Bruno Leite busca recursos e parcerias para projetos da causa animal, e pede ação da prefeitura

BrunoLeite 22.11.2021 DiscursoNa sessão ordinária, Bruno Leite destacou a importância de que a causa animal seja tratada “com o seu devido respeito”O vereador Bruno Leite (DEM) considera que o Poder Executivo deveria realizar parcerias com ONGs e subsidiar o tratamento veterinário e medicamentos para ações relacionadas à causa animal. Em discurso na sessão ordinária da Câmara, o parlamentar afirmou que se reuniria nesta quarta-feira (24) com o deputado estadual Bruno Lima (PSL), na Alesp, visando pleitear recursos para a área.

No pronunciamento, proferido nesta segunda-feira (22), Bruno também comentou que na terça (23) estaria em Hortolândia, acompanhado de uma ativista da causa animal de Monte Mor, visitando uma ONG do município vizinho. “Para que nós possamos tratar a causa animal com o seu devido respeito”, defendeu, citando que passam-se gestões de prefeitos, “e nada é feito”.

O parlamentar ainda disse que os defensores da causa animal “trabalham demais”, realizando rifas beneficentes, para bancar os custos das atividades, além de mutirões de castração, por exemplo. Ele defendeu o apoio do Poder Público, para a área. “A gente vem trabalhando em cima disso, para que algo novo e de verdade realmente aconteça. Porque nós só escutamos promessas e muito blablablá”.

PONTE

Bruno ainda destaca que, a partir de seu gabinete e de outros parlamentares, foram conquistados outros R$600 mil de emenda parlamentar, para o município, visando à construção da ponte que liga o Jardim Progresso ao Jardim Capuavinha. “R$400 mil [obtidos inicialmente] o prefeito disse que era pouco, que não dava. Não paramos de trabalhar, fomos atrás”, afirmou, salientando que a verba, que totaliza um milhão de reais, foi obtida junto ao deputado estadual Rogério Nogueira (DEM). 

Comissão Mista debate áreas de preservação permanente e necessidade de plano de recuperação

ReuniãodeComissão 18.11.2021Reunião da Comissão Mista da Câmara: colegiado defende o mapeamento de APPs, além de planos de ação para recuperação de áreas degradadasEm reunião na Câmara, na última quinta-feira (18), a Comissão de Meio Ambiente, Educação, Cultura, Saúde, Assistência Social, Obras e Serviços Públicos e Atividades Privadas (CMA) debateu assuntos relacionados ao meio ambiente e ao saneamento básico. Na oportunidade, os vereadores decidiram convidar o secretário de Meio Ambiente, Bruno Ross Matheus, para comparecer à próxima reunião, agendada para o dia 30, visando que o mesmo forneça “informações sobre as APPs [Áreas de Preservação Permanente] existentes no município e sobre eventuais políticas públicas ou planejamento de ações por parte do Poder Executivo, visando à recuperação de referidas áreas”.

Segundo a Comissão, as APPs são “espaços protegidos por legislação específica, devido ao seu importante papel na manutenção do equilíbrio do meio ambiente”. O colegiado - que é presidido pelo vereador Professor Fio (PTB) e que conta com os integrantes Nelson Almeida (Solidariedade), vice-presidente, e Vitor Gabriel (PSDB), secretário - abordou a “necessidade de se proceder ao mapeamento das APPs existentes no município e de se elaborar planos de ação voltados à recuperação de tais áreas, uma vez que situações como o descarte irregular de entulhos ocorrem com frequência nestes locais”. Michele Montanari, analista legislativa da Câmara, também participou do encontro.

Em ata divulgada no Sistema de Apoio ao Processo Legislativo da Câmara (SAPL), a Comissão Mista também informa que, na reunião da última quinta-feira, foram discutidas “questões relacionadas às políticas de saneamento básico municipais, como tratamento da água, esgoto e lixo”, além de terem sido debatidas “experiências inovadoras adotadas em outras cidades, como é o caso de sistema integrado de resíduos implantado em Londrina (PR), que, através de uma máquina, transforma lixo em materiais de construção”. Ainda de acordo com o documento divulgado, o colegiado deverá, após a reunião com o secretário de Meio Ambiente, traçar “novos planos de ação”. 

No Mês da Consciência Negra, Câmara aprova Moção contra ato de racismo sofrido por vereadora

Vereadora Paolla Alexandre 23.11.2021A vereadora Paolla Miguel, vítima de racismo na Câmara de Campinas; e o presidente Alexandre Pinheiro, autor da Moção de RepúdioFoi aprovada nesta segunda-feira (22), na sessão ordinária, a Moção 50/2021, de repúdio ao ato de racismo sofrido recentemente pela vereadora de Campinas Paolla Miguel (PT). A propositura é de iniciativa do vereador Alexandre Pinheiro (PTB), presidente da Câmara, e teve o voto favorável de todos os parlamentares. O texto foi aprovado no mês em que se celebra o Dia da Consciência Negra.  

A Moção faz referência às ofensas raciais sofridas por Paolla, no último dia 8, ocasião em que a parlamentar “foi vítima de xingamentos, vindos da plateia, durante a sessão ordinária daquele Poder Legislativo”. O assunto - que ganhou repercussão na mídia e está sendo investigado pela Polícia Civil, que já identificou um suspeito - já havia sido alvo de Nota Oficial da Câmara (leia aqui).

Na Moção, Alexandre se solidariza com Paolla. “É lamentável que fatos como estes ainda ocorram em pleno século 21 e chamam a atenção para a necessidade urgente de uma discussão mais profunda sobre o crime de racismo e toda e qualquer forma de discriminação, além da necessidade de se discutir a realização de atividades educativas, sem perder de vista os possíveis desdobramentos punitivos”.

RACISMO

AlexandrePinheiro 22.11.2021Para Alexandre Pinheiro, Moção de Repúdio mostra que, “num estado democrático de direito, o crime de racismo não será aceito em hipótese alguma”Durante discurso, antes da votação, Alexandre comentou a importância da iniciativa. “Me traz muita tristeza saber que acabamos de comemorar o dia 20 de novembro [Dia da Consciência Negra], e ao invés de uma Moção de Aplausos […] ter que fazer uma Moção de Repúdio”, disse. “No mês de novembro, em que se fala de conscientização, nós vemos um ato de barbárie desse”, lamentou.

O parlamentar também fez a leitura de texto, no qual informa que “o racismo é um crime inafiançável, e não pode ser aceito em nenhuma hipótese, uma vez que afeta a população negra cotidianamente”. Ele também lembrou que o crime de injúria racial foi equiparado ao crime de racismo, pelo Supremo Tribunal Federal, “comprovando o quão grave e condenável são episódios como esse”. 

“Repudiar publicamente esse episódio não é uma forma de defender somente a vereadora Paolla, covardemente atacada. Mas também de mostrar que, num estado democrático de direito, o crime de racismo não será aceito em hipótese alguma, independente do ambiente e da forma como ele ocorra”, disse Alexandre, manifestando sua solidariedade à vereadora e a todos que sofrem com esse crime.

COTIDIANO

Racismo é crime 23.11.2021Em peça publicitária divulgada na época do crime, a Câmara repudiou os atos de racismo: Nota Oficial da Presidência também abordou o assuntoParanhos (MDB) reforçou a importância da luta contra o racismo. “Todo mundo sabe o que tem que ser feito, mas na hora de se transformar isso em comportamento, não acontece”, lamentou, destacando que “a gente vive numa sociedade hipócrita”. “Todo mundo sabe das leis, e não se cumpre, porque não se tem educação, porque as famílias estão deterioradas, porque a política pensa em tudo, menos em valores”, disse o parlamentar, ao pedir que os negros não se curvem ao preconceito.

Beto Carvalho (DEM) parabenizou o autor pela Moção. Lembrou que diversas pessoas, “que não possuem voz”, sofrem atos de preconceito nas ruas. Ele também defendeu que sejam feitas denúncias contra esses crimes. Já Professor Adriel (PT) manifestou seu “total desagravo” às falas racistas direcionadas à vereadora; e se solidarizou com todas as pessoas que são vítimas desse crime, “em pleno século XXI”. “Toda forma de discriminação é uma vergonha, e nós precisamos batalhar contra essa chaga, esse mal, para que não venha mais a acontecer”, afirmou o parlamentar, destacando que é autor de proposituras, em tramitação na Câmara, que “dialogam com esse assunto”.

O vereador Professor Fio (PTB) citou a professora montemorense Marisa Batista dos Santos, autora do livro “O Racismo Oculto”. Ele parabenizou a escritora, que é um “símbolo da luta” contra esse crime. “O pior racismo ainda não é esse que a pessoa grita, que ela escancara. É aquele que está mascarado”, disse o parlamentar, também citando as desigualdades no mercado de trabalho e existência de “racismo oculto” no país - prática difícil de se combater, por ser frequentemente negada. “A escola é um lugar onde a gente tem que combater o racismo o tempo todo”, afirmou.

Vitor Gabriel (PSDB) parabenizou o autor pela Moção. “Há muito tempo a gente sofre na pele essa questão”, disse o parlamentar, ressaltando que negros provam, diariamente, que venceram. “O racismo dói somente nos nossos corações, mas não chega a atingir a nossa pele, a nossa alma. Dá uma balançada, mas não derruba [...] A gente tem que se unir para conscientizar as pessoas. Às vezes, algumas palavras e gestos vão doer, mas não derrubam”, afirmou. 

Wal da Farmácia (PSL) disse que lutou, na Comissão de Justiça e Redação da Câmara, para que o Dia da Consciência Negra fosse incluído no rol de feriados municipais, votado no início do ano. Ela também manifestou solidariedade às pessoas que passam por discriminação racial, como a sofrida pela vereadora; e defendeu políticas públicas de enfrentamento a esse crime. Camilla Hellen (Republicanos) também parabenizou o presidente da Câmara, pela Moção, “que faz jus a tudo que temos vivenciado esses dias”. Ela ainda solidarizou-se com a vereadora de Campinas e, também, com uma assessora de uma deputada federal, que sofreu o problema recentemente. “O racismo está atrelado também ao preconceito social e econômico”, disse ela, que também foi vítima de preconceito religioso, na internet. “Preconceito é crime e tem que ser combatido como tal”, afirmou.  

Plenário aprova Plano Plurianual em 1º turno; propositura ainda depende de nova votação

Projeto de Lei nº 125 22.11.2021Computador exibe sistema de votação eletrônico. Projeto 125, do Plano Plurianual, foi aprovado por unanimidade, pelos vereadoresInstrumento de planejamento da administração pública municipal, o Plano Plurianual (PPA) foi aprovado em primeira votação, por unanimidade, na sessão ordinária desta segunda-feira (22). De iniciativa do Poder Executivo, o PPA (Projeto de Lei 125/2021) define as diretrizes, objetivos e metas do município para os próximos quatro anos (2022/2025), e já havia passado por audiência pública no Plenário (assista aqui). Segundo o presidente da Câmara, vereador Alexandre Pinheiro (PTB), a votação em 2º turno deve ocorrer na próxima sessão ordinária, na semana que vem.

Em outubro, também havia sido liberado o prazo para envio de emendas populares ao Projeto do PPA, oportunidade em que os moradores poderiam apresentar suas sugestões sobre o texto, conforme previsto no Regimento Interno. De acordo com o Setor de Processo Legislativo da Câmara, não foi recebida nenhuma proposta de emenda - nem de munícipes, nem de parlamentares. 

“O Plano Plurianual (PPA) é um instrumento para o planejamento estratégico do município, isto é, para organização dos recursos e energias do governo e da sociedade em direção a uma visão de futuro, a um cenário de médio prazo”, pontua Parecer Técnico de consultoria especializada, contratada pela Câmara. O texto também recebeu parecer favorável da Comissão de Finanças e Orçamento (CFO).

METAS E PRIORIDADES

Num dos seus anexos, o PPA estima a receita do município para os próximos quatro anos (sendo de R$314,2 milhões para 2022, conforme consta do Projeto da LOA; de R$332,1 milhões, para 2023; de R$342,3 milhões, para 2024; e de R$356,8 milhões para 2025). Na previsão, o maior volume de recursos é oriundo das chamadas transferências correntes (“recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, independentemente de contraprestação direta de bens e serviços, desde que o objeto seja a aplicação em despesas correntes”, conforme definição da Secretaria Estadual da Fazenda). O Projeto também apresenta demonstrativos “por programa” e “por órgão e unidade” - o que inclui as subdivisões das despesas previstas para o quadriênio, para secretarias municipais e órgãos da administração direta e indireta.

Foto Lado a Lado