Paranhos comenta denúncia de tratamento preconceituoso contra professores e defende diálogo

Paranhos 12.12.2022 02“Ouvi os dois lados, mas não consegui formar uma convicção serena”, disse Paranhos, defendendo diálogo entre as partes, para uma “conclusão razoável”Recentemente, o vereador Paranhos (MDB) visitou a Escola Estadual Mário Covas, a convite da direção da unidade de ensino, acompanhado de outros parlamentares. Na sessão ordinária da última segunda-feira (12), ele lembrou que, em manifestação na semana passada, no Plenário, havia exposto reclamação sobre “tratamento que alguns professores [da escola] julgam que está sendo dispensado a eles, de uma forma que está prejudicando os mesmos”.

No pronunciamento desta semana, após a visita, Paranhos relatou que a direção e a coordenação da escola explicaram “que eles estão aplicando a legislação, [e] que não está existindo nenhum tratamento preconceituoso e nem qualquer [tratamento] que seja [indicativo de] vantagem indevida”. O parlamentar lembrou que professores dizem o contrário, enquanto a escola estadual afirma que está aplicando a norma, apenas.

Na semana passada, o vereador comentou que, durante evento temático sobre consciência negra, professores relataram “preconceito em referência à idade”, por exemplo, já que laudos afirmariam que “professora X não poderia mais dar aula porque passou de certa idade”. “Eu, particularmente, ouvi os dois lados, mas não consegui formar uma convicção serena, realmente, do que se trata. Mesmo porque a gente não faz papel de juiz”, afirmou agora.

DIÁLOGO

Na sessão plenária da Câmara, nesta semana, Paranhos ainda relatou que pretende esperar o “desenrolar dos fatos”, tendo em vista, inclusive, que “tudo indica que isso [a situação envolvendo a reclamação dos professores] vai ter um caminho jurídico”. Ele ainda disse que, somente após tal fato, formará uma convicção. Mas que, no momento, espera que as partes envolvidas consigam dialogar, para, se possível, chegarem a uma “conclusão razoável”.

Wal cita ameaça recebida: “minha postura, eu não vou mudar, eu trabalho pela população”

WalDaFarmácia 12.12.2022 Discurso“Minha postura, eu não vou mudar. Eu trabalho pela população”, disse Wal da FarmáciaA vereadora Wal da Farmácia (UNIÃO) afirmou na última segunda-feira (12), na sessão ordinária da Câmara, que recebeu ameaças, via internet. Na data, ocorreu a eleição para a Mesa Diretora da Casa: a chapa vencedora terá Altran (MDB) como presidente, Beto Carvalho (UNIÃO) como vice, Wal como 1ª secretária e Professor Fio (PTB), 2º secretário. 

“Essa vereadora aqui não tem preço, ela tem valor. Pode ameaçar, que eu não tenho medo”, disse, sobre conteúdo recebido, que havia sido postado pela própria parlamentar, mais cedo, numa rede social. Trecho da mensagem, via WhatsApp, informava: “Se eu fosse vc pensava bem antes de ir pra sessão de hoje, invente uma dor de barriga um sequestro algo assim”. 

POSTURA

No discurso, Wal disse que a ameaça foi direcionada a ela e aos familiares. “O meu marido, Marcos da Farmácia, ele teve cinco mandatos e três como presidente da Câmara. Então, eu sei o que significa essa votação hoje, para Presidência da Câmara”, afirmou. “Fica a dica para os covardes que querem ameaçar essa vereadora. Ameace o quanto quiser. Minha postura, eu não vou mudar. Eu trabalho pela população, e é para [por] ela que eu fui votada”, afirmou a parlamentar, na sessão plenária, destacando que honrará cada voto obtido nas eleições.

PAZ POLÍTICA

A vereadora ainda disse que conversou com o prefeito Edivaldo Brischi (PTB), na última sexta-feira (9), sobre o cenário político da cidade. “Foi muito proveitosa [a conversa], falamos sobre a paz política no nosso município. Ele pode contar com os nobres vereadores. Porque, se ele caminhar para o bem da cidade, nós vereadores também”, relatou.

Vereadores parabenizam Escola Joana de Aguirre por prêmio de equidade racial e de gênero

Prof.Adriel 12.12.2022 01Professor Adriel: “feito que a Escola Joana atingiu com o trabalho de equidade racial e de gênero, desenvolvendo essa temática, foi algo histórico para a nossa cidade”É de autoria do vereador Professor Adriel (PT) a Moção 18/2022, aprovada por unanimidade na sessão ordinária da última segunda-feira (12). A propositura aplaude e presta homenagem à Escola Estadual Professora Joana de Aguirre Marins Peixoto, localizada no Parque Bela Vista, que foi premiada na 8ª edição do “Prêmio Educar com Equidade Racial e de Gênero: experiências de gestão e práticas pedagógicas antirracistas em ambiente escolar”. 

Iniciativa do CEERT - Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, o Prêmio Educar “tem como objetivos identificar, apoiar e difundir boas práticas pedagógicas e de gestão escolar que promovam a equidade racial e de gênero, com vistas a concretizar com qualidade o direito ao pleno desenvolvimento escolar de crianças, adolescentes e jovens negros/as, brancos/as, indígenas e de outros grupos étnico-raciais”, afirma o órgão.

Em discurso, antes da aprovação, Adriel destacou o significado da conquista do prêmio pela escola, que ficou dentre os 8 premiados da edição de 2022 (a iniciativa não faz ranking dos vitoriosos). “São oito vencedores, dentro de uma gama de mais de 700 projetos inscritos, [de todo o país]. Vocês têm uma dimensão do feito que a Escola Joana atingiu com esse projeto? É muito forte e muito grande o passo que essa escola realizou”, disse o parlamentar.

“O feito que a Escola Joana atingiu com o trabalho de equidade racial e de gênero, desenvolvendo essa temática, foi algo histórico para a nossa cidade. E muita gente não sabe disso ainda, aqui em Monte Mor”, disse, ressaltando que a Moção serve para dar publicidade ao “grande trabalho que foi desenvolvido”. Ele explicou que o prêmio foi concedido não por uma atividade pontual, mas pelas ações feitas “ao longo de todo o ano”, sobre a temática.

PREMIADOSPágina do CEERT na internet, com a relação dos premiados na categoria, incluindo Adriana de Paula, da Escola Escola Estadual Professora Joana de Aguirre Marins Peixoto, em Monte Mor. Projeto tem o título “Resgatando identidades: o Dia da Consciência Negra e o papel do negro na construção do Brasil” (Imagem: Ilustração - CEERT, com montagem da Câmara)PROJETO 

Na sessão, o autor da homenagem também parabenizou a professora da Escola Joana de Aguirre, Adriana de Paula, autora e coordenadora do projeto vencedor, que teve como objetivo “realizar um estudo da cultura africana e afro-brasileira, apresentando a história e a literatura a partir de uma perspectiva que rompe com eurocentrismo e valoriza a influência da África na construção da identidade do brasileiro, combatendo o racismo e a discriminação” - conforme justificativa da Moção. Ele também parabenizou toda a equipe da escola.  

Ainda conforme a Moção de Aplausos, o projeto montemorense, que concorreu na modalidade “Gestão com Equidade e Antirracista”, “permitiu aos alunos e professores [da Escola Joana] uma maior compreensão da cultura africana e afro-brasileiro, promovendo o conhecimento acerca das nossas raízes e evitando casos de racismo e injúria racial”. “Além disso, as atividades propostas revelaram talentos de diferentes alunos, envolvendo-os com diferentes manifestações artísticas e elevando a autoestima dos estudantes”, completa o texto. 

Adriel ressaltou que a conquista do prêmio teve repercussão nacional, com reportagem em emissora de televisão. Além da professora Adriana, a propositura cita nominalmente outros integrantes da Escola: “Vanessa da Hora, Robson Correa, Adaildes Cristino, Alexandra Aparecida, Luciana Aparecida, Everaldo Pereira, Maria Lúcia, Raquel Aparecida, Rosangela Aparecida e, sem sombra de dúvidas aos protagonistas – a todos os alunos”. “[Eles] deram vida a esse projeto de suma importância para desenvolvimento da educação”, conclui.

Poder Público e sociedade debatem políticas humanizadas para pessoas com deficiência

Geral 13.12.22 01Café Inclusivo foi realizado no Plenário da CâmaraNa tarde desta terça-feira (13), a Câmara sediou o “Café Inclusivo” - evento promovido pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doenças Raras e Transtornos. O objetivo foi ouvir os relatos das pessoas com deficiência (PCD) sobre as demandas relacionadas ao Poder Público, como de acessibilidade e inclusão. 

A atividade, realizada no Plenário, foi liderada pela vereadora Camilla Hellen (Republicanos), parlamentar que preside a Frente. O colegiado é integrado, ainda, pelos vereadores Beto Carvalho (UNIÃO), Paranhos (MDB), Bruno Leite (UNIÃO) e Wal da Farmácia (UNIÃO), que também participaram do evento; assim como Professor Adriel (PT).

Estiveram presentes os integrantes do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Monte Mor, Gilceliano Xisto, presidente, e Rogério Lopes, vice-presidente; e a presidente do Conselho de Hortolândia, Priscila Silvana.

Também participaram as secretárias de Desenvolvimento Econômico e Social, Elaine Brischi, e de Saúde, Eliane Piai. 

  “INTIMISTA”

Geral 13.12.22 02Evento foi liderado pela vereadora Camilla Hellen Camilla, que organizou o evento - e, inclusive, intermediou pedidos de reativação do Conselho Municipal, com Professor Adriel - considera que a tarde foi “muito proveitosa” e que atendeu as expectativas.

Segundo ela, a reunião - realizada de maneira “intimista”, com a proximidade dos envolvidos - permitiu, à sociedade civil, expressar suas demandas. 

A expectativa, explica a parlamentar, é de que, através desse debate, seja garantido o desenvolvimento de políticas públicas de maneira mais humanizada, na cidade, a partir do relato apresentado pelas pessoas com deficiência. “Nada melhor do que eles mesmos poderem falar o que esperam da gente, como Poder Público”, complementa.

Segundo Camilla, o diálogo informal garantiu a troca de pensamentos e ideias, além da apresentação de críticas pelas PCD, ao Poder Público. Ela também destaca a presença de jovens, que fizeram a tradução da conversa, em libras, para cidadão com deficiência auditiva presente. E agradece à Presidência da Câmara e aos servidores, pelo apoio dado à atividade. 

 RELATOS

Geral 13.12.22 03Vereadores, com representantes do Conselho dos Direitos da Pessoa Com Deficiência, da prefeitura e da sociedade civil: evento debateu acessibilidade e inclusão “A gente está na casa do povo, colhendo as demandas do povo, num lugar que se cria as leis”, pontuou Camilla, no evento. Beto citou a destinação de emenda impositiva ao Orçamento para melhorias na área (verba direcionada pelo gabinete do parlamentar deverá ser usada para aquisição de um veículo adaptado para transporte de crianças com deficiência). Paranhos destacou a relevância de se ouvir os relatos de quem realmente faz uso dos serviços, e a importância do município se adequar às normas. Bruno mencionou a relevância dos Conselhos, inclusive para que seja efetivada a destinação de verbas públicas para os municípios. E Wal lembrou que proposituras que geram custo aos cofres públicos precisam partir do Poder Executivo, daí a relevância de interlocução entre os Poderes.

Presidente do Conselho, Gilceliano, que é deficiente visual, se disse “lisonjeado” com o convite para atuar no órgão. Ele lembrou que, em gestões anteriores, não se obteve sucesso na criação do colegiado, que acabou sendo desativado. “A gente quer fazer acontecer, que bom que vocês estão conosco”, afirmou, sobre o trabalho. A primeira-dama e secretária de Desenvolvimento, Elaine Brischi, lembrou que, a partir da reativação do Conselho, a cidade foi contemplada com uma vam do programa Cidade Acessível, do Governo do Estado, inclusive. Já a secretária de Saúde, Eliane Piai, mencionou o atendimento e acolhimento feito pela pasta, que tem uma comissão formada por médico, assistente social, farmacêutico e enfermeiro, para analisar demandas, inclusive com encaminhamento ao Jurídico.

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