A vereadora Wal da Farmácia, na sessão: reivindicações das mães do Jardim Daniela e Paviotti, que protestavam no Plenário, foram destacadasA vereadora Wal da Farmácia (UNIÃO) parabeniza o governo pelo envio, à Câmara, do Projeto de Lei que trata da dispensa de parte da jornada de trabalho de servidores públicos municipais, para o acompanhamento de pessoa com deficiência. A medida, que ainda depende da aprovação da Casa, era reivindicada pela Indicação 400/2022, do seu gabinete. 

Na sessão ordinária da última segunda-feira (31), Wal explicou que o Projeto vai “garantir aos servidores públicos uma diminuição na carga horária, para quem tem seus filhos com deficiência de qualquer grau”. O texto da propositura prevê que a dispensa poderá corresponder a até 30% da jornada semanal, distribuída durante os dias de expediente regular.

No discurso, a vereadora também voltou a citar a luta das moradoras do Jardim Daniela e Paviotti, que protestavam pelos direitos dos seus filhos. “Já não conseguimos o convênio da merenda. Agora, o transporte [escolar] também será prejudicado? Na Educação, não existe economia. Como diz o cartaz, [educação] é investimento nos nossos alunos”, cobrou.

Wal lembrou que, em discurso anterior, já havia abordado o problema. Segundo ela, a secretária de Educação, Sandra Bruzon, “fez uma reunião com essas mães e não cumpriu com a palavra [dada a elas]”. “Por isso elas estão aqui”, completou a parlamentar, pedindo que o prefeito Edivaldo Brischi (PTB) dê atenção para a causa e a secretária garanta o prometido.

“Eu não sou contra mudanças. Mas vamos devagar, para não prejudicar a população”, disse a vereadora, na sessão plenária. “Essas mães aqui saíram das suas casas e estão [aqui] com a insegurança dos seus filhos para ir à escola”, afirmou, sobre os problemas no transporte escolar desses alunos, após as modificações efetivadas pelo Poder Executivo municipal.

“Vamos entrar no período de férias de final de ano, e [as praças públicas] estão em estado de abandono, no geral”, reclamou Paranhos, na sessãoO vereador Paranhos (MDB) comentou, na sessão ordinária desta segunda-feira (31), alguns pedidos de melhorias feitos à prefeitura. Dentre eles, o parlamentar citou a necessidade de “manutenção e pintura das lombadas, na Rua Laurindo Fernandes de Campos (linha do ônibus), em toda sua extensão, no Jardim Campos Dourado”. A reivindicação é feita a partir da Indicação 418/2022, do seu gabinete, que foi lido no Expediente, recentemente.

No pronunciamento, Paranhos ainda pediu a manutenção de praças públicas onde existem parquinhos utilizados por crianças. “Nós vamos entrar no período de férias de final de ano, e estão em estado de abandono, no geral”, afirmou, citando que o problema ocorre inclusive no Jardim Paviotti, onde os brinquedos estão “deteriorados”, causando risco de acidentes, inclusive. Ressaltou, ainda, a praça do Jardim Planalto, que também precisa de manutenção. 

ELEIÇÕES

Na sessão plenária, o parlamentar também comentou o resultado do segundo turno das eleições para presidente da República, quando Jair Bolsonaro - candidato derrotado - obteve cerca de 18,9 mil votos na cidade, enquanto Lula, reeleito, teve cerca de 15,5 mil. “Então, foi uma diferença significativa. Monte Mor elegeu Jair Bolsonaro”, afirmou, citando também a vitória de Tarcísio de Freitas, ex-ministro que foi eleito para o Governo do Estado. 

Paranhos ainda citou o caso de um cidadão que prestou concurso para a Guarda Civil Municipal e que, segundo ele, foi eliminado porque estava respondendo a processo judicial. “Como pode? Agora, o nosso presidente [eleito, Lula] foi condenado, e além de ter sido preso por mais de um ano, vai ser presidente do Brasil”, reclamou. Ele também disse que votou em Bolsonaro, candidato de direita, e que a “luta não vai enfraquecer, nem terminar”.

No discurso, na sessão da Câmara, Altran ainda destacou a importância da participação da sociedade no Plenário, apresentando suas reivindicaçõesEm discurso na sessão ordinária desta segunda-feira (31), o vereador Altran (MDB) comentou a presença de moradores do Jardim Daniela, que protestavam no Plenário, com cartazes, apresentando demandas relacionadas à secretaria de Educação. “Parabéns pela luta de vocês, podem contar com esse vereador”, afirmou, na sessão plenária da Câmara.

O parlamentar destacou que as reclamações vão chegar “aos ouvidos do prefeito”. E leu, na íntegra, textos dos cartazes, que continham dizeres como: “# Ônibus já”; “Favor não esquecer as mães do Daniela”; “Educação não é gasto, é investimento”; “Quem não luta pelo que quer aceita o que não quer”; e “Não estamos pedindo favor, vamos lutar até o fim”.

No discurso, Altran ainda destacou a importância da participação da sociedade no Plenário, apresentando suas reivindicações. Para ele, o prefeito Edivaldo Brischi (PTB) deveria inclusive comparecer na Câmara, para escutá-los. Diversas mães do município reclamam da mudança de local dos estudos dos seus filhos, dados os prejuízos no transporte escolar.

OBRAS

Na sessão plenária, Altran também reclamou que o bairro Jardim Nova Alvorada está “cheio de buraco”, assim como a cidade inteira. Ele pediu a atenção do secretário de Obras, Alexandre Campos, em relação ao problema. E citou que promessas feitas não têm sido atendidas. “Então, está na hora de acordar”, afirmou, em recado ao prefeito e ao Executivo.

“A gente não quer entrar em conflito com ninguém, porém, aqui a gente está para fazer as coisas acontecerem”, salientou Nelson Almeida, sobre vereadoresNa sessão ordinária desta segunda-feira (31), o vereador Nelson Almeida (Solidariedade) negou que tenha “se vendido ao governo” do prefeito Edivaldo Brischi (PTB), como divulgado na semana passada, por populares. “Nelson Almeida não se vende, Nelson Almeida respeita opiniões. E eu estou aqui para fazer o meu papel de vereador. Se fizer certo, tem o meu apoio. Se fizer errado, não tem”, afirmou o parlamentar, em discurso no Plenário.

Ele também lembrou que, na primeira Comissão Processante (CP) que apurou denúncias contra o chefe do Poder Executivo, ele pediu a cassação de Brischi, o que foi rejeitado pelo Plenário. Na sequência, na segunda CP, na qual atuou como relator, ele destacou que pediu a absolvição do prefeito - o que foi seguido pelos demais parlamentares. “O que é certo é certo, o que é errado é errado. Mas, chantagem, comigo não acontece”, afirmou, na sessão plenária.

Nelson ainda parabenizou o grupo de oito vereadores. “Não aceitamos chantagem”, reafirmou, citando, nominalmente, Paranhos (MDB), Wal da Farmácia (UNIÃO), Professor Fio (PTB), Altran (MTB), Vitor Gabriel (PSDB), Beto Carvalho (UNIÃO) e Bruno Leite (UNIÃO). “Esse grupo é um grupo unido. [...] A gente não quer entrar em conflito com ninguém, porém, aqui a gente está para fazer as coisas acontecerem”, salientou.  

ELEIÇÕES

O resultado das eleições - na qual foram eleitos o ex-presidente Lula, para o Palácio do Planalto, e o ex-ministro Tarcísio de Freitas, para o Governo do Estado - foi comentado. “A gente tem que respeitar [as opiniões diferentes]. E agora vamos esperar que tenhamos um presidente, um governador, que façam um bom trabalho para a nossa população”, disse.