“A nossa cidade está tomada de buracos”, diz João do Bar, pedindo atenção da prefeitura para o problema

JoãoDoBar 12.04.2021Segundo João do Bar, seu gabinete vem cobrando uma solução para o Parque Bela Vista desde janeiro deste ano15/04/2021 - O vereador João do Bar (PSL) pede que a prefeitura de Monte Mor realize operação tapa-buracos em bairros da cidade. Em discurso na sessão plenária da última segunda-feira (12), o parlamentar afirmou que a falta de manutenção asfáltica é constatada em diversas regiões. 

“As pessoas cobram a gente nas ruas. A nossa cidade está tomada de buracos”, disse João, citando o exemplo do Residencial Parque Bela Vista. Segundo ele, seu gabinete vem cobrando uma solução desde o mês de janeiro - mas os problemas persistem, especialmente em frente ao ponto de ônibus.

No pronunciamento, o parlamentar citou também o bairro Jardim Paulista - onde, afirmou, carros precisam desviar das crateras, nas Ruas Quatro e Dezesseis. Além disso, mencionou o Jardim Colina, que também necessita de operação tapa-buracos. 

“É em todos os bairros, na cidade toda”, disse, sugerindo que o Poder Executivo inclusive amplie as turmas de trabalho, para resolver a situação com a máxima urgência. Destacou, também, que na gestão anterior as operações tapa-buracos vinham funcionando, e sendo prioridade. 

ASSISTÊNCIA SOCIAL

O parlamentar também agradeceu aos grupos que estão auxiliando os moradores que necessitam de cestas básicas. E criticou a atual administração do município, que, segundo ele, não tomou atitudes. “Até hoje, nada de [promover] ajuda para a nossa população”, disse. 

CRÍTICAS À GESTÃO

João do Bar também criticou o corte da gratificação dos médicos, pela prefeitura; e a suspensão do pagamento do auxílio-alimentação dos servidores inativos, ocorrida devido a uma decisão judicial. Além disso, lamentou as críticas nas redes sociais aos vereadores, devido à rejeição do Projeto de Lei da Ficha Limpa - que era inconstitucional (leia mais detalhes neste link).

Camilla Hellen destaca Requerimento sobre ovos de Páscoa: “tudo que diz respeito ao direito da população tem importância”

CamillaHellen 12.04.2021 2Segundo a vereadora Camilla Hellen, muitas mães de alunos a procuraram, fazendo questionamentos sobre os ovos de Páscoa15/04/2021 - Autora do Requerimento 4/2021, que pede informações à prefeitura sobre os motivos da não aquisição de ovos de Páscoa, neste ano, para distribuição aos alunos da rede pública municipal, a vereadora Camilla Hellen (Republicanos) comentou a importância da iniciativa, na sessão da última segunda-feira (12). Segundo ela, muitas mães de alunos a procuraram, fazendo tal questionamento.

“Algumas pessoas falaram que teria assuntos mais importantes [para serem abordados]. Mas tudo que diz respeito ao direito da população tem sua importância, principalmente quando se trata das nossas crianças”, afirmou. A parlamentar defendeu que é relevante que os alunos da rede pública recebam o seu “agrado, o seu mimo, que é o ovo”, na Páscoa.

Camilla lembrou que a pandemia afetou a economia do Brasil e do mundo. “E nosso município não é diferente”, disse. “Muitos pais não têm condições [de fazer] essa aquisição. E às vezes é na escola que eles [os alunos] têm essa oportunidade de desfrutar da data [da Páscoa] e desfrutar do ovo”, afirmou, defendendo que a prefeitura responda aos questionamentos.

O Requerimento, aprovado por unanimidade pelo Plenário, faz duas perguntas à prefeitura: porque não foram comprados os ovos de Páscoa que, tradicionalmente, eram distribuídos aos alunos da rede pública municipal; e com qual verba e qual o valor foi gasto para tais compras, no governo anterior. Ou seja, a parlamentar também pretende saber como eram feitas tais aquisições, na gestão passada. 

INDICAÇÃO

A Indicação 169/2021, de sua autoria, que pede a roçagem do mato e a limpeza na Rua Dez do Recreio Planalto, também foi abordada. A vereadora disse que muitos moradores a procuraram, falando da dificuldade de se acessar os terrenos e chácaras, na região, e da impossibilidade do tráfego de veículos. E pediu que a prefeitura realize tal manutenção, com urgência.

GRATIFICAÇÃO

Camilla também disse que assinou, juntamente com Paranhos (MDB), o Requerimento 5/2021, que pede informações à prefeitura sobre o corte de gratificação dos médicos, tendo em vista que “a Lei municipal 1765, de julho de 2013, que instituiu a gratificação, encontra-se em vigor”. A propositura, que também é assinada por Beto Carvalho (DEM), foi aprovada por unanimidade, no Plenário. 

CASA ABRIGO

A parlamentar abordou o seu discurso anterior, no qual havia solicitado “atenção especial” da prefeitura para a Casa Abrigo, que sofre com casos de Covid em funcionários e internos. Esclareceu que não criticou a coordenação da entidade, mas sim a maneira como foram “esquecidos” os seus funcionários e também as crianças, “que deveriam, sim, ser assistidos pela Secretaria da Saúde”.
 

Nelson Almeida defende mais investimentos na saúde contra a Covid: “temos que dar o direito de as pessoas lutarem pela vida”

NelsonAlmeida 12.04.2021"Quero urgência, para que nossa cidade tenha UTI. Não podemos ficar nas mãos do Estado", disse o vereador Nelson Almeida15/04/2021 - O vereador Nelson Almeida (Solidariedade) faz um apelo ao prefeito Edivaldo Brischi (PTB), para que o município “dê prioridade à saúde de Monte Mor”. A declaração foi emitida na última segunda-feira (12), na sessão deliberativa remota da Câmara. No pronunciamento, o parlamentar citou a falta de estrutura do município, no enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Citando a perda do “irmão de coração”, Antonio Bueno, que faleceu vítima do coronavírus, à espera de uma vaga de UTI, Nelson afirmou que o fato lhe “causa muita revolta”. E criticou o fato de o município, de mais de 60 mil habitantes, não ter uma UTI; não ter se preocupado com o “tratamento precoce” contra a doença, assunto alvo de Indicação sua; e ter somente três respiradores no hospital. 

“Já conversei com o prefeito. E quero urgência, para que nossa cidade tenha UTI. Não podemos ficar nas mãos do Estado. A UPA tem que ser inaugurada o quanto antes. Nós temos que dar o direito de as pessoas lutarem pela vida”, disse. O vereador também destacou que, dos R$25 bilhões destinados pelo Governo Federal para o enfrentamento da doença, Monte Mor recebeu quase R$7,3 milhões.

FICHA LIMPA MUNICIPAL

Nelson Almeida comemorou o fato de que o vereador Professor Fio (PTB) “cumpriu a promessa” feita na sessão anterior, e, “respeitando a hierarquia dos Poderes”, apresentou Indicação conjunta, assinada com outros vereadores, que pede que o Poder Executivo encaminhe, à Câmara, proposta de Projeto de Lei da Ficha Limpa Municipal. O parlamentar também disse que cobrará da prefeitura, para que a proposta esteja na Câmara já na próxima sessão plenária.

Prefeito Edivaldo Brischi faz balanço dos cem dias de governo na tribuna livre da Câmara; vereadores comentam

PrefeitoEdivalBrisch.12.04.2021Acompanhado do vice-prefeito Ronaldo Tuim, Edivaldo Brischi ocupou a tribuna livre da Câmara: 100 dias de governo14/04/2021 - O prefeito de Monte Mor, Edivaldo Brischi, utilizou a tribuna livre da Câmara na sessão da última segunda-feira (12), para falar sobre o tema “Os 100 dias de governo”. Conforme Regimento Interno da Casa, o chefe do Executivo pôde discursar livremente por dez minutos; e, na sequência, alguns vereadores utilizaram-se da palavra para discutir o tema exposto. Assista aqui ao vídeo

Por videoconferência e acompanhado do vice-prefeito Ronaldo Tuim, Brischi enumerou as principais ações da gestão. Começou citando o repasse de cerca de R$4,3 milhões ao Hospital Sagrado Coração de Jesus, conforme termo de colaboração aprovado no Legislativo; e de R$2,1 milhões à Câmara. “Pagamos R$1,6 milhão de remédios, inclusive muitos remédios da gestão passada”, complementou.

O prefeito também mencionou o pagamento de R$350 mil em rescisões “deixadas pela antiga administração”, e a compra de mais de R$500 mil em Sessão 12.04.2021Após o pronunciamento do prefeito, alguns vereadores fizeram comentários, durante a sessão deliberativa da Câmaracestas básicas, que são distribuídas aos beneficiários pelas equipes de Assistência Social. “Pagamos mais de R$6 milhões de dívidas da prefeitura com o Ipremor [Instituto de Previdência Municipal]”, anunciou. 

AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO DE INATIVOS

Brischi também comentou a suspensão do pagamento de auxílio-alimentação aos servidores públicos municipais inativos, devido a uma decisão judicial (veja nota oficial do Poder Executivo, neste link). O assunto havia sido abordado por diversos parlamentares, com frequência, em discursos neste ano.

“Isso aí tinha que ser um assunto encerrado. Que veio do Tribunal, cortando esse vale. Então, eu acho que vocês deveriam continuar com outros assuntos, mais importantes para o município. Provoquem o Ipremor, que deve pagar para vocês o vale-alimentação, ou não”, afirmou o prefeito.

DÍVIDAS ATRASADAS; E PANDEMIA

Na tribuna livre, Brischi também disse que sua gestão efetuou o pagamento de dívidas deixadas pela administração anterior: R$570 mil de água, telefone e energia; R$613 mil em precatórios; e R$2 milhões a fornecedores terceirizados. “Para pôr a máquina para funcionar, tivemos que fazer isso”. 

Sobre a pandemia da Covid, o prefeito disse que, desde 2020, o município recebeu R$ 7,1 milhões para enfrentamento da doença - “sendo que R$3,4 milhões foram gastos na gestão passada. O prefeito Edivaldo, até agora, gastou R$99 mil reais”, afirmou, anunciando os recursos ainda disponíveis.

O chefe do Executivo também citou a tenda instalada no Hospital, para atendimento exclusivo aos pacientes da Covid-19. Segundo ele, o local garante o “encaminhamento certo, com os protocolos e medicamentos corretos ao estágio da doença”. Assista à íntegra do pronunciamento neste link

PARLAMENTARES COMENTAM

Alguns vereadores comentaram o discurso do prefeito. Paranhos (MDB) considerou como “lamentável” e “infeliz” a fala do prefeito sobre o corte do auxílio-alimentação dos inativos; lembrou que tais servidores não são “problema do Ipremor”, já que se aposentaram “trabalhando para a prefeitura, para o povo”; e que necessitam do auxílio-alimentação exatamente por receberem um salário baixo, “ridículo”. Professor Adriel (PT) reconheceu o “trabalho incansável da atual administração à frente da prefeitura”; mas disse que agora “é necessário que haja sensibilidade para se esboçar alguns gestos e respostas a alguns questionamentos sobre pautas que tocam essa Casa de Leis em praticamente todas as sessões” - como a questão dos problemas do plano de saúde dos servidores e do corte do auxílio-alimentação dos inativos, dentre outros. 

“É revoltante ver aquele que tem poder da caneta na mão falar que não tem o que fazer, e assunto encerrado”, disse Camilla Hellen (Republicanos), destacando que os servidores aposentados terminaram suas carreiras “servindo ao município”, e merecem respeito, assim como toda a população. “É revoltante essa fala, sinceramente. É, no mínimo, lamentável”, concluiu. Bruno Leite (DEM) destacou que, apesar de o corte do vale-alimentação dos inativos ser oriundo de decisão judicial, o prefeito não poderia “deixar os servidores na mão” - inclusive considerando-se que os mesmos ficaram sem reposição salarial por muito tempo. Lembrou, ainda, que alguns municípios adotaram alternativas, como a distribuição de cestas básicas - o que foi proposto em Indicação sua

Pavão (MDB) disse que os integrantes do Executivo e Legislativo são verdadeiros “guerreiros”. “[Com] a união de todos, o trabalho conjunto, iremos fazer a diferença para a nossa população”, afirmou, parabenizando a prefeitura pela limpeza da Estrada do Magoga. Já Alexandre Pinheiro (PTB), presidente da Câmara, afirmou que acredita que os Poderes Executivo e Legislativo estão trabalhando “para que nós tenhamos uma Monte Mor melhor”. Em relação ao benefício dos inativos, lembrou que a suspensão do pagamento não foi decidida nem pelo Executivo nem pelo Legislativo, mas sim por uma determinação do Poder Judiciário. Além disso, traçou paralelo com a iniciativa privada (onde proventos dos aposentados são arcados exclusivamente pelo INSS), afirmando que, na fala, o prefeito Edivaldo sugeriu que o “Ipremor assuma esse tão necessário vale-alimentação que foi retirado”. 

 
Foto Lado a Lado