“Trata-se também da mobilidade urbana, que hoje é um caos”, disse Paranhos, em discurso na sessão da CâmaraO vereador Paranhos (MDB) protocolou uma Indicação que pede que a prefeitura elabore um Projeto de Lei que obrigue as instituições bancárias a disponibilizarem vagas de estacionamento para seus clientes. Durante discurso na Câmara, na sessão de segunda-feira (17), o parlamentar destacou que a medida pretende resolver um problema que existe há pelo menos 20 anos na cidade - já que, segundo ele, nesse período muitas instituições fecharam suas vagas exclusivas.
Segundo Paranhos, a propositura deve estabelecer a obrigatoriedade da destinação de um “número mínimo de vagas” para todos os clientes da rede bancária - além do percentual que já é previsto em lei federal para as pessoas com deficiência. “Nós não podemos resolver esse problema na esfera estadual ou federal. Mas eu entendo que dá para resolver na esfera municipal”, disse, pedindo o apoio dos demais vereadores. “Trata-se também da mobilidade urbana, que hoje é um caos”, disse.
Protocolada nesta quinta-feira (19), a Indicação também destaca que já existem no município estabelecimentos comerciais que disponibilizam “estacionamentos privativos com acessibilidade, segurança e vagas prioritárias aos seus usuários”; e lamenta que as agências bancárias deixaram, “inexplicavelmente”, de disponibilizá-los. A propositura também sugere que o PL da prefeitura preveja que fiscais de postura e a Guarda Municipal possam fiscalizar e autuar os infratores da norma.
Lucro
Paranhos também lembrou que muitos municípios da região optaram pela chamada “Zona Azul” - estacionamento rotativo na área urbana. Ele destacou, entretanto, que os bancos já possuem lucros pelas suas atividades. “O mínimo que eles têm que fazer é contribuir com a sociedade local”.
Fiscalização
O vereador também agradeceu às pessoas que têm apresentado demandas ao seu gabinete - incluindo denúncias, algumas delas bastante graves. Citou denúncia recebida que informa uma suposta prática de peculato, infração cometida por servidor público que cobra indevidamente por um serviço ou toma em seu poder algo do cidadão. “Nós vamos tomar todas as providências quando tivermos convicção dos fatos”, afirmou, destacando que adota tais cuidados “para não cometer injustiças”. O parlamentar também salientou que espera que a denúncia não seja verdadeira. “Seria inadmissível um governo saber que nos seus quadros tem um servidor que pratica tal atividade e, em vez de demiti-lo, impondo o rigor da lei, simplesmente transfere. A gente quer acreditar que isso não aconteceu”, disse.