Camilla Hellen destaca importância de CEI para apurar ações do prefeito envolvendo pessoas em situação de rua

CamillaHellen 02.08.2021 Discurso“É dever dos Estados e municípios a garantia de direitos, que não podem ser violados por aqueles que devem garanti-los”, disse CamillaA vereadora Camilla Hellen considera importante a abertura de Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar a atuação do prefeito Edivaldo Brischi (PTB) no caso envolvendo pessoas em situação de rua - que, conforme informações da imprensa, foram removidas, de maneira forçada, para municípios vizinhos, em julho. Na sessão de segunda-feira (2), a parlamentar pediu o apoio dos demais pares, já que, conforme o Regimento Interno do Legislativo, a criação da Comissão depende de “requerimento da maioria dos vereadores [ou seja, no mínimo 8] que compõem a Câmara, mediante aprovação do Plenário”. As assinaturas foram obtidas e o Requerimento foi protocolado nesta quarta-feira (4).

Além de Camilla, assinam o pedido de “criação de Comissão Especial de Inquérito, com a finalidade de apurar responsabilidades nos fatos ocorridos entre o prefeito e a população em situação de rua”, os vereadores: Paranhos (MDB), Bruno Leite (DEM), Milziane Menezes (PSDB), Beto Carvalho (DEM), João do Bar (PSL), Professor Adriel (PT) e Wal da Farmácia (PSL). Segundo o Setor de Processo Legislativo, a propositura deverá passar pela apreciação do Plenário para que, na sequência, seja constituída a Comissão Especial, mediante indicação dos líderes de bancadas. A aprovação do Requerimento depende da maioria absoluta (ou seja, pelo menos oito votos favoráveis à investigação). 

RELEVÂNCIA

“Nós entendemos que é uma situação delicada, difícil de tratar. Mas [...]  existe um protocolo [de Atendimento às Pessoas em Situação de Rua] da RMC, onde 20 cidades assinaram. Para que [serve] esse protocolo? Para ser seguido, numa situação como essa em que nós tivemos”. Com essas palavras, a vereadora Camilla Hellen comentou, em pronunciamento na sessão da última segunda-feira, a importância da abertura de Comissão Especial para investigar a remoção de cidadãos em situação de rua para municípios vizinhos, conforme noticiado pela imprensa.

“A gente sabe que é uma situação difícil [...] Muitos [cidadãos em situação de rua]  não querem ajuda, nós sabemos disso. Mas é dever dos Estados e municípios a garantia de direitos, que não podem ser violados por aqueles que devem garanti-los”, disse ela, defendendo a abertura da CEI. Ainda de acordo com o Regimento Interno da Casa, a Comissão Especial de Inquérito tem o poder de apurar “fato determinado e por prazo certo, sendo as suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores”. 

REUNIÃO

Camilla disse que, em reunião realizada na Câmara, o prefeito Edivaldo Brischi (PTB) “se deu ao direito de não responder” a questionamentos que poderiam esclarecer as dúvidas dos vereadores. Ela lamentou que a conversa tenha sido “informal”, já que sequer foi registrada em ata ou mesmo gravada. “Essa é a importância da CEI”, disse, ressaltando que o pedido de abertura da investigação conta com a assinatura de parlamentar da base do governo, inclusive. “É importante a abertura dessa CEI, para que a gente possa realmente entender, através de documentos [...] Se estivéssemos numa Comissão Especial, teriam documentos, relatórios, tudo aquilo que é necessário para averiguação e apuração dos fatos ocorridos”.

Pedido de CEI é protocolado, visando investigar prefeito por fato envolvendo pessoas em situação de rua

Print Justificativa Comissão Especial de InquéritoTrecho do Requerimento que pede abertura de Comissão Especial de Inquérito: vereadores apresentam três justificativasOs indícios de possíveis violações dos direitos humanos e de crime de responsabilidade, por parte do prefeito de Monte Mor Edivaldo Brischi (PTB), deverão ser investigados por uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara. O Requerimento de abertura da Comissão foi protocolado nesta quarta-feira (4), com oito assinaturas (o mínimo necessário, conforme Regimento Interno da Casa), e visa “apurar responsabilidades nos fatos ocorridos entre o prefeito e a população em situação de rua” - que, conforme informações divulgadas pela imprensa e através das redes sociais, foram removidas, de maneira forçada, para municípios vizinhos, em julho. A propositura também cita, na sua Justificativa, a necessidade de apuração de indícios de crimes de prevaricação de agentes públicos que estão relacionados ao caso - incluindo secretários municipais, diretores e coordenadores. 

Assinam o Requerimento de constituição da Comissão Especial os vereadores: Paranhos (MDB), Camilla Hellen (Republicanos), Bruno Leite (DEM), Milziane Menezes (PSDB), Beto Carvalho (DEM), João do Bar (PSL), Professor Adriel (PT) e Wal da Farmácia (PSL). O documento cita trechos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (como a proibição de torturas ou de tratamentos ou castigos cruéis) e da própria Constituição Federal de 1988 (como o artigo que afirma que “todos são iguais perante a lei”, e os que estabelecem os princípios da legalidade, ressaltando que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”). Visando “investigar e apurar se o ato praticado no dia 13/07/21 pelo Nobre Prefeito incidiu ou não em possíveis violações ou crimes, requeremos, portanto, a aprovação deste Requerimento”, pedem os parlamentares, no texto.

A propositura passará pela apreciação do Plenário para que, na sequência, seja formada a Comissão, mediante indicação dos nomes pelos líderes de bancadas. A aprovação do Requerimento depende da maioria absoluta (ou seja, pelo menos oito votos favoráveis à investigação). Ainda de acordo com o Regimento Interno da Câmara, as Comissões Especiais de Inquérito são criadas “para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo as suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores”. O presidente e o relator da CEI devem ser eleitos dentre os seus membros, tão logo seja composto o colegiado. No Requerimento protocolado, os vereadores ainda destacam que a Comissão terá 120 dias, prorrogáveis por igual período mediante justificativa, para emitir a conclusão final.

“Temos essa função: de fiscalizar, de apresentar demandas”, diz Camilla Hellen, citando ações do mandato

CamillaHellen 12.07.2021“A gente fica com o sentimento de satisfação, em saber que temos cumprido o nosso papel e que a população pode contar conosco”, disse Camilla“São sete meses de muito trabalho [...] A gente fica com o sentimento de satisfação, em saber que temos cumprido o nosso papel e que a população pode contar conosco. Porque foi para isso que nós fomos eleitos. Para representar a população. Para representar aqueles que não podem e não conseguem ser ouvidos. Nós temos essa função: de fiscalizar, de apresentar demandas”. A declaração foi emitida pela vereadora Camilla Hellen (Republicanos), em comentário às ações desenvolvidas pelo seu gabinete, desde janeiro deste ano. Em discurso na sessão plenária de segunda-feira (12), a parlamentar fez um balanço das atividades, e citou as principais conquistas e proposituras aprovadas.

No pronunciamento na Câmara, Camilla mencionou os pedidos de melhorias apresentados por ela à prefeitura, como de limpezas e roçagens. E mencionou, ainda, algumas proposituras de sua autoria. “Já no primeiro mês de mandato, [protocolamos e aprovamos] requerimentos de fiscalização”, disse, citando o Requerimento que pedia informações ao Poder Executivo sobre o pagamento de gratificação a servidores comissionados; e o que solicitava informações da Secretaria Municipal de Educação sobre os valores recebidos para a merenda escolar no município e sobre a verba utilizada na compra dos kits nutricionais distribuídos aos alunos da rede municipal, durante a pandemia. 

A vereadora também citou a aprovação por unanimidade, pelo Plenário da Câmara, do Projeto de sua autoria que criou a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doenças Raras e Transtornos. O colegiado, que é presidido por ela, foi instituído recentemente na Casa, e já promoveu interlocuções (leia detalhes em notícias publicadas neste link e neste link). “Através dessa Frente, nós queremos fazer com que essas pessoas tenham mais dignidade, que sejam tratadas com mais dignidade, tenham acessibilidade e que [Monte Mor] seja um município [...] que traga oportunidades para essa população”, afirmou, no discurso, ressaltando a importância da iniciativa.

OUTRAS AÇÕES

A participação em reuniões com a comunidade também foi abordada. Camilla Hellen destacou o diálogo com as agentes comunitárias de saúde, que pleiteavam a readequação salarial da classe; e, ainda, as reuniões com os moradores do Parque Residencial São Clemente, “viabilizando projetos de iniciativa popular” e garantindo interlocuções com o Poder Executivo. “Eles se reuniram, lutaram pelas benfeitorias e melhorias para o seu bairro. Estivemos lá, presentes, trabalhando junto”, disse. A parlamentar também citou a conquista de um ônibus escolar para o município, através do deputado federal Marcos Pereira (Republicanos); e o protocolo de ofícios ao deputado estadual Rogério Nogueira (DEM), pleiteando a inclusão do município em programas do Governo do Estado. 

Camilla Hellen destaca primeira reunião da Frente Parlamentar pelos Direitos das Pessoas com Deficiência

CamillaHellen 05.07.2021 DiscursoA vereadora Camilla Hellen, presidente da Frente pelos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doenças Raras e TranstornosA vereadora Camilla Hellen (Republicanos) afirmou nesta segunda-feira (5), na sessão ordinária da Câmara, que foi realizada recentemente a primeira reunião da Frente Parlamentar pelos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doenças Raras e Transtornos. O colegiado, que é presidido por ela, foi criado através de Projeto de Resolução de sua autoria, aprovado recentemente na Câmara.

“Estamos traçando o nosso plano de trabalho, para poder desenvolver  [públicas] que possam realmente chegar às necessidades dessas pessoas”, disse a vereadora, que também debateu o assunto em reunião realizada por videoconferência, com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, no último dia 21 de junho. (Leia detalhes nesta notícia e a composição da Frente, neste link). 

Segundo Camilla, a Frente vai lutar por uma cidade com mais acessibilidade para as pessoas com deficiência física. Ela também citou um grupo composto por vinte pessoas com deficiência visual do município - “pessoas que estão esquecidas”. A parlamentar ainda afirmou que o colegiado irá interagir com as secretarias municipais, visando projetos para assistir e atender as necessidades da população. 

TAPA-BURACOS

No pronunciamento, Camilla também disse que protocolou Indicação pedindo que a prefeitura realize operação tapa-buracos em via pública do Jardim Paulista. “A cidade inteira está um caos em relação a buracos, [precisando de] recape e [de] uma série de coisas referentes ao asfalto”, comentou.

A vereadora também destacou a importância de os moradores obterem informações sobre as obras paradas, e até mesmo sobre os motivos da demora na aplicação de verbas destinadas ao recapeamento. Ela mencionou, por exemplo, o bairro Parque Residencial São Clemente.

“A gente precisa estar atento. Porque nós somos os porta-vozes da população”, afirmou, destacando que o envio de reclamações pelos moradores, através das redes sociais, é legítimo. “É uma maneira da população se manifestar e poder ser ouvida”, afirmou.

Camilla ainda defendeu a união na Câmara. “A gente precisa se unir, na questão do transporte, da iluminação [pública], do recape, da Sabesp [...] Isso é união: é visualizar a existência de um problema, e todos nós, os 15 [vereadores], nos empenharmos em cobrar [dos responsáveis]. Que é o nosso papel”.

Foto Lado a Lado