Urgência Especial: vereadores aprovam PLs que liberam mais R$ 746 mil para a saúde

Notebook Projeto de Lei 113 16.08.2022Página de votação, no SAPL da Câmara: além do Projeto 113/2022, PL 112 destinou verba para a saúde. Proposituras foram aprovadasDois Projetos de Lei (PLs) de autoria da prefeitura foram aprovados por unanimidade nesta terça-feira (16), na sessão ordinária da Câmara. As proposituras abrem créditos adicionais no Orçamento Municipal, remanejando um total de R$ 746,4 mil para a área da saúde.

A votação foi garantida a partir de Requerimentos de Urgência Especial, também aprovados por unanimidade. Os pedidos de votação urgente são dos vereadores Andrea Garcia (PTB), Beto Carvalho (UNIÃO), João do Bar (UNIÃO), Pavão da Academia (MDB) e Professor Adriel (PT).

O PL 112/2022 remaneja R$ 200 mil, da própria pasta da saúde, redirecionando a verba para o atendimento de ordens judiciais. Segundo a prefeitura, o recurso será utilizado especificamente para garantir o custeio de medicamentos a pacientes que entraram com processos na Justiça.

Já o PL 113/2022 destina verba de R$ 546,4 mil para a Associação Beneficente Sagrado Coração de Jesus. Em comentários, vereadores disseram que o recurso visa à manutenção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Paulista, que é mantida pela associação hospitalar.

Na Justificativa do PL 133, a prefeitura afirma que a suplementação - remanejada da própria secretaria de saúde, e também das áreas de Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e do Fundo de Assistência Social - visa garantir compromissos firmados em termos de colaboração.

Os PLs contaram com a relatoria da vereadora Wal da Farmácia (UNIÃO). Nos relatórios, a parlamentar destaca que as proposituras visam “garantir os compromissos financeiros/orçamentários da Secretaria de Saúde”, tratando-se de “questão plenamente legal”.

RELATORIA

WalDaFarmácia 16.08.2022 PL113 relatoriaA vereadora Wal da Farmácia, durante leitura de relatórioAlém da leitura, na íntegra, dos relatórios, Wal da Farmácia comentou o assunto. Disse que, na condição de presidente da Comissão de Justiça e Redação da Câmara, é contra votações urgentes, por dispensarem trâmites internos da Casa. Ponderou, entretanto, a importância da aprovação desses dois Projetos, inclusive para viabilizar o pagamento de salários dos funcionários da saúde.

A vereadora afirmou que a UPA do Jardim Paulista se encontra em situação “irregular” - e que, por isso, não recebe recursos federais, exigindo-se os recursos municipais para a sua manutenção. Wal defendeu a regularização urgente da unidade de pronto atendimento, para que tais remanejamento de verbas não sejam necessários e, inclusive, para que se garanta mais investimentos na saúde.

Nos textos dos relatórios, a parlamentar ainda menciona a existência de “previsão legal para suplementação de créditos especiais”, e salienta que a Câmara “vem aprovando projetos que tratam de matérias semelhantes porque não tem vislumbrado qualquer irregularidade na execução orçamentária”. A íntegra dos documentos está disponível neste link e neste outro link

 

Vereadores destacam necessidade da verba para a área da saúde; alguns, entretanto, criticam falta de planejamento da administração municipal

 

Acima, os vereadores Andrea Garcia, Beto Carvalho, João do Bar, Pavão da Academia e Professor Adriel, autores dos Requerimentos de Urgência Especial 21/2022 e 22/2022, que garantiram a apreciação dos Projetos na sessão plenária

Outros parlamentares comentaram. O vereador Alexandre Pinheiro (PTB), presidente da Câmara, discursou antes da votação do PL 112, e destacou a votação urgente. Ele disse que a UPA não estava prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA). “Acredito que seja por conta do período em que ela foi inaugurada e o Projeto [da LOA]  entrou na Casa um pouco antes”, afirmou, lembrando que, no início do mês, outro remanejamento de recurso para a saúde foi aprovado, situação que deve se repetir nos próximos meses. “Espera entrar o recurso nos caixas da prefeitura, para poder fazer os pagamentos”, explicou, destacando que os repasses dependem da arrecadação municipal.

O assunto foi debatido, ainda, antes da votação do Projeto 113/2022 (assista neste outro link). Bruno Leite (UNIÃO) questionou o motivo de a UPA não receber recursos federais para sua manutenção. “É plausível a inauguração, mas seria mais plausível ainda se o recurso tivesse vindo do [governo] federal”, reclamou, defendendo um melhor planejamento para o futuro. Já Paranhos (MDB) frisou que o PL é direcionado ao “pagamento de salários dos servidores da saúde”. Observou, entretanto, que estão sendo retirados recursos de áreas prioritárias do município, como segurança pública, desenvolvimento econômico e social e fundo de assistência social.

Professor FIO (PTB) salientou que a UPA não estava prevista na LOA, mas o hospital estava, o que denota falta de planejamento da administração, quanto à necessidade de recursos públicos para a saúde. Mencionou, ainda, o fato de a unidade ser administrada pelo Hospital. Em sua fala, Andrea Garcia (PTB) destacou que a unidade de pronto atendimento atende mais de cinco mil munícipes, e destacou a estrutura do espaço. Lembrou, ainda, que a saúde é prioridade, e que se trata de uma área que sempre demanda muitos recursos, dificultando projeções. Segundo ela, ocorre, por exemplo, a alta no preço de insumos, carecendo de novas suplementações de verba.

O vereador Beto Carvalho (UNIÃO) criticou ex-secretário de saúde, exonerado pela prefeitura; citou a perda de médicos, pelo município; criticou o remanejamento de verbas, retiradas de outras áreas, também importantes; e defendeu melhorias na gestão municipal, já que, para ele, a regularização da UPA precisa ser urgente. Último a discursar, Vitor Gabriel (PSDB) voltou a solicitar que a prefeitura de Monte Mor trabalhe com “mais profissionalismo” e menos amadorismo. Citou a importância da área da saúde, que exige atuação profissional. E destacou que a necessidade de remanejamento de verbas, de outras áreas, decorre do amadorismo da gestão.

Com a presença de familiares, Plenário aprova PL que homenageia munícipe com nome de rua

Geral 16.08.2022 PL101 01Wal da Farmácia, autora do PL 102, com familiares da homenageada, durante a sessão plenária que aprovou a proposituraO Projeto de Lei (PL) 102/2022, de autoria da vereadora Wal da Farmácia (UNIÃO), foi aprovado por unanimidade na sessão ordinária da Câmara, realizada nesta terça-feira (16). A propositura presta homenagem à senhora Cecilia Maria dos Santos, dando seu nome à Rua Onze da Fazenda Santo Antônio, Haras Larissa. O PL segue agora para sanção do prefeito. 

Natural de do município de Congonhal - MG, Cecília veio para Monte Mor em 1960, aos 22 anos, acompanhada dos pais e do esposo, também já falecido. “Já na cidade, [...] formou uma linda família”, diz Wal da Farmácia, na Justificativa do PL, citando nominalmente os sete filhos, os doze netos (incluindo Luiz Guilherme, filho da vereadora autora da homenagem) e os cinco bisnetos.   

Familiares da homenageada estiveram presentes no Plenário: o neto Luiz Guilherme, a filha Maria Helena, e irmãs. Antes da votação, Wal utilizou a tribuna da Câmara para ler a biografia da homenageada, que totaliza três páginas, e se emocionou em alguns momentos, destacando que Cecília “era [uma pessoa] de uma fé inabalável”. Ela morreu em março de 2004, aos 66 anos. 

AMOR E RELIGIOSIDADE

Geral 16.08.2022 PL101 02Autora do PL, Wal leu a biografia da homenageada“Cecília sempre amou a cidade de Monte Mor”, diz Wal, na propositura, ressaltando que, “apesar de ser uma mineirinha [...] seu coração era montemorense, pois foi aqui que ela fez sua família, criou seus filhos”. “Ela era uma ótima mãe, uma ótima filha, uma ótima avó, principalmente”, afirmou a vereadora, ao mencionar, em vários momentos do seu discurso, a religiosidade da homenageada. 

“Pouco antes da família se mudar para a pequena cidade de Monte Mor, Cecília formou uma dupla sertaneja com seu amigo Toninho, a dupla inicialmente levava o nome de Goiaba e Cidinha e mais tarde tornou-se Goiaba e Goiabinha”, explica a autora, em trecho da Justificativa do PL. O texto também destaca que a dupla cantava grandes sucessos sertanejos, numa rádio em Itapira - SP. 

Ainda conforme o texto, a homenageada era católica, “dona de uma fé inabalável”, e devota de Nossa Senhora da Rosa. Morou, nos últimos anos de vida, na Rua Luiz Basílio de Almeida, no Conjunto Habitacional Maria Aparecida Giatti (Popular Nova), “onde seus vizinhos eram amigos e muito companheiros”. Outros vereadores também comentaram o Projeto de Lei (assista aqui). 

ALGUMAS IMAGENS

Audiência pública: segundo Ipremor, redução de alíquota trará economia de R$ 4,3 mi ao ano

Geral ap 12.08.2022 01Autoridades no Plenário, na audiência pública de sexta-feira (12)A redução da alíquota de contribuição previdenciária patronal, prevista no Projeto de Lei (PL) 93/2022, de autoria do Poder Executivo, trará economia aos cofres públicos do município. É o que afirmou o presidente do Ipremor (Instituto de Previdência Municipal), Djalma Sombini Junior, durante audiência pública das Comissões de Justiça e Redação (CJR) e Finanças e Orçamento (CFO), realizada na última sexta-feira (12), no Plenário da Câmara.

O evento contou com a presença da presidente da CJR, Wal da Farmácia (UNIÃO), do vice-presidente da CFO, Bruno Leite (UNIÃO), do secretário da CFO, Professor Adriel (PT), além dos vereadores Paranhos (MDB) e Vitor Gabriel (PSDB). Também participaram servidores públicos, a secretária de Finanças, Silvana Zanetti, o diretor de Planejamento, Wilson Bragança, e o diretor do Sindsmor (sindicato dos servidores), Adelício Paranhos.

Segundo Djalma, a redução de 6,84 % na alíquota repassada pelo empregador ao Instituto vai garantir uma economia mensal de aproximadamente R$ 330 mil (ao ano, cerca de R$ 4,3 milhões). “Isso [a redefinição da alíquota] só foi possível perante o compromisso do Executivo de regularizar dívidas anteriores, através de parcelamentos, e honrar seus pagamentos, assim como os recolhimentos mensais atuais”, disse o gestor, no evento. 

“Realizado o último cálculo [atuarial], constatou-se que houve uma evolução considerável na situação financeira do Instituto, apesar de todas as dificuldades econômicas de proporções globais nesses últimos tempos, como inflação descontrolada, guerra, pandemia”, justificou Djalma, ressaltando que, a partir de “parceria e alinhamento com o Executivo”, o Ipremor conseguiu baixar o déficit financeiro em cerca de R$ 114,7 milhões, permitindo a redefinição.

Geral ap 12.08.2022 02O presidente do Ipremor, Djalma Sombini, e a presidente da CJR, Wal da Farmácia, na audiência pública da CâmaraNOVOS PERCENTUAIS

Em tramitação na Câmara, o PL 93/2022 modifica a Lei municipal 1912/2014, que trata do regime próprio de previdência do município, regido pelo Ipremor. A proposta reduz alíquotas de contribuição repassadas pelos Poderes Executivo e Legislativo ao Instituto, que, antes, totalizavam 32,22% da folha de pagamento; e, agora, passarão a totalizar 25,38% - ou seja, 6,84% de redução no total, como mencionado (veja quadro comparativo, logo abaixo). 

Os novos percentuais consistem em: 17,20% de contribuição previdenciária patronal; 1,50% “referente à taxa de administração para o custeio das despesas administrativas do regime próprio”; e 6,68% de alíquota suplementar entre 2022 a 2059. Todas as taxas incidem “sobre a somatória das bases de contribuição de seus respectivos servidores em atividade”. A proposta não altera o valor da contribuição descontada dos beneficiários, atualmente de 14%.

Segundo o presidente do Instituto, a redução da alíquota patronal “trará benefícios consideráveis ao município e consequentemente aos servidores”. A secretária de Finanças, Silvana Zanetti, também disse que a economia será “muito benéfica” para Monte Mor, e poderá inclusive ser utilizada “em prol, também, dos nossos servidores”. Alguns vereadores presentes comentaram a iniciativa de redução do percentual (assista neste link a íntegra).

ALGUNS COMENTÁRIOS

Geral ap 12.08.2022 03O diretor de Planejamento, Wilson Bragança, leu a íntegra do PLA maioria dos parlamentares presentes comentou o assunto. Paranhos citou a importância de uma “administração séria” e de uma gestão “100% técnica” da previdência municipal, visando permitir a adequação das alíquotas do Ipremor, como agora viabilizado. Bruno Leite defendeu que a economia gerada com a redução da alíquota seja de fato revertida em melhorias para o funcionalismo público e para o município. Professor Adriel parabenizou o Ipremor e o Poder Executivo, pela adequação efetivada, e elogiou o fato de a administração ter honrado compromissos e, inclusive, os parcelamentos atrasados de gestões anteriores. 

Em comentário, o presidente do Sidsmor, Adelício Paranhos, criticou a alíquota de 14% aplicada aos servidores, e defendeu a revisão da mesma. Além disso, pediu uma solução para os servidores inativos que tiveram o vale-alimentação suspenso. Wal da Farmácia finalizou o evento detalhando o Projeto em tramitação na Câmara; afirmou que, além da redução da alíquota patronal, conforme percentuais mencionados, a base de cálculo passa a ser o valor dos vencimentos, e não o total da folha, como ocorria anteriormente. A presidente da CFO também parabenizou o governo e o Ipremor, pela redefinição do percentual da alíquota.

TABELA COMPARATIVA

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA PATRONAL (PODERES EXECUTIVOS E LEGISLATIVO)

Tipo de alíquota

Percentuais vigentes (Lei 1912/2014) 

Proposta a ser debatida (PL 93/2022)

Alíquota patronal

16,80% da folha de pagamento da remuneração de contribuição

17,20% da somatória da contribuição dos servidores em atividade

Alíquota suplementar

13,92% da folha de pagamento da remuneração de contribuição

6,68%, de 2022 a 2059, incidentes sobre a somatória das bases de contribuição dos servidores ativos

Taxa de administração

1,5% da folha de pagamento da remuneração de contribuição

1,5% da somatória da contribuição dos servidores em atividade

TOTAL

32,22%

25,38%

Fonte: SAPL/ Câmara de Monte Mor

PLs que liberam cerca de R$ 21,6 mi em créditos adicionais serão debatidos nesta sexta (19)

BanneraudienciasinterativasNesta sexta-feira (19), a partir das 10h00, a Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) da Câmara promove uma audiência pública para discutir oito Projetos de Lei (PLs) de iniciativa do Poder Executivo. As proposituras tratam de pedido de autorização para que a prefeitura inclua, no Orçamento Municipal, cerca de R$ 21,6 milhões, oriundos de créditos adicionais.

O convite para a audiência pública foi publicado no SAPL da Câmara e, também, no Diário Oficial Eletrônico do Município. Assinado pelo presidente da CFO, vereador Altran (MDB), o edital destaca que o evento será no Plenário, aberto à participação de autoridades e demais interessados. Também será possível assistir e enviar perguntas pelo site E-democracia

AS PROPOSITURAS

Geral CFO 03.08.2022 apSegundo o presidente da CFO, vereador Altran, audiência de 3 de agosto "restou prejudicada", pela falta de representantes de algumas áreas do Poder Executivo. Foto: Arquivo - 03/08/2022O evento - que também será transmitido pelas redes sociais da Câmara - vai discutir os PLs 96, 97, 98, 99 e 100/2022. Essas cinco proposituras seriam debatidas em audiência da CFO, agendada para 3 de agosto, que “restou prejudicada”, pela ausência de representantes do Poder Executivo, incluindo o Fundo Social de Solidariedade e a secretaria de Saúde.

As proposituras tratam de pedido de autorização para que o Executivo utilize “créditos adicionais especiais”, totalizando cerca de R$ 260 mil. Conforme os PLs, as verbas, oriundas de “excesso de arrecadação”, serão destinadas a áreas diversas, como assistência social, farmacêutica, atenção básica primária de saúde e média e alta complexidade da saúde. 

Também serão discutidos os PLs 104/2022 (R$ 2,4 milhões, provenientes de emendas parlamentares), 105/2022 (R$18,7 milhões, oriundos de tendência de excesso de arrecadação do Fundeb - Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica) e 107/2022 (R$ 147,9 mil para a saúde).

Segundo a prefeitura, as verbas do PL 104 são para custeio de serviços de saúde. Já o PL 105, do Fundeb, direciona recursos para a coordenação das unidades de ensino pré-escolar (incluindo material de consumo, serviços de terceiros e de tecnologia) e das unidades de creches (vencimentos e vantagens, contratações por tempo determinado, dentre outros). 

(Notícia elaborada de acordo com as restrições da legislação eleitoral, omitindo-se, nesse sentido, menções a nomes e partidos de eventuais candidatos).

(Texto atualizado em 22/08/2022, às 16h00. Diferente do divulgado anteriormente, a audiência debateu o PL 107, e não o PL 106, já aprovado pelo Plenário).

 

Foto Lado a Lado