Defasagem salarial de servidores poderia ser resolvida com plano de carreira, diz Beto Carvalho

BetoCarvalho 14.03.2022 Discurso“Se tivesse começado a fazer esse plano de cargos e carreiras lá em 2010, com certeza não estaríamos passando por isso”, disse Beto CarvalhoO vereador Beto Carvalho (DEM) considera que a criação de um plano de cargos e carreiras, para o funcionalismo público municipal, poderia corrigir os problemas enfrentados pela categoria, como as defasagens no salário. Em discurso no Plenário da Câmara, na sessão ordinária da última segunda-feira (14), o parlamentar defendeu a medida.

“Se tivesse começado a fazer esse plano de cargos e carreiras lá em 2010, com certeza não estaríamos passando por isso [...] Nunca é tarde para plantar a semente”, relatou, no pronunciamento. Beto também afirmou que é importante tomar atitudes, e não apenas culpar gestores antigos. “Ou plantamos juntos a semente, ou todo mundo vai sair perdendo”.

Na sessão plenária, o parlamentar defendeu a medida para evitar que o funcionalismo público municipal seja prejudicado no futuro. Ele lembrou que os cargos eletivos, como de prefeito e vereador, são passageiros. “Não somos [vereadores], nós estamos [no cargo, atualmente]. O senhor Edivaldo [Brischi] está [ocupando o cargo de] prefeito”, disse.

VERBA

Beto também anunciou o envio de emenda de R$400 mil, pelo deputado federal Carlos Sampaio (PSDB), a pedido do seu gabinete e da vereadora Milziane Menezes (PSDB). Ele salientou que a verba é oriunda do Fundo Nacional de Saúde.

OBRAS

O parlamentar anunciou, à Secretaria de Obras, que irá levar lideranças do Capuavinha até a prefeitura, nesta semana. O bairro sofre com a falta de manutenção de vias públicas. “Se não querem fazer para o vereador, façam para a população, que paga imposto”, disse.

Ele também citou problemas no Jardim Progresso e na Vila Faride Calil; e anunciou que lideranças desses bairros também serão levadas ao Poder Executivo, para fazer cobranças. “Vou começar a fazer esse tipo de reunião. Pegar líderes dos bairros e levar lá no prefeito”.

Projeto de Professor Adriel quer proibir fogos de artifício que causem poluição sonora

ProfessorAdriel 14.03.2022 02A campanha salarial do funcionalismo público também foi abordada por Professor Adriel: “nós precisamos de uma grande política pública voltada aos servidores”De iniciativa do vereador Professor Adriel (PT), o Projeto de Lei (PL) 43/2022 “dispõe sobre a proibição da queima, soltura e manuseio de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos que causem poluição sonora acima de 65 decibéis no município de Monte Mor”. A propositura foi lida no Expediente da sessão ordinária da última segunda-feira (14), data em que o parlamentar comentou o assunto, destacando a sua relevância.

“Esse é um projeto muito importante. Porque nós sabemos que a cultura dos fogos de artifício prejudica vários setores da sociedade: prejudica a população idosa, a população acamada, a população com transtorno do espectro autista e [...] também os animais. É uma pauta que abraça muitos setores”, afirmou Adriel, no pronunciamento. O PL foi remetido às Comissões da Câmara e, se aprovado, será posteriormente enviado ao Plenário, para apreciação.

O vereador lembrou que iniciativas semelhantes vêm sendo aprovadas em diversas Câmaras país afora, como em Indaiatuba e Ubatuba. Ponderou, entretanto, que se trata de um “projeto polêmico”, já que “há muito debate acerca da constitucionalidade [...], por [ser oriundo de] autoria de vereador”. Segundo ele, há um  “debate muito profundo”, já que teóricos de ramos do Direito alegam que a competência sobre o assunto seria da União.

“Nós tentaremos caminhar com o Projeto aqui nesta Casa, e lutaremos por ele. Se, porventura, por uma questão de constitucionalidade, esse Projeto não avançar, nós intensificaremos nossa movimentação em direção ao Poder Executivo, para que ele mande o Projeto para cá, para que tenha aprovação”, afirmou o parlamentar. A proposta está em tramitação desde 10 de março, e já obteve análise prévia favorável da Secretaria Legislativa.

CAMPANHA SALARIAL

Adriel também afirmou que os servidores públicos têm todo o apoio do seu mandato e do seu gabinete, nas reivindicações por melhorias salariais, já que se trata de “uma luta muito séria e [que] precisa ser abraçada por todas as forças políticas”. “Nós precisamos de uma grande política pública voltada aos servidores”, relatou.

O parlamentar destacou que a proposta de reajuste de 14% - a maior dos últimos 10 anos, segundo o sindicato - não contempla as necessidades da categoria, tendo em vista que em 2017, 2019 e 2020 não houve nenhum aumento salarial; e, em 2018, foi concedido apenas 3%, parcelado em seis vezes. “Por isso é preciso um reajuste maior”, ressaltou.

“Não podemos deixar fazer uma rodovia meia-boca”, diz Nelson Almeida, sobre Rio Acima

NelsonAlmeida 14.03.2022Nelson Almeida defendeu a união de forças, entre os vereadores, para reivindicar a adequação da obra na Estrada do Rio AcimaO vereador Nelson Almeida (Solidariedade) defende adequações nas obras de pavimentação asfáltica da Estrada do Rio Acima, visando garantir o correto o nivelamento da rodovia com uma ponte. A necessidade foi apresentada, ao seu gabinete, pelos moradores do bairro Chácaras Mirim, que são diretamente atingidos pela benfeitoria.

Em discurso na sessão ordinária da Câmara, nesta segunda-feira (14), Nelson comentou o assunto, que já havia sido abordado por ele, na semana passada. “Precisa desapropriar ali, uma parte [da estrada], para poder fazer o nivelamento da ponte com a rodovia. Se não, o povo do Rio Acima vai ficar prejudicado em época de enchente”, relatou.

O parlamentar defendeu a união de forças, entre os vereadores, para reivindicar a adequação da obra. E cobrou uma atitude do prefeito, já que, segundo ele, o chefe do Poder Executivo tinha se comprometido a atuar em prol do caso. “Estou aguardando. Cobrei novamente no final de semana, e até o momento, nada [foi resolvido]”, disse Nelson, no pronunciamento.

“Nós, como vereadores, não podemos deixar fazer uma rodovia meia-boca”, relatou o vereador, na sessão plenária. Ele também deixou um recado aos moradores. “Pessoal das Chácaras Mirim: se for necessário a gente fazer alguma manifestação para não deixar fazer um serviço de péssima qualidade, pode contar comigo”, afirmou. 

REAJUSTE

Nelson também manifestou apoio à luta dos servidores públicos da prefeitura, que pedem reajuste salarial. Disse que se sentiu “enganado”, já que o prefeito teria dito, em reunião, que o percentual máximo que poderia ser concedido seria 10,06%, o que teria sido revertido, posteriormente. O parlamentar parabenizou o sindicato pela atuação; disse que o mínimo de reajuste deveria ser de 18%, tal qual na Câmara; e defendeu que o órgão só leve o caso à Justiça caso haja tempo hábil. Do contrário, sugere que se “abrace os 14%”, neste ano, e, em 2023, o Sindsmor retome o assunto, pleiteando um “salário melhor” para o funcionalismo.

Reajuste: Alexandre acusa Sindsmor de divulgar “fake news” e reafirma apoio aos servidores

AlexandrePinheiro 14.03.2022 01Alexandre Pinheiro destacou que, em conversa com professores e profissionais da saúde, eles afirmam que “nunca foram representados”O vereador Alexandre Pinheiro (PTB), presidente da Câmara, fez críticas ao Sindsmor (sindicato dos servidores públicos municipais), na sessão ordinária desta segunda-feira (14). O parlamentar afirmou que o sindicato tem divulgado uma “fala infelizmente mentirosa” a seu respeito, dando conta de que ele “não representa a categoria e os servidores públicos”. A divergência de informações se deu no contexto da campanha pelo reajuste salarial deste ano. 

“Eu acho que quem não representa os servidores públicos são eles [do sindicato]. Porque onde eles estavam, em todos esses anos? Quando a antiga administração deu 3% de reajuste, [parcelado] em seis vezes, onde eles estavam escondidos?”, questionou Alexandre, em seu pronunciamento no Plenário. “Quem não representa o servidor público não é o vereador Alexandre Pinheiro, e sim o sindicato, que estava escondido todo esse tempo”, concluiu.

O parlamentar ainda parabenizou os servidores que se uniram, como a classe dos professores, para pedir o reajuste salarial. E explicou que sempre defendeu a realização de “estudo” para que o Poder Executivo “desse o maior aumento possível, dentro daquilo que ele pudesse dar”. “E a princípio foi levantado o valor de 10,06%”, disse, ao ressaltar que todos os vereadores defendem um reajuste similar ao concedido pela Câmara aos seus servidores, de 18,88%.

“Porém, a receita de lá [da prefeitura] não é igual à da Câmara”, disse Alexandre, ressaltando que o reajuste dado aos funcionários do Poder Legislativo comprova que ele é a favor dos servidores. O parlamentar ainda afirmou que, em conversa com professores e profissionais da saúde, eles afirmam que “nunca foram representados”. “Falam que nunca existiu um sindicato”, afirmou, defendendo que o órgão tivesse tido “ações efetivas desde o passado”. 

Na sessão, o presidente da Câmara também explicou que o Projeto de Lei 2/2022, da Mesa Diretora, aprovado em janeiro deste ano, garantiu o reajuste de 18,88% exclusivamente para os funcionários e servidores do Poder Legislativo (percentual que se refere à reposição das perdas inflacionárias dos anos de 2019, 2020 e 2021). Já os vereadores tiveram os subsídios reajustados em 10,06%, “correspondente ao índice do IPCA-IBGE acumulado de 2021”.

Foto Lado a Lado