Andrea comenta Denúncia que acusa vereador de incitar plateia a lhe oferecer calmante

AndreaGarcia 27.06.2022 02A gente tem que viver um cenário de paz, nessa Casa de Leis”, afirmou Andrea Garcia, justificando pedido de arquivamento da Denúncia apresentadaNa sessão ordinária da última segunda-feira (27), a vereadora Andrea Garcia (PTB) solicitou o arquivamento da Denúncia 3/2022, que havia sido apresentada por ela contra o vereador Bruno Leite (DEM). A propositura - que foi rejeitada pelo Plenário, assim como o pedido de retirada da tramitação - pleiteava a abertura de uma Comissão Processante (CP) e, em linhas gerais, acusava o vereador Bruno de cometer quebra de decoro e crime de difamação contra a parlamentar, especialmente em episódio ocorrido na sessão plenária da semana anterior.

“Fico feliz de ver as mulheres aqui. A gente tem que estar sempre unidas. Nós temos aí uma lei que defende a nossa categoria. E todas as mulheres têm que ser ouvidas. Como a [vereadora] Camilla [Hellen - Republicanos] falou, lugar de mulher é onde ela quiser”, afirmou Andrea, no início do discurso. A vereadora ainda comentou o pedido de desculpas de Bruno, e justificou a solicitação de arquivamento. “Ele teve a honra de vir pedir desculpas, aqui. Isso é bonito. A gente tem que viver um cenário de paz, nessa Casa de Leis”, afirmou.

Andrea ainda comentou o episódio citado na denúncia rejeitada pelo Plenário, sobre o qual ela afirma que o denunciado chegou a “incitar a plateia, para que [lhe] oferecesse calmantes”, e que teria feito insinuações de que a mesma “sofre com algum distúrbio emocional/mental”. “Me senti muito ofendida, muito. E hoje eu também estou aqui para perdoá-lo […] Nosso objetivo é trabalhar pelo povo e dar exemplo para a população. Nós estamos aqui, não para viver cenário de guerra, mas estamos aqui para dar exemplo”, afirmou, na sessão plenária.    

TRABALHO

A vereadora ainda agradeceu às equipes do Meio Ambiente e da Frente de Trabalho pelo atendimento a reivindicações do seu gabinete. E anunciou que, naquela data, teve reunião com o secretário de Obras, visando implantar o Programa Cidade Legal na região do Jardim Panorama. Segundo ela, a iniciativa daria direito à “legalização fundiária da documentação do imóvel”. “Isso é muito bom, valoriza, cada um tem seu documentinho [...] A gente está traçando isso, para que futuramente venha”, afirmou Andrea, na sessão da Câmara.

Pedido de convênio: Camilla cita “dificuldade do município em assumir a merenda do Estado”

CamillaHellen 27.06.2022 03Camilla Hellen lembrou que, na gestão passada, os alunos de escolas estaduais “comiam merenda seca”, composta por bolacha e sucoO pedido de assinatura de convênio da prefeitura com o Governo do Estado, visando melhorias na merenda fornecida aos estudantes da rede estadual, na cidade, foi comentado pela vereadora Camilla Hellen (Republicanos), na sessão ordinária da segunda-feira (27). “É importante que a prefeitura dê esse carinho, esse olhar, essa atenção [para o assunto]. Mas a gente não pode descartar a dificuldade do município em assumir a merenda do Estado, por conta do repasse”, explicou a vereadora, em seu pronunciamento no Plenário da Câmara.

Na sessão, Camilla lembrou que havia abordado tal assunto em audiência pública da Câmara, no ano passado. Salientou, entretanto, que é importante que “todos entendam o trâmite” do convênio proposto, e “a dificuldade para que o município assuma uma responsabilidade como essa”. A parlamentar ainda reconheceu as dificuldades, já que muitas vezes as equipes de escolas estaduais se reúnem quando é verificada a falta de itens da merenda escolar, por exemplo. Afirmou, porém, que não se pode “difamar de todo a merenda do Estado”.

A vereadora também lembrou que, na gestão passada, os alunos de escolas estaduais “comiam merenda seca”, composta por bolacha e suco, mesmo aqueles que estudavam em período integral. Ela ainda disse que tem filho estudante da rede, e reconheceu que de fato “há, sim, uma diferença” entre a merenda ofertada pelo Estado e a do município. Na internet, a Escola Coronel Laurindo Gomes Carneiro pede que o prefeito “assine o Convênio do Estado com a Prefeitura, garantindo a indispensável equidade entre os estudantes da cidade”.

VERBAS

No discurso, Camilla também anunciou que a emenda parlamentar de R$200 mil, obtida pelo seu gabinete a partir de interlocução com o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), já “entrou na conta da prefeitura”. Segundo a parlamentar, a verba será destinada à área da Saúde. Destacou, ainda, que já chegaram os materiais para a reforma do Ginásio Baia Assis, no Jardim Paulista, melhoria obtida através de emenda destinada pelo então secretário Estadual de Esportes, Aildo Rodrigues, a partir do seu intermédio.

Bruno se defende de denúncia, agradece apoio e reafirma trabalho: “se errei, peço desculpas”

BrunoLeite 27.06.2022 02Bruno Leite disse que não tem “rabo preso” e que, devido à sua atuação na Câmara, não é um parlamentar “interessante para o governo”O vereador Bruno Leite (UNIÃO) se defendeu das acusações contra ele que constam da Denúncia 3/2022, apresentada no Plenário e rejeitada na sessão ordinária da segunda-feira (27). Em pronunciamento, instantes antes da votação, o parlamentar ressaltou o seu trabalho e fez agradecimento pelas mensagens de apoio recebidas. “A minha fala não foi machista, mas, se foi, eu peço desculpas”, afirmou, sobre as acusações da vereadora Andrea Garcia (PTB). 

“Eu, humildemente, não tenho problema nenhum em pedir desculpas para ninguém […] caso eu errar. Então, se eu errei, eu peço desculpas […] Não tive a intenção de ofender, quando eu pedi para a nobre [vereadora Andrea, denunciante] se acalmar e tomar um remédio”, relatou Bruno, ressaltando que não tem nenhum histórico de postura machista em sua vida - o que poderia ser comprovado pelos seus familiares (a sua esposa e a filha estavam no Plenário).

Na sessão, o vereador agradeceu as mensagens de apoio recebidas, como de “amigos” da área de Cultura e Educação do município. “Eu não posso, por questão de ética, falar o nome dessas pessoas. Senão o prefeito manda embora”, afirmou. Ressaltou, ainda, que não utiliza os veículos oficiais da Câmara e que foi o autor dos melhores projetos já apresentados no Poder Legislativo - como os relacionados à “ficha limpa, nepotismo e anticorrupção”.

Bruno disse que não tem “rabo preso” e que, devido à sua atuação na Câmara, não é um parlamentar “interessante para o governo”. “Eu posso sair na rua de cabeça erguida e continuar fazendo o meu trabalho”, afirmou, destacando que fiscaliza as ações da prefeitura e que é “um vereador de verdade”, que defende exclusivamente “os interesses da população”. “O importante é ter a consciência limpa”, afirmou, sobre a Denúncia, rejeitada pelo Plenário. 

Fio diz que não vai assumir nenhuma secretaria: “fui eleito pelo povo para trabalhar na rua”

ProfessorFio 27.06.2022 02Na sessão plenária, Professor Fio também abordou a “Batalha de Rima” realizada no domingo (26), no Jardim Paulista, e elogiou o eventoNa sessão ordinária da última segunda-feira (27), o vereador Professor Fio (PTB) disse que foi procurado por interlocutores do governo, que ofereceram a ele o cargo de secretário municipal no Poder Executivo. O parlamentar afirmou que não aceitará nenhum desses convites. “Eu fui eleito pelo povo para trabalhar na rua, como vereador. Então, não tem nada, nada, nem dinheiro, que faça eu trocar isso”, afirmou, na sessão plenária da Câmara.

No pronunciamento, Fio deixou um recado ao prefeito Edivaldo Brischi (PTB). “Eu não tenho interesse em nenhuma secretaria. Já fui procurado por quatro ou cinco pessoas. Então, fica o recado para o prefeito: não adianta, não vou trocar [o cargo de vereador por nenhuma] secretaria, porque aqui não tem preço, aqui tem valor”, relatou o parlamentar, no Plenário. “Estou para trabalhar para o povo, e vou trabalhar para o povo como vereador”, concluiu. 

BATALHA

Fio também abordou a “Batalha de Rima” realizada no último domingo (26), no Jardim Paulista. Ele lembrou que a iniciativa nasceu de um projeto de um ex-aluno da escola Escola Estadual Cônego Cyríaco Scaranello Pires, Vini Moura - que deu a ideia de realizar a atividade e, inclusive, utilizou uma “caixinha de som, velha”, emprestada pelo vereador. 

“Começou assim, com uma caixinha de som, marcamos um dia na praça, fomos, e olha onde chegou”, destacou, parabenizando Vini por ter idealizado o projeto, sem estrutura, e hoje poder contar com o “reconhecimento e apoio da Secretaria da Cultura”. “Começou na nossa escola, ali, a batalha de rima, e hoje olha a proporção que criou, ontem, a festividade”, disse.

Foto Lado a Lado