Professor Fio citou a existência de terrenos baldios “tomados pelo mato”O vereador Professor Fio (PTB) esteve no bairro Jardim Figueira, em frente à Ong Pingo D’água, e constatou um “matagal imenso” em um terreno vazio. Na sessão ordinária da última segunda-feira (4), o parlamentar comentou o problema - e citou, inclusive, a falta de ação da prefeitura, que, conforme lei, poderia notificar proprietários de terrenos sujos.

No discurso, o parlamentar relatou que recebe várias mensagens de proprietários de terrenos no Central Park, que afirmam receber notificações diversas da prefeitura sobre “calçadas, limpezas de terreno e fabricação do muro”. “Mas eu não vejo esse mesmo empenho nos outros bairros”, relatou, citando existência de terrenos baldios “tomados pelo mato”. 

Conforme a Lei Municipal 1286/2008, “todo terreno, com edificações ou não, [...] deve ser limpo e assim mantido, sem plantas invasoras, sem entulhos e sem lixo de qualquer natureza”. Válida para espaços na área urbana e expansões, a norma prevê a notificação da prefeitura, aos proprietários, e a aplicação de multas, em caso de descumprimento. 

AGRADECIMENTO

Fio também agradeceu a Secretaria de Meio Ambiente pela realização de limpezas e podas de galhos de árvore.  “É uma equipe que trabalha bastante para deixar a cidade limpa”, disse. O vereador também agradeceu à pasta da Saúde, pelo atendimento e resposta às suas reivindicações. E citou, inclusive, ações apresentadas pelo Poder Executivo em relação ao seu pedido de maior acessibilidade na região do Hospital Sagrado Coração de Jesus.

“O pessoal precisa dessa UBS, lá”, relatou Professor Fio, instantes antes da aprovação do Requerimento, no PlenárioA Câmara pede que a prefeitura informe a previsão de retomada da construção da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Jardim São Gabriel, assim como o prazo para a conclusão da obra. A reivindicação consta do Requerimento 30/2022, de iniciativa do vereador Professor Fio (PTB), aprovado por 13 votos favoráveis e uma abstenção, na sessão ordinária desta segunda-feira (4).

O documento aprovado também solicita o valor da obra, a origem dos recursos e a contrapartida da administração municipal, assim como a metragem da UBS, a empresa que foi contratada para a obra e a fase em que se encontram os serviços, atualmente. “Existe algum débito da prefeitura com a empresa contratada? Se sim, qual o valor”, é outro questionamento apresentado à prefeitura.

Fio lembrou que o secretário de Obras, Alexandre Campos, afirmou que bastariam R$100 mil para a continuidade dos serviços. “Já entrou várias emendas [nos cofres do município], muito mais do que R$100 mil, e a obra está lá, parada, a população sempre cobrando uma resposta”, afirmou, ressaltando que o titular da pasta “não atende nenhum telefonema” do seu gabinete.

Conforme a Lei Orgânica Municipal, a prefeitura precisa responder ao pedido de informações dentro de 15 dias, prorrogáveis pelo mesmo período, desde que com justificativa expressa, sob risco de incorrer em prática de “crime de responsabilidade”. “O pessoal precisa dessa UBS, lá”, relatou Professor Fio, instantes antes da aprovação do Requerimento, no Plenário.

COMENTÁRIOS

Painel de votação: Requerimento foi aprovado por 13 votos favoráveis e uma abstenção, nesta segunda-feira (4)Outros parlamentares também abordaram o assunto. Wal da Farmácia (UNIÃO) disse que o Requerimento é “oportuno”, e parabenizou o autor pela iniciativa. “Precisamos fazer [pedidos de informação] de outras obras [paradas], que tem no município, como a creche dos Quinhões [da Boa Esperança], dentre outras”, afirmou a vereadora. Já Beto Carvalho (UNIÃO) disse que o município já recebeu quase R$1 milhão, em emendas, para a área da saúde, a partir de deputados. “Eu acho que faltou só um pouquinho de vontade do âmbito do Poder Público”, concluiu.

Bruno Leite (UNIÃO) ressaltou que a obra está parada “há um bom tempo”, e que ele inclusive foi o autor da convocação do secretário de Obras à Câmara, em abril. Também citou, como exemplo, o município de Jaguariúna, onde há aplicativo com informações sobre as obras paradas. Finalizando os comentários, Paranhos (MDB) lembrou que a prefeitura de Monte Mor muitas vezes não responde aos pedidos de informação da Câmara, o que consiste em crime de responsabilidade. “Tem vários documentos nossos, aí, que já estão expirando o prazo e até agora nada”, reclamou. 

Na sessão plenária, Professor Fio também abordou a “Batalha de Rima” realizada no domingo (26), no Jardim Paulista, e elogiou o eventoNa sessão ordinária da última segunda-feira (27), o vereador Professor Fio (PTB) disse que foi procurado por interlocutores do governo, que ofereceram a ele o cargo de secretário municipal no Poder Executivo. O parlamentar afirmou que não aceitará nenhum desses convites. “Eu fui eleito pelo povo para trabalhar na rua, como vereador. Então, não tem nada, nada, nem dinheiro, que faça eu trocar isso”, afirmou, na sessão plenária da Câmara.

No pronunciamento, Fio deixou um recado ao prefeito Edivaldo Brischi (PTB). “Eu não tenho interesse em nenhuma secretaria. Já fui procurado por quatro ou cinco pessoas. Então, fica o recado para o prefeito: não adianta, não vou trocar [o cargo de vereador por nenhuma] secretaria, porque aqui não tem preço, aqui tem valor”, relatou o parlamentar, no Plenário. “Estou para trabalhar para o povo, e vou trabalhar para o povo como vereador”, concluiu. 

BATALHA

Fio também abordou a “Batalha de Rima” realizada no último domingo (26), no Jardim Paulista. Ele lembrou que a iniciativa nasceu de um projeto de um ex-aluno da escola Escola Estadual Cônego Cyríaco Scaranello Pires, Vini Moura - que deu a ideia de realizar a atividade e, inclusive, utilizou uma “caixinha de som, velha”, emprestada pelo vereador. 

“Começou assim, com uma caixinha de som, marcamos um dia na praça, fomos, e olha onde chegou”, destacou, parabenizando Vini por ter idealizado o projeto, sem estrutura, e hoje poder contar com o “reconhecimento e apoio da Secretaria da Cultura”. “Começou na nossa escola, ali, a batalha de rima, e hoje olha a proporção que criou, ontem, a festividade”, disse.

Segundo Professor Fio, homenageado faz um “trabalho social excelente” na região do Campos Dourados e Sam Remo, “sem estrutura e sem apoio”A Câmara aprovou, por unanimidade, a Moção 9/2022, de aplausos ao senhor Carlos Henrique de Sousa Bulhões, conhecido como Gigante, “pelo excelente trabalho realizado com o Projeto Social Real Cristo F. C.”. A propositura, de iniciativa do vereador Professor Fio (PTB), foi apreciada durante a Ordem do Dia, na sessão ordinária da última segunda-feira (27).

Antes da votação, Fio destacou que Gigante faz um “trabalho social excelente” na região do Campos Dourados e Sam Remo, “sem estrutura e sem apoio”, contando apenas com pequenos patrocínios. “Mesmo assim ele consegue tirar a molecada das ruas, fazer um excelente trabalho e até ser campeão do sub-17 municipal [neste ano], treinando num campo sem estrutura”, disse.

Conforme trecho da Justificativa da Moção aprovada, Gigante foi nomeado no ano de 2017, “na Igreja do Evangelho Quadrangular do Jardim Campos Dourados, como líder de juniores  e adolescentes e, como ação, [o mesmo] levava os jovens da igreja para a pista de skate para  evangelizar e, ao mesmo tempo, incentivar a prática de esporte”. 

“Com o aumento de jovens e a falta de transporte para levá-los ate a pista de skate, se fez necessário a utilização do campo do Campos Dourados. E assim surgia em 2017 o Projeto Real Cristo, evangelizando e tirando os jovens da rua. Formando várias categorias e participando de diversos campeonatos na região”, afirma o texto da homenagem aprovada.