Dos R$ 452,2 milhões previstos no Orçamento de 2025, R$ 393,1 milhões são do Orçamento Fiscal (R$ 383,1 mi do Executivo e R$ 10 mi do Legislativo). Acima, vista aérea do município - Foto: PrefeituraNa última quinta-feira (12), a Câmara realizou uma sessão extraordinária para votar em definitivo o Projeto de Lei (PL) 125/2024, da chamada LOA (Lei Orçamentária Anual), propositura de iniciativa do Poder Executivo. A matéria legislativa, que já havia passado por uma primeira votação, semana passada, foi aprovada por unanimidade neste segundo turno.

O texto estabelece que, em 2025, o município de Monte Mor terá receita estimada e despesa fixada em aproximadamente R$ 452,2 milhões. Desse total previsto no PL, R$ 393,1 milhões são do Orçamento Fiscal (R$ 383,1 mi do Poder Executivo e R$ 10 mi do Poder Legislativo) e R$ 59,1 milhões do Orçamento da Seguridade Social (Instituto de Previdência).

Na sessão, também foram aprovados por unanimidade, em definitivo, as emendas parlamentares impositivas que reservam, no Orçamento, um total de R$ 6,1 milhões para os vereadores: ou seja, cada um dos 15 membros do Poder Legislativo indicou a aplicação de R$ 412 mil em políticas públicas específicas (pelo menos metade desse valor é para a saúde).

Também em 1º turno e por unanimidade, foi aprovada a Emenda Modificativa 24/2024, de autoria do vereador Beto Carvalho (PP). O texto promove alteração em um trecho do PL, autorizando que a prefeitura abra, por decreto, créditos suplementares em reforço às dotações, observando-se o limite de até 25% da despesa fixada. No texto original, o limite era de 10%.

“Toda essa esperança que foi depositada em vocês, Professor Fio, eu tenho certeza que vocês vão corresponder. É isso que eu espero, é isso que a população espera”, afirmou Bruno LeiteNa sessão ordinária desta segunda-feira (9), o vereador Bruno Leite (UNIÃO) comentou o encerramento desse ciclo da 19ª legislatura da Câmara - e agradeceu aos familiares, ao seu assessor, Marcelo Borges, e aos moradores. “Eu sempre estou nas ruas, e tudo que estiver ao meu alcance eu vou fazer para a população, e assim eu vou seguindo o meu mandato, me colocando sempre à disposição para ajudar”, relatou, também agradecendo aos parlamentares.

No discurso, o vereador afirmou que “a esperança depositada pela população no prefeito eleito, Murilo Rinaldo, e no vice-prefeito, [o vereador] Professor Fio [UNIÃO], é uma esperança de que nós possamos, num futuro breve, ter uma cidade melhor para todos nós”. “Uma cidade onde a população vá nos postos de saúde e seja bem atendida, onde tenha médicos, onde as ruas sejam, obviamente, todas transitáveis”, disse, no Plenário.

“Toda essa esperança que foi depositada em vocês, Professor Fio, eu tenho certeza que vocês vão corresponder. É isso que eu espero, é isso que a população espera”, afirmou, dirigindo-se ao vice-prefeito eleito. Ele se colocou “à disposição para ajudar no que for possível”. E defendeu que, para se viabilizar coisas boas, “temos que estar unidos, temos que estar em paz”. “O que for certo, o que for de benefício para a população, estarei junto”, afirmou.

“Se for bom para o povo, nós vamos estar junto, 100%. O que não for bom para o povo, eu estou fora”, afirmou, ao final do pronunciamento. “Tenho certeza que, com esse amadurecimento e com essa experiência que nós tivemos nesses quatro anos, nós vamos fazer na próxima legislatura um trabalho muito mais tranquilo”, afirmou, referindo-se à realização de debates “cada vez mais pensando no povo”, conforme os princípios democráticos.

“Vamos proporcionar aos novos vereadores o que nós não tivemos no nosso mandato, porque não teve essa integração Câmara-Prefeitura. Foi muito difícil”, ressaltou Professor FioEleito vice-prefeito, o vereador Professor Fio (UNIÃO) usou a tribuna na sessão ordinária da Câmara, nesta segunda-feira (9), e fez agradecimentos diversos. O parlamentar, que assume o cargo no Poder Executivo no próximo dia 1º de janeiro, disse que pretende retornar à Casa, visitando e tendo um contato com os parlamentares para, nesse sentido, viabilizar uma “integração Câmara-Prefeitura, coisa que nós não tivemos [no atual mandato]”.

No pronunciamento, Fio comentou a dificuldade de interação com o Poder Executivo nos últimos quatro anos - o que, afirmou, será diferente na próxima legislatura. “Vamos proporcionar aos novos vereadores o que nós não tivemos no nosso mandato, porque não teve essa integração Câmara-Prefeitura. Foi muito difícil, o acesso difícil, secretário não atende. Então, nós vamos buscar mudar essa tratativa”, anunciou, agradecendo aos pares.

O parlamentar também citou, nominalmente, os vereadores e o histórico de interações que teve com os mesmos, nesse período. Também agradeceu aos seus familiares e ao seu assessor, Givanildo Gomes da Silva, conhecido como Giva, e “a toda a população, todos os amigos que vestiram a camisa”. Vereador em primeiro mandato na Câmara, Professor Fio foi eleito vice-prefeito no pleito de outubro deste ano, na chapa com o prefeito eleito Murilo Rinaldo. 

PROBLEMAS

Além dos agradecimentos e do anúncio de uma maior interlocução entre os Poderes, já abordada anteriormente, o vereador mencionou problemas do município, como o acúmulo de lixo nas ruas, a existência de vias públicas esburacadas e “das praças que precisam de limpeza”. “[O atual prefeito] jogou a toalha, mas quando ele faz isso ele prejudica a população”, lamentou, citando a existência de ruas intransitáveis e inclusive com crateras.

“A gente destinou as nossas emendas impositivas, pensando que iria ser feito [...], mas não foi. Com dinheiro, ele [o prefeito] não conseguiu fazer”, reclamou o vereador Vitor Gabriel“A gente conduziu [os trabalhos] com muitas lutas, e muitas vezes essas lutas não foram ouvidas”, lamentou o vereador Vitor Gabriel (MDB), na sessão ordinária desta segunda-feira (9). Ele citou problemas como bocas de lobo entupidas, bairros sem asfalto e localidades que sofrem com enchentes, dentre outras cobranças que não foram atendidas pela prefeitura.

No pronunciamento, Vitor ainda comentou que o bairro São Sebastião sofre com falta de coleta de lixo e de manutenção nas ruas. Além disso, comentou que, no Jardim Colina, não existe rede de esgoto “e, agora no final [do mandato], ele [prefeito] cancelou o contrato com o [serviço de] limpa-fossa”. “Não foi por falta de luta, não foi por falta de pedido”, afirmou.

O parlamentar ainda ressaltou que nem a destinação de emendas impositivas ao Orçamento, pelos vereadores, garantiu a realização de políticas públicas, por parte do Poder Executivo. “A gente destinou as nossas emendas impositivas, pensando que iria ser feito [...], mas não foi. Com dinheiro, ele [o prefeito] não conseguiu fazer [as melhorias necessárias]”, disse.

Vitor também disse que não deposita toda a culpa no prefeito, mas também no secretariado municipal, que era “péssimo”. “Aí vira o que a gente vê hoje, aí, uma cidade que não funciona. Nem na saúde, nem na educação, nem no transporte, nem na infraestrutura, nem no lazer, nem no esporte”, disse. “Não foi feito nem o básico dos pedidos nossos”, concluiu.