que rememorar o que passou, é [importante] reafirmar a luta e o compromisso que todos nós devemos ter, no combate ao racismo, que infelizmente ainda é uma realidade em solo brasileiro”, afirmou Adriel. “Reconhecer essa vergonha brasileira, que é uma das maiores chagas e enfermidades que ainda existem no Brasil, é um passo muito importante, para nós conseguirmos avançar na luta contra o racismo”, complementou.