“Todas as Indicações que eu fiz, e não foram atendidas, deve ser por que eu não fiquei aqui puxando o saco do governo”, afirmou Bruno LeiteEm tom de desabafo, o vereador Bruno Leite (DEM) fez discurso na sessão ordinária da Câmara, na última quarta-feira (3). Ele voltou a reclamar que a prefeitura não tem atendido às reivindicações da sociedade, apresentadas pelo seu gabinete, ao Poder Executivo. “Todas as Indicações que eu fiz, e não foram atendidas, deve ser por que eu não fiquei aqui puxando o saco do governo”, afirmou.

No pronunciamento, o parlamentar disse que faz uma vereança “justa e muito confortável”. E que é frequentemente abordado pela população, com os pedidos de melhoria. “Aí, uma simples troca de lâmpada: não atende um vereador, [mas] atende outro”, reclamou, reafirmando sua postura no Poder Legislativo. “Não tenho cargo nenhum, não me envolvo em falcatruas e em conchavos”, disse.

Bruno disse que faz jus ao seu trabalho, não falta a nenhuma sessão da Câmara e trabalha em projetos que beneficiem a cidade. Ele comentou, ainda, as reivindicações de manutenção asfáltica em vias públicas esburacadas; e a necessidade de colocação de massa asfáltica em viela do Jardim Guanabara, após iluminação recente. “Sou cobrado por isso, e nada acontece. Por que será?”, perguntou.

TRABALHO

O vereador fez elogios a Abimael Perete, chefe de Limpeza Urbana, e à equipe da Frente de Trabalho, pela atuação no município. Reconheceu que o problema de buracos nas ruas vem de administrações anteriores, “mas alguma coisa tem que ser feita”. E disse que, caso não seja reeleito, estará com a “consciência tranquila”. “Eu cumpri com a atribuição que foi me dada, que é ser vereador”, relatou.

“A causa do servidor público é nossa. Não vamos deixar um governo autoritário minimizar [considerar sem importância] o sofrimento que os servidores públicos vêm sofrendo”, disse Paranhos, em discurso na sessão ordinária da CâmaraO vereador Paranhos (MDB) considera “importante e necessário” o ato em homenagem aos servidores públicos, realizado na última sexta-feira (29), na Avenida Ayrton Senna. Na sessão plenária da Câmara, o parlamentar parabenizou todos os envolvidos na atividade, promovida pelo Sindicato dos Servidores (Sindsmor), com o apoio da Associação de classe. “Fizeram história”, disse.

Em pronunciamento na quarta-feira (3), o parlamentar destacou que, assim como ele, outros vereadores participaram da manifestação; e que o Sindsmor pode contar com o apoio do seu gabinete e da Câmara. “A causa do servidor público é nossa. Não vamos deixar um governo autoritário minimizar [considerar sem importância] o sofrimento que os servidores públicos vêm sofrendo”.

Paranhos ainda disse que o governo demonstrou, novamente, o seu “total desconhecimento das leis”. O parlamentar citou que, em resposta ao ofício do Sindsmor, que comunicava a realização do ato, o diretor de Trânsito, Laércio Maffeis, indeferiu o pedido, alegando que na Ayrton Senna já ocorre a feira noturna, e que não seria possível interditar o outro lado da via. Mesmo assim, o ato foi realizado. 

ILEGALIDADES

“Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”, disse Paranhos, lendo trecho da Constituição Federal que trata dos direitos e garantias fundamentais. 

Para o parlamentar, a situação “causa muita incerteza sobre o futuro do município”. “Além do autoritarismo, da falta de comprometimento com o cumprimento das leis, o governo demonstra uma insensibilidade vergonhosa, a ponto de o mesmo se ausentar até da cerimônia do Parlamento Jovem”, afirmou, referindo-se ao evento de quarta (27), para o qual a prefeitura sequer enviou representante.

“A saúde do nosso município está numa situação delicadíssima”, disse Adriel, mencionando a falta de médicos, de agentes de saúde a até de “remédios básicos”O Partido dos Trabalhadores (PT) passará a ser oposição ao governo do prefeito Edivaldo Brischi (PTB). O anúncio foi feito pelo vereador Professor Adriel (PT), na sessão ordinária da Câmara, realizada nesta quarta-feira (3). Segundo o parlamentar, a decisão foi tomada por cinco votos favoráveis e um contrário, em reunião do diretório municipal do partido, no dia 27 de outubro. 

“Uma oposição responsável, que tenha o objetivo de cumprir o seu papel e missão de contribuir […] para que o governo mude os seus caminhos e passe a trilhar um caminho diferente, em prol e pelo bem da municipalidade”, disse, no discurso. Adriel ainda explicou que a medida ocorre de maneira “muito responsável, respeitosa, e sem provocar nenhuma obstrução a projetos” de interesse público. 

Dentre os motivos para a decisão, o parlamentar disse que “está acontecendo uma sucessão de fatos […] muito delicados e preocupantes” no município. E citou, como exemplo inicial, a notícia veiculada na imprensa de que o Ministério Público moveu duas ações civis contra o prefeito, por improbidade administrativa e danos morais, no “episódio fatídico” envolvendo pessoas em situação de rua.

OUTROS PROBLEMAS

Na sessão, Professor Adriel ainda comentou que, na atual conjuntura, Monte Mor apresenta problemas profundos na área da saúde. “A saúde do nosso município está numa situação delicadíssima”, disse, mencionando a falta de médicos, de agentes de saúde a até de “remédios básicos”, além da “estrutura caótica” de alguns prédios por ele vistoriados, inclusive o CAPS.

O vereador ainda disse que recebeu depoimentos sobre falta de insulina no hospital. E criticou, ainda, o fechamento de unidades de saúde por seis dias, durante o último feriado prolongado. “Serviços que são prioridades para o município e que não poderiam fechar todos esses dias”, disse, mencionando, ainda, a “destituição irregular” do Conselho de Saúde, posteriormente cancelada pela prefeitura.

Adriel também citou o caso envolvendo a seleção para a UPA (no qual, em pronunciamento na Câmara, o ex-secretário de Saúde afirmou ter ocorrido um teste de aptidão, procedimento que não é exigido). Ele também mencionou a falta de resposta a ofícios, situação que começa a melhorar, em alguns casos. “Secretarias ainda padecem de uma melhor comunicação com os vereadores”, disse.

Vereadores e alguns integrantes do Veteranos de Monte MorApreciadas em bloco e aprovadas por unanimidade, duas Moções de Aplausos de iniciativa da vereadora Andrea Garcia (PTB) prestam homenagem à ONG Pingo D’Água e ao time de futebol Veteranos de Monte Mor. As duas proposituras foram votadas na sessão ordinária, na quarta-feira (3).

A Moção 47/2021 destaca que o Veteranos foi criado em 1990, por um grupo de amigos, tendo como fundadores Álvaro Pinheiro (Babinho), Celso Martimbianco (Foka) e Donalte Melichenco. O texto também afirma que, na época, não havia time de veteranos em Monte Mor. 

Em discurso antes da apreciação, Andrea manifestou sua admiração pelo time, e citou a presença de integrantes do grupo, no Plenário. “Fico muito feliz e honrada em poder dar esse aplauso para vocês”, relatou, pedindo o apoio dos pares para a aprovação da propositura.

MIL JOGOS

O texto da Moção cita nominalmente “alguns jogadores do passado e do presente que vestiram” a camisa do time, no período, incluindo personalidades que “fizeram história” e já são falecidas. Afirma, ainda, que nesses 30 anos de atuação, o Veteranos participou de mais de mil jogos.

O time utiliza uniforme laranja, semelhante à da seleção holandesa, afirma a propositura. Ainda conforme o texto, o Veteranos tinha “como objetivo, sempre, se reunir aos sábados, jogando bola, e, depois, muita resenha”. A participação em eventos comemorativos também é citada.

“Hoje, a atual diretoria [...] é composta por seis pessoas, que decidem o que deve ser feito para manter o grupo unido”, afirma Andrea, na propositura, ressaltando o trabalho do atual técnico, Babinho. Durante a sessão, outros vereadores comentaram a importância das homenagens (assista aqui).

PRESENÇAS

(Integrantes do time de futebol Veteranos de Monte Mor estiveram no Plenário, acompanhando a votação da homenagem. O ex-vereador Eduardo Bispo - de camisa cinza, na 2ª e 4ª fotos da linha de baixo - também assistiu à sessão)

MEIO AMBIENTE

A vereadora Andrea Garcia, autora das Moções de Aplauso Já a Moção 48 aplaude a Organização Não Governamental (ONG) Pingo D'Água, “pelos vinte anos de fundação”. A entidade foi criada em novembro de 2001, e já foi agraciada com vários prêmios, em “nível regional, estadual e até nível internacional”, pela atuação na área do meio ambiente.

A propositura aprovada pelo Plenário cita os prêmios recebidos pela ONG; a participação em eventos diversos, como o Fórum Mundial das Águas, em 2018; e a doação e plantio de mais de 60 mil mudas nativas na Região Metropolitana de Campinas, “ao longo da sua jornada”. 

Em discurso, Andrea fez saudação aos dirigentes da entidade, e aos voluntários. “A ONG é um caminho para [uma] Monte Mor cada dia melhor”, disse, ressaltando que essa será a segunda Moção de Aplausos, da Câmara, em homenagem aos serviços prestados. A entrega ocorrerá em evento futuro.