Requerimento questiona dívidas do município

prefeituraRequerimento será enviado à prefeitura (Foto ilustrativa: Google Street View | 07/10/2025)Os vereadores querem informações sobre “dívidas e obrigações financeiras do município”, incluindo as relativas ao serviço de transporte público e escolar.

É o que cobra o Requerimento 17/2025, assinado por Alexandre Pinheiro (Republicanos), Josuel da Conceição (PSD) e mais oito vereadores. 

O texto foi aprovado por unanimidade na sessão ordinária desta segunda-feira (6).    

Logo na primeira pergunta, são solicitadas informações sobre “todas as dívidas da prefeitura com a empresa de transporte coletivo e transporte escolar desde 2015”.

O documento também diz respeito a outras “dívidas ajuizadas existentes”, “independentemente da origem”, seja “fiscal, trabalhista, contratual, previdenciária, etc.”.

A matéria pede que a prefeitura envie cópias de documentos e detalhe os “registros de atrasos nos pagamentos”, dentre outras informações.

Além de Alexandre e Josuel, assinam o Requerimento:

  • Andrea Garcia (PSD)
  • Bruno Leite (UNIÃO)
  • Camilla Hellen (Republicanos)
  • Clair Gomes (PSB)
  • Edson Silva (PL)
  • Milziane Menezes (MDB)
  • Renato Olivatto (PSDB)
  • Beto Carvalho (PP), presidente da Câmara 

Justificativa

“Diante da relevância dos serviços de transporte público e escolar para a população, bem como da possibilidade de existência de dívidas, repasses financeiros, subsídios ou desequilíbrio econômico-financeiro nos contratos, torna-se imprescindível o acesso às informações”, dizem os autores.

Comentário

A matéria foi votada “em bloco”, com outros Requerimentos. 

Josuel cobrou “mais clareza em relação ao transporte público da cidade de Monte Mor, as dívidas, e principalmente [pediu informações sobre dívidas com] o transporte escolar”.

“Estão muito obscuras as informações”, afirmou.

Ele disse que, em conversa com o prefeito, tomou conhecimento de que haveria uma dívida de mais de R$ 12 milhões, “que vem desde 2014”.

O parlamentar denunciou uma falta de clareza sobre o montante da dívida do transporte público, o que teria levado à “reformulação no Tarifa Zero”.

“Infelizmente, na maldade, na politicagem, encobriram essas informações, e foram protelando para que a população não soubesse”, completou.

Bruno protocola representação contra Sabesp

BrunoLeiteDiscurso 29.09.2025 MG 5585“O descarte irregular [de esgoto] neste final de semana foi imenso”, afirmou Bruno LeiteNa última segunda-feira (29), o vereador Bruno Leite (UNIÃO) protocolou uma representação contra a Sabesp, no Ministério Público (MP). 

Em discurso na sessão ordinária, na data, o parlamentar relatou que a empresa cobra, há muito tempo, a taxa de esgoto no município, mesmo com as deficiências no tratamento.

“O descarte irregular [de esgoto] neste final de semana foi imenso. A população nos procurou”, disse, citando que foi acionado por moradores da região central. 

Ele defendeu a apuração das causas do problema. “A gente precisa entender de fato o que está acontecendo. [...] Não dá para aceitar essa situação mais”, afirmou. 

Bruno ainda disse que é prerrogativa dos vereadores essa atuação. 

“Nós colhemos imagens, tiramos fotos do local, colhemos informações dos moradores”, disse, ressaltando que encaminhou o caso ao MP, para a devida apuração.

Fiscalização

“Agora cabe ao Ministério Público pedir ao órgão fiscalizador, [...], que é a Cetesb, para que faça todo esse estudo, verifique o local”, comentou. 

Ele disse que, caso seja “constatada ali alguma irregularidade, descarte irregular de esgoto que prejudique o meio ambiente, prejudique a população”, a empresa deverá ser punida.

Wal da Farmácia se defende de acusações

WallDaFarmacia 29.09.2025 MG 5671“Querem cassar meu mandato porque não concordo com as decisões do prefeito”, disse WalApós a leitura da Denúncia 2/2025, que acusa Wal da Farmácia (PSB) de “quebra de decoro parlamentar e infração político-administrativa”, a parlamentar se defendeu.

Em discurso que durou cerca de 10 minutos, ela disse que a decisão do Plenário, quanto ao recebimento da Denúncia, aprovado por dez a três, seria “política e não técnica”. 

“Querem abrir uma Comissão Processante contra essa vereadora por [...] eu estar a favor da população”, alegou, citando que votou contra o aumento de cargos na prefeitura, por exemplo, e lutou pela manutenção do programa Tarifa Zero.

A declaração que originou a Denúncia ocorreu na discussão do Projeto do Tarifa Zero. Na oportunidade, ela disse que a Câmara seria “vendida”, “um puxadinho da prefeitura”.

“Querem abrir uma Comissão Processante contra essa vereadora por [eu] votar contra os interesses do prefeito Murilo Rinaldo”, disse, nesta segunda. “Fui eleita pelo povo, e é pelo povo que eu trabalho, é pelo povo que luto diariamente”, afirmou.

Consciência em paz

“Tenho minha consciência em paz. Eu errei. Só que não mencionaram ali [na Denúncia] que eu corrigi imediatamente, depois eu subi nessa tribuna, corrigi novamente”, afirmou.

Ela se referia aos dois pedidos de desculpas feitos no dia do discurso, em 8 de setembro. 

“Tudo, tudo mesmo, será esclarecido na Justiça, se assim precisar. Errar é humano, reconhecer o erro é nobreza, perdoar é divino”, completou, noutro trecho, nesta segunda.

Wal ainda disse que quando mencionou a palavra “vendidos”, não se referia a “money” (dinheiro), mas sim a “cargos”. E pediu que os vereadores refletissem sobre o voto.

“Querem cassar o meu mandato porque eu não concordo com as decisões do prefeito”, finalizou.

Mais comentários

O vereador Bruno Leite (UNIÃO) disse que repudia a fala de que a Câmara seria “vendida”; destacou que respeita o voto dos pares; e pediu união e respeito, na Câmara. Ele ainda lembrou que Wal se desculpou pelo discurso proferido.

Bruno votou contra a Denúncia, assim como João do Bar (PSB) e Tuti do Morro (PSB). 

Bruno cobra detalhes de desassoreamento

BrunoLeiteDiscruso 24.09.2025 MG 5399Requerimento de Bruno Leite pergunta que locais do Rio Capivari foram desassoreadosO vereador Bruno Leite (UNIÃO) é autor do Requerimento que pede detalhes sobre a “utilização das máquinas cedidas pelo Governo do Estado para a realização dos trabalhos de desassoreamento do Rio Capivari e demais informações sobre as prevenções às enchentes”.

Na sessão ordinária, na última quarta-feira (24), ele explicou que a propositura visa, inclusive, obter os planos de ação do Estado e do próprio município. 

O vereador disse que a população tem “muitas dúvidas” sobre o trabalho que está sendo feito, e que os moradores de áreas alagadas ficam “em pânico” com a proximidade das chuvas.

O parlamentar lembrou que, assim como ele, outros vereadores e o prefeito cobraram a realização das obras do “tão sonhado terceiro trecho de desassoreamento do Rio Capivari”.

Além disso, comentou que tinha feito um ofício cobrando o “plano de ação do governo do Estado, da Secretaria de Meio Ambiente”, mas que não obteve resposta até o momento.

Quais locais?

Em tramitação, o Requerimento pergunta, inclusive, “quais os locais” do Rio Capivari já foram contemplados com as obras de desassoreamento e quais ainda serão beneficiados.

Na sessão, Bruno também disse que acompanhou recentemente os trabalhos que estão sendo feitos no Jardim Progresso.

Foto Lado a Lado