O vereador Professor Adriel é autor da Moção de ApeloA Câmara aprovou a Moção 9/2025, de Apelo, que pede que o Governo do Estado garanta a “elaboração e execução de um projeto estruturante e definitivo para contenção das enchentes provocadas pelo Rio Capivari, no município de Monte Mor”. De autoria do vereador Professor Adriel (PDT), a propositura obteve o voto favorável de todos os parlamentares presentes. A votação ocorreu na sessão ordinária realizada nesta segunda-feira (12).
No documento, o autor manifesta “profunda preocupação e insatisfação diante da recorrência das enchentes provocadas pelo transbordamento do Rio Capivari, situação que afeta de forma grave e sistemática a população”. E faz um apelo ao governador e à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, para que viabilizem “um projeto de engenharia e hidráulica, com foco em intervenções definitivas que solucionem esse problema histórico”.
“Embora ações pontuais de desassoreamento do Rio Capivari tenham sido realizadas, elas têm se mostrado paliativas e ineficazes a longo prazo. Em pouco tempo, o rio volta a apresentar acúmulo de sedimentos em diversos trechos, agravando o risco de novas inundações”, diz Adriel, em trecho da propositura. “Essa realidade exige medidas estruturais duradouras e não apenas intervenções emergenciais”, completa o parlamentar.
Dentre as soluções estruturais pleiteadas, a Moção de Apelo cita a necessidade da execução do “Projeto do Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Rio Capivari (PDM-BHC)”. “O objetivo principal é orientar ações de macrodrenagem para promover resultados efetivos nos municípios que integram a bacia do Rio Capivari, com destaque para o município de Monte Mor”, cita o documento, que ainda traz propostas complementares.
“SITUAÇÃO COMPLEXA”
Enchente em Monte Mor (Foto: Prefeitura-31/01/2022)Em discurso, Professor Adriel disse que a medida visa resolver os problemas enfrentados em Monte Mor e noutros municípios, com as cheias do Rio Capivari, nos períodos de chuva. “É uma situação muito complexa”, afirmou. “Praticamente, todos os anos nós enfrentamos o problema das cheias”, completou, citando que custo da obra para solucionar o problema supera as “condições orçamentárias do município” – daí a necessidade de se buscar apoio.
Ainda conforme o autor da Moção, os trabalhos de desassoreamento são paliativos e “não trazem uma solução definitiva”. Ele também citou um estudo técnico contemplado no Plano Diretor de Macrodrenagem, que prevê a necessidade de 8 programas (3 estruturais e 5 não estruturais), e 35 ações, com um custo de R$ 271 milhões, aproximadamente. Ainda segundo o estudo, mais de 600 residências são atingidas diretamente com as enchentes, na cidade.
Bruno Leite (UNIÃO), líder do governo na Câmara, manifestou apoio à Moção e citou o trabalho do seu gabinete em prol da causa. Disse, ainda, que as cheias do rio competem ao governo do Estado e ao município, em ações conjuntas. Presidente da Câmara, o vereador Beto Carvalho (PP) citou a relevância de estudos de impacto de vizinhança para as construções, prevendo a destinação correta das águas e o tratamento de esgoto, por exemplo.