“Nós estamos aqui para fiscalizar, é o papel do vereador”, afirma Jesus Lopes, sobre Operação Prato Feito

JesusLopes 14.05.2018Para Jesus Lopes, a corrupção é um assunto que “causa incômodo em todos os brasileiros”16/05/2018 - Na última segunda-feira (14), o vereador Jesus Lopes (PR) comentou as denúncias envolvendo o município na Operação Prato Feito, deflagrada na semana passada pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União. A investigação cita o secretário de finanças, Eduardo Roberto Lima Júnior. Jesus destacou que, assim que soube do assunto, o presidente da Câmara tomou providências, elaborando ofício que pede esclarecimentos ao Poder Executivo.

“Hoje eu tive a oportunidade de conversar com o secretário, e sugiro que vocês [os demais vereadores] conversem. Pois até que se prove o contrário, a gente tem que confiar numa pessoa que está lá trabalhando”, disse o parlamentar, no discurso, destacando que o secretário apresentou a ele suas justificativas. “Nós, de maneira alguma, apoiamos a corrupção. Nós estamos aqui para fiscalizar, é o papel do vereador”, disse.

A Operação Prato Feito investiga desvios de recursos da União destinados à compra de merenda escolar, em municípios do Paraná, Bahia, Distrito Federal e São Paulo, inclusive Monte Mor. Na segunda-feira, a Câmara encaminhou um ofício à prefeitura, assinado por todos os vereadores, solicitando informações e documentos e, ainda, sugerindo a imediata abertura de sindicância administrativa para a devida apuração dos fatos e responsabilização dos envolvidos.

Para Jesus, a corrupção é um assunto que “causa incômodo em todos os brasileiros”, já que é alvo de comentários em conversas, e também na mídia. “Quero deixar bem claro que a nossa Casa de Leis não irá se curvar diante da corrupção”, assinalou o vereador, ressaltando que assinaria um pedido de abertura de Comissão Especial de Inquérito (CEI), caso não tivesse sido protocolado o ofício que pede esclarecimentos à prefeitura. “Esta Câmara está ativa”, finalizou.

APARTES

Waltinho Assis (PDT) esclareceu que a prefeitura não havia recebido, até aquele momento, nenhuma notificação judicial pedindo o afastamento do secretário citado (no plenário, moradores haviam informado que leram, na imprensa, notícias de que o secretário teria sido afastado). Já Pastor Elias (PMDB) ressaltou que “em respeito ao presidente [da Câmara, Waltinho Assis, que tomou providências para a elaboração do ofício que pede esclarecimentos à prefeitura], não deu prosseguimento ao requerimento de abertura de CEI” sobre o assunto.

DATAS COMEMORATIVAS: Jesus Lopes também comentou, no pronunciamento, algumas datas comemorativas celebradas no domingo, 13 de maio: dia das mães, da abolição da escravatura, da fraternidade, do automóvel e do zootecnista.

Pastor Elias comenta Operação Prato Feito e justifica a não apresentação de requerimento de abertura de CEI

PastorElias 14.05.2018“Estamos aqui para apurar os fatos, para trazer clareza a estas denúncias", disse Pastor Elias16/05/2018 - Nesta segunda-feira (14), o vereador Pastor Elias (PMDB) justificou o motivo de não ter apresentado requerimento solicitando a abertura de uma CEI - Comissão Especial de Inquérito, para apurar fatos relacionados à Operação Prato Feito. Segundo o parlamentar, com o encaminhamento de ofício da Câmara - que foi assinado por todos os vereadores e reivindica informações ao Poder Executivo sobre o caso - o seu requerimento ficou “prejudicado”.

Na semana passada, Pastor Elias havia anunciado, nas redes sociais, que protocolaria o pedido de abertura de CEI. O vereador disse que, na sexta-feira (11), solicitou à sua assessoria que providenciasse o documento, tendo contatado os vereadores Ceará Mascate (PPS) - que assinou o documento - e Eduardo Bispo (PSDB) - que manifestou apoio. Entretanto, Pastor Elias abandonou a ideia, em respeito à “iniciativa e primeiro passo” dados pelo presidente da Casa.

Conforme noticiado em nosso site, a Câmara encaminhou um ofício à prefeitura, na segunda-feira, solicitando informações e documentos relacionados à Operação. O documento também sugere que, “dada a gravidade das acusações”, o município “deve proceder, de forma imediata, à abertura de sindicância administrativa para a devida apuração dos fatos” e responsabilização dos envolvidos.

APURAÇÃO

“Estamos aqui para apurar os fatos, para trazer clareza a estas denúncias, que são gravíssimas. Nós não podemos fechar os olhos perante isso”, disse Pastor Elias, no discurso. Deflagrada em 9 de maio, a Operação Prato Feito investiga desvios de recursos da União destinados à compra de merenda escolar, em municípios do Paraná, Bahia, Distrito Federal e São Paulo, inclusive Monte Mor. O secretário de Finanças do município, Eduardo Roberto Lima Júnior, é citado.

“Nossa cidade tem sido [alvo de] notícia ‘ruim’, no campo político, já há muito tempo”, afirmou Pastor Elias, ressaltando que a última denúncia não cita o prefeito Thiago Assis (PMDB). “Mas, quando envolve o nome de um servidor do alto escalão, uma pessoa de importância, nós queremos dar lisura e transparência para que esse cidadão também possa vir aqui se explicar, mostrar para a população que não deve nada”, disse o parlamentar.

Segundo Pastor Elias, os moradores têm procurado os vereadores à procura de informações sobre as denúncias. O parlamentar afirmou ter sido “um choque” acompanhar as notícias da Operação, especialmente por afetar crianças, um grupo “vulnerável e indefeso”. “Nós não podemos ficar assistindo essa corrupção avassaladora, de todos os níveis [...] e não nos posicionarmos perante isso. A sociedade não aguenta mais. O direito das pessoas está sendo retirado”, destacou.

Pastor Elias também defendeu a “transparência e lisura” na apuração dos fatos e a prisão de corruptos envolvidos, caso seja comprovada a culpa. Lembrou, ainda, da importância de se “evitar condenações antecipadas” e de se garantir a ampla defesa de acusados. “A CEI não é para condenar ninguém. É também uma oportunidade para que o servidor acusado, citado, venha se explicar”, afirmou o vereador, em seu pronunciamento.

APARTES

Waltinho Assis (PDT) disse que parte dos vereadores estava num Congresso, na semana passada, o que dificultou a coleta de todas as assinaturas, o que foi feito na segunda-feira (14). Jesus Lopes (PR) afirmou que não foi procurado para assinar o requerimento de abertura de CEI; e destacou que, informado do caso, o presidente da Câmara conversou imediatamente com o Departamento Jurídico da Casa, para elaboração do ofício. Marcos da Farmácia (PSD) informou que esteve afastado da Câmara, por problema de saúde; e que tem cópia do processo da Operação Prato Feito, que ao todo possui 334 páginas. Eduardo Bispo (PSDB) se colocou à disposição para assinar requerimento de abertura de CEI, se necessário.

Abordando Operação Prato Feito, Bispo esclarece que não é alvo de nenhuma investigação judicial

EduardoBispo 14.05.2018 4"Quero esclarecer que não fui citado em nenhuma investigação", disse Eduardo Bispo16/05/2018 - “Eu, Eduardo Bispo, não estou passando por nenhum processo de investigação judicial [...] Quero esclarecer que não fui citado em nenhuma investigação. Quem foi citado na mídia foi o secretário de Finanças, senhor Eduardo Roberto Lima Junior”. Essa declaração foi dada pelo vereador Eduardo Bispo (PSDB), durante sessão da Câmara, nesta segunda-feira (14).

De acordo com o vereador, munícipes o procuraram, nos últimos dias, associando seu nome, equivocadamente, à operação deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União. O processo investiga desvios de recursos federais destinados à merenda escolar, em diversos municípios do Paraná, Bahia, Distrito Federal e São Paulo, inclusive Monte Mor.

Também na segunda-feira, a Câmara enviou ofício à prefeitura, assinado pelos 15 vereadores, solicitando informações e documentos relacionados à Operação e sugerindo a abertura de sindicância administrativa para a apuração dos fatos. Bispo manifestou apoio à eventual abertura de CEI - Comissão Especial de Inquérito, caso o ofício não seja respondido.

“Qualquer tipo de fraude é motivo de vergonha. Mas quando falamos de merenda escolar, é mais vergonhoso ainda. São crianças”, desabafou, pedindo a punição de eventuais responsáveis.  “É vergonhoso para o município, para os pais, para nós do Legislativo, ver nossa cidade sendo alvo de notícia que trata de investigações sobre o desvio de recursos públicos”, finalizou Bispo.

“É triste ver recursos de merenda e material escolar serem desviados, tirando o direito das crianças de ter uma refeição de qualidade na escola”, destacou o parlamentar. Para Bispo, “a crise que nosso país está enfrentando é reflexo desse tipo de desvio e má aplicação do dinheiro público”. “Se for comprovado, tem sim que pagar pelos seus atos”, defendeu.  

 

Zé Fernandes sugere construção de via marginal, interligando bairros do entorno da SP 101 ao centro

ZéFernandes 07.05.2018Para Zé Fernandes, a marginal poderia contar, inclusive, com ciclovias e pistas de caminhada16/05/2018 - A interligação dos bairros Jardim Paulista, Campos Dourados e Jardim Moreira ao centro de Monte Mor foi reivindicada pelo vereador Zé Fernandes (PSDB), durante discurso na Câmara, na sessão de segunda-feira (7). O pedido consta na indicação 511/2017, do seu gabinete.

O objetivo, explica o vereador, é facilitar o acesso dos moradores desses bairros ao centro da cidade, sem a necessidade de utilizar a Rodovia SP 101. Para Zé Fernandes, a marginal poderia contar, inclusive, com ciclovias e pistas de caminhada.

“É muito importante fazermos essa ligação do centro aos bairros”, disse o vereador, ressaltando que tal dispositivo está previsto no Plano Diretor. Zé Fernandes também afirmou que, mesmo com a eventual implantação da marginal, ele continuará cobrando melhorias na SP 101.

SABESP

No breve pronunciamento, o vereador também agradeceu ao funcionário da Sabesp, Evandro Thomé Franco, pela manutenção de trecho da Avenida Luiz Gonzaga do Nascimento, no Jardim Paulista - local que havia sido danificado após a implantação de uma tubulação da estatal.

Foto Lado a Lado