Altran desmente boatos de que vereadores atrasam tramitação de Projetos: “tudo mentira”

Altran 07.11.2022 DiscursoNa sessão, Altran destacou que a aprovação do Projeto com redução da carga horária de cuidadores de crianças é “mérito” dos parlamentaresNa sessão ordinária da última segunda-feira (7), o vereador Altran (MDB) desmentiu, de maneira veemente, os boatos de que Projetos de Lei (PLs) “chegam na Casa e os vereadores seguram [a tramitação das proposituras]”. O parlamentar destacou os esforços da presidente da Comissão de Justiça e Redação (CJR), Wal da Farmácia (UNIÃO), para que PLs de interesse público fossem votados e aprovados naquela data, em regime de urgência especial.

No discurso, Altran criticou a alegação de que a Câmara seria responsável pelo atraso na votação de PLs. “Tudo mentira, chegou aqui nós vamos votar. Se é para o bem da população, [dos] cuidadores [de crianças], seja quem for nós vamos votar”, disse. Na data, foi aprovada a redução da carga horária dos cuidadores de crianças (de 40 para 30 horas semanais), além do Projeto que garantiu verbas para pagamento do 13º salário do funcionalismo público.

O parlamentar ainda destacou que, em seu ponto de vista, o prefeito Edivaldo Brischi (PTB) iria “fazer política” com a temática do 13º salário. Mas destacou que a aprovação do Projeto é “mérito” dos parlamentares. Ele ainda acrescentou que, para que políticas públicas saiam do papel, é necessária a aprovação do Poder Legislativo, como nesses dois casos. Altran também parabenizou os vereadores (todos os PLs foram aprovados por unanimidade - veja lista total).

Adriel pede convênio do município com União, para fiscalização do Imposto Territorial Rural

ProfessorAdriel 07.11.2022 02Segundo Professor Adriel, aumento da arrecadação, com fiscalização do ITR, poderia viabilizar “políticas públicas importantes”A partir da Indicação 437/2022, o vereador Professor Adriel (PT) pede que o município celebre um convênio com a União, para exercer as atribuições de fiscalização do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). Na sessão ordinária da última segunda-feira (7), data em que a propositura foi lida no Expediente, o parlamentar comentou a reivindicação.

No pronunciamento, Adriel explicou que o convênio daria a “possibilidade de haver uma diminuição do tributo para as terras que passem a produzir” (ou seja, um desconto no tributo, para terras que deixem de ser improdutivas). Além disso, salientou o vereador, o município poderia arrecadar tais impostos, colhendo “até 100% dos recursos arrecadados”.

Para o parlamentar, esse aumento da arrecadação poderia viabilizar “políticas públicas importantes”. Ele ainda destacou que, muitas vezes, o ITR não é cobrado, por falta de capacidade da União em fiscalizar essas áreas. Conforme texto da Indicação, o imposto incentiva a diminuição de terras improdutivas, já que o tributo é mais caro nessas localidades. 

Na sessão plenária, Adriel também destacou outra Indicação do seu gabinete (a 444/2022), que também foi lida no Expediente. A propositura indica “ao Poder Executivo troca de tubulação de águas pluviais na altura da praça de lazer, na rua Valdeci da Veiga Júnior, nº 492, no Jardim Paviotti”. O objetivo é, inclusive, evitar acidentes, explicou o vereador.

Maior mutirão oftalmológico da história realiza exames e cirurgias, anuncia Alexandre Pinheiro

AlexandrePinheiro 07.11.2022“Isso é um grande avanço para a nossa população”, afirmou, sobre os atendimentos oftalmológicos do Programa Mais Saúde, da prefeituraO “maior mutirão de serviços oftalmológicos que a cidade já viu” teve início na última segunda-feira (7), na Praça da Bandeira, próximo à Paróquia São Benedito, no centro da cidade. O anúncio foi feito pelo vereador Alexandre Pinheiro (PTB), presidente da Câmara, parlamentar que conquistou a emenda de R$ 3 milhões, com o deputado estadual Adalberto de Freitas (PSDB), viabilizando a ação da prefeitura, denominada “Programa Mais Saúde”.

Em discurso na sessão ordinária, o vereador explicou que o mutirão - realizado em unidade móvel de saúde - seguirá no centro até esta sexta-feira (11). E, na próxima semana, será realizado na UPA do Jardim Paulista. “Isso é um grande avanço para a nossa população”, afirmou, sobre os atendimentos - que, nesta fase do serviço, ocorrem das 8 às 12 horas e das 13 às 16 horas, e são direcionados aos pacientes com 40 anos ou mais, segundo a prefeitura.

Alexandre explicou que não é necessário encaminhamento médico. “A população chega, é atendida, faz sua ficha de cadastro, faz a dilatação da pupila, passa por alguns exames de triagem, vai pro atendimento médico, [e] aqueles que forem diagnosticados com pterígio, catarata, dentre outras enfermidades oculares, já são encaminhados pro trailer para fazer exames pré-operatórios e já é marcada a sua cirurgia, no hospital da nossa cidade”, disse.

Ainda de acordo com o Poder Executivo, “pacientes que já tem procedimentos oftalmológicos aguardando agendamentos devem comparecer para nova avaliação, e estar com acompanhante (devido à dilatação das pupilas na realização do exame)”. A expectativa é atender “todos os pacientes que aguardavam na fila”. É necessário apresentar Cartão SUS, comprovante de endereço e documento de identidade com foto.

Com rejeição de Emenda à Lei Orgânica, em 2º turno, reeleição para a Mesa segue permitida

Painel Projeto de Emenda à Lei Orgânica 1 07.11.2022Painel exibe resultado da 2ª votação da proposta de emenda à Lei Orgânica que previa o fim da reeleição para a Mesa Diretora. Eram necessários nove votos a favor, para que a norma fosse aprovada em definitivo. Projeto será arquivadoDurante votação em segundo turno, na sessão ordinária desta segunda-feira (7), o Plenário da Câmara rejeitou o Projeto de Emenda à Lei Orgânica 1/2022, de iniciativa de nove parlamentares, que pretendia proibir a reeleição, “no mesmo cargo, para um período subsequente”, dos membros da Mesa Diretora da Casa. 

A propositura havia sido aprovada em primeiro turno, e dependia de nova aprovação, com o mínimo de 3/5 dos parlamentares (ou seja, nove vereadores favoráveis). Diferentemente da primeira votação, o resultado desta segunda-feira teve oito votos a favor, seis contrários e uma abstenção (veja aqui a relação nominal).

A apreciação do Projeto teve diversos reveses no Poder Legislativo. A primeira votação foi realizada em julho deste ano. Na época, o presidente da Câmara, Alexandre Pinheiro (PTB), confirmou a rejeição da propositura, mesmo com o resultado de nove votos favoráveis e seis contrários. Ou seja, o parlamentar considerou a previsão do Regimento Interno da Casa (que exige mínimo de 2/3 dos votos, ou seja, 10) e não a Lei Orgânica do Município (que estabelece o mínimo de 3/5, ou seja, os nove votos alcançados na época). 

Posteriormente, o vereador Paranhos (MDB) - um dos autores da proposta de Emenda à Lei Orgânica - entrou com o Recurso 1/2022, contra o resultado proclamado pela Presidência. Essa propositura foi avaliada pela Comissão de Justiça e Redação (CJR), que emitiu o Projeto de Resolução (PR) 6/2022, negando provimento ao recurso, o que foi revertido pelo Plenário, em outubro, tornando o PR aprovado em 1º turno. A rejeição em definitivo, nesta 2ª votação, se deu com a abstenção do vereador João do Bar (UNIÃO), autor da proposta original.

OS AUTORES

A proposta de mudança na Lei Orgânica - que pretendia proibir a reeleição para a Mesa Diretora da Câmara - é de iniciativa dos vereadores Altran (MDB), Beto Carvalho (UNIÃO), Bruno Leite (UNIÃO), João do Bar, Nelson Almeida (Solidariedade), Paranhos (MDB), Professor Fio (PTB), Vitor Gabriel (PSDB) e Wal da Farmácia (UNIÃO). 

Na Justificativa do Projeto de Resolução, agora considerado rejeitado, em definitivo, os autores afirmam que o mesmo tinha o objetivo de “adequar a Lei Orgânica” ao trecho da Constituição Federal (CF) de 1988 que trata da reeleição para os membros das Mesas Diretoras do Poder Legislativo Federal (Câmara dos Deputados e Senado). 

“Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”, diz o 4º parágrafo do artigo 57 da CF.

Contrários e favoráveis comentam proposta de fim da reeleição da Mesa

Geral 07.11.2022 05Vereadores no Plenário, durante a sessão. Diversos parlamentares comentaram a proposta de fim da reeleição da Mesa Diretora, agora rejeitadaAlguns vereadores comentaram a propositura, antes da votação no Plenário (assista aqui, na íntegra). Paranhos, um dos autores, destacou que o Projeto tinha sido assinado originalmente por nove vereadores (número suficiente para aprovação em segundo turno). Ele ainda comentou que, em Campinas, é proibida a reeleição para a presidência da Câmara. E pediu aprovação a aprovação do PR, que, segundo ele, tem apoio popular, inclusive.

Professor Adriel (PT) disse que a perpetuação de políticos à frente do poder é “danosa”. Ponderou, entretanto, que o ideal seria garantir o direito a pelo menos uma reeleição para a Mesa Diretora da Casa - tal qual acontece para os cargos majoritários do Poder Executivo (prefeitos, governadores, presidente da República). Segundo o parlamentar, essa recondução, única, na Câmara, garantiria por exemplo a continuidade de projetos da Presidência.

Camilla Hellen (Republicanos) também se manifestou contrária ao fim da reeleição para a Mesa Diretora, e defendeu a manutenção desse direito, previsto em lei. Já Altran disse que era a favor da proposta de mudança - que, se aprovada, a mesma decorreria da decisão do próprio Plenário. Wal da Farmácia ressaltou seu posicionamento, favorável ao término da reeleição, e manifestou expectativa de que todos os autores do PR mantivessem seus votos. 

Também favorável ao fim da reeleição, Professor Fio lembrou que o período de quatro anos compreende uma legislatura na Câmara. “Nada mais justo do que, dentro dessa uma legislatura, você tenha representatividades diferentes”, disse. Já Andrea Garcia (PTB), contrária ao PR, elogiou Adriel, e afirmou que não era o momento de se modificar apenas um trecho da Lei Orgânica - que é antiga, como o Regimento Interno, e carece de mais estudos.

Últimos a discursar, Vitor Gabriel (PSDB) disse que respeita o trabalho do atual presidente; ponderou, entretanto, ser contrário à reeleição, e defendeu alternância de poder, na Câmara, para evitar volta ao passado, onde ocorriam reeleições subsequentes. Alexandre agradeceu Adriel pelas palavras e reconhecimento do seu trabalho. Disse que o parlamentar foi “muito sábio”, e que, para alternância, bastaria que chapas adversárias disputassem o pleito. 

Foto Lado a Lado