“Querem cassar meu mandato porque não concordo com as decisões do prefeito”, disse WalApós a leitura da Denúncia 2/2025, que acusa Wal da Farmácia (PSB) de “quebra de decoro parlamentar e infração político-administrativa”, a parlamentar se defendeu.
Em discurso que durou cerca de 10 minutos, ela disse que a decisão do Plenário, quanto ao recebimento da Denúncia, aprovado por dez a três, seria “política e não técnica”.
“Querem abrir uma Comissão Processante contra essa vereadora por [...] eu estar a favor da população”, alegou, citando que votou contra o aumento de cargos na prefeitura, por exemplo, e lutou pela manutenção do programa Tarifa Zero.
A declaração que originou a Denúncia ocorreu na discussão do Projeto do Tarifa Zero. Na oportunidade, ela disse que a Câmara seria “vendida”, “um puxadinho da prefeitura”.
“Querem abrir uma Comissão Processante contra essa vereadora por [eu] votar contra os interesses do prefeito Murilo Rinaldo”, disse, nesta segunda. “Fui eleita pelo povo, e é pelo povo que eu trabalho, é pelo povo que luto diariamente”, afirmou.
Consciência em paz
“Tenho minha consciência em paz. Eu errei. Só que não mencionaram ali [na Denúncia] que eu corrigi imediatamente, depois eu subi nessa tribuna, corrigi novamente”, afirmou.
Ela se referia aos dois pedidos de desculpas feitos no dia do discurso, em 8 de setembro.
“Tudo, tudo mesmo, será esclarecido na Justiça, se assim precisar. Errar é humano, reconhecer o erro é nobreza, perdoar é divino”, completou, noutro trecho, nesta segunda.
Wal ainda disse que quando mencionou a palavra “vendidos”, não se referia a “money” (dinheiro), mas sim a “cargos”. E pediu que os vereadores refletissem sobre o voto.
“Querem cassar o meu mandato porque eu não concordo com as decisões do prefeito”, finalizou.
Mais comentários
O vereador Bruno Leite (UNIÃO) disse que repudia a fala de que a Câmara seria “vendida”; destacou que respeita o voto dos pares; e pediu união e respeito, na Câmara. Ele ainda lembrou que Wal se desculpou pelo discurso proferido.
Bruno votou contra a Denúncia, assim como João do Bar (PSB) e Tuti do Morro (PSB).