Ao longo de sua história, a Câmara de Monte Mor contou com a atuação de onze vereadoras - num universo que totaliza mais de 200 parlamentares que exerceram mandatos a partir de 1873. 

Foi somente a partir da 13ª Legislatura (1997 a 2000) que mulheres foram eleitas para ocupar cadeiras no Poder Legislativo.

Naquela legislatura, Bernadete Nemer e Isilda Rinaldo exerceram seus mandatos. 

Isilda Rinaldo, inclusive, dá nome à Galeria de Vereadoras inaugurada nesta quinta-feira (28), no hall de entrada do Plenário.

“Foi muito desafio, principalmente porque fomos as primeiras mulheres eleitas, então a cobrança parece que foi maior”, afirma Bernardete Nemer, presente no evento (foto ao lado), sobre a atuação naquele período.

Em entrevista, a ex-parlamentar ainda comentou as demandas daquela época, como a de loteamentos, que tinham mais carências; citou a atuação positiva, ao lado de Isilda; e destacou que sempre obtiveram o respeito dos pares, naquele período. “Não me lembro de a gente ter alguma afronta ou qualquer tipo de desrespeito da parte masculina”, lembrou.  

A partir de 1997, a única legislatura da Câmara de Monte Mor que não contou com vereadoras eleitas foi a 16ª (entre 2009 e 2012).  

No Brasil, as mulheres conquistaram o direito de votarem e de serem votadas apenas em 1932. 

Veja a relação completa de vereadoras que exerceram mandatos em Monte Mor. 

Acesse, também, notícias sobre a criação da Galeria e sobre a sua denominação.

GALERIA DE IMAGENS:

(Mais detalhes da inauguração da Galeria nas próximas reportagens)

(Notícia atualizada às 12h48, para correção: o ano de instalação da Câmara foi em 1873 e não em 1936, como constava anteriormente)

A vereadora Andrea Garcia, na sessão plenáriaA vereadora Andrea Garcia (PSD) é coautora de um Projeto que pretende criar a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), na Câmara. Na sessão ordinária desta segunda-feira (25), a parlamentar comentou a medida.

Segundo ela, a proposta - que está em tramitação na Casa - pretende desenvolver a promoção dos direitos dos cidadãos e das pessoas mais vulneráveis. E visa, ainda, “promover e acompanhar as políticas públicas do nosso município com relação aos benefícios sociais”.

No pronunciamento, no Plenário, Andrea comentou que a cidade recebe “muitos benefícios”, como o Bolsa Família – que, desde 2004, movimenta economicamente o município. “Então, a gente precisa tirar dúvidas. Essa Frente vai trabalhar muita coisa”, afirmou.

Ela ainda destacou que, no colegiado, será acompanhada pelos vereadores Josuel da Conceição (PSD) e Alexandre Pinheiros (Republicanos), que também são coautores da iniciativa. Lido na sessão plenária de 18 de agosto, o Projeto ainda depende de aprovação.

INSPEÇÃO

A parlamentar abordou o “Selo de Inspeção Municipal” e disse que o Projeto estava na “gaveta há muito tempo”, mas que seu gabinete efetivou cobranças. Ela ainda comentou que o Selo será “reformulado”, para garantir a inclusão de produtos de origem vegetal. 

ESTRADA

Andrea disse que conversou com o prefeito sobre demandas da Estrada MOR 377, conhecida como Estrada do Magoga, que liga o Jardim Paulista à Rodovia SP 101. A parlamentar comentou que luta pela pavimentação asfáltica da via, para “melhorar a qualidade econômica do município”, inclusive, e que o chefe do Poder Executivo confirmou que a melhoria “está no projeto”. Na sessão, a vereadora ainda se comprometeu a tentar buscar uma emenda parlamentar de “pelo menos R$ 1 milhão”, para ajudar a viabilizar a obra de asfaltamento.

O vereador Bruno Leite, na sessão plenária da CâmaraO vereador Bruno Leite (UNIÃO) afirma que existe “um déficit muito grande em relação à habitação, no nosso município” - mas que, apesar disso, o último projeto habitacional apresentado pela prefeitura ao Governo do Estado “foi em 2012”. 

“Olha a lacuna, o tempo que nós estamos sem apresentar área e sem apresentar projeto, solicitando habitação para a nossa população”, afirmou o parlamentar, na sessão ordinária desta segunda-feira (25), cobrando uma ação do Poder Executivo.

No discurso, o vereador destacou que, em 2013, esteve na CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), acompanhado de outros parlamentares, solicitando a disponibilização de moradias para o município.

Além disso, anunciou que já marcou uma agenda na CDHU, “nas próximas semanas”, para abordar o assunto. “Espero que o prefeito apresente área, apresente projeto, para que nós possamos captar casas e recurso para esse povo tão sofrido da cidade”, salientou. 

O vereador ainda também lembrou que é autor da Moção 1/2023, de Apelo, pedindo “que o Estado priorize o município de Monte Mor na construção de casas populares para famílias que sofrem com enchentes”. A propositura foi aprovada por unanimidade pelo Plenário. 

No pronunciamento, Bruno comentou que os projetos de habitação viabilizados após 2012 foram do Governo Federal, via Minha Casa Minha Vida e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Estamos com um déficit muito grande, não tem mais habitação”, disse.

Ele ainda disse que o ex-prefeito Edivaldo Brischi teria anunciado a inscrição para casas populares, no ano passado, o que levou muitas pessoas ao Ginásio. “Uma enganação tremenda, um estelionato eleitoral que [o ex-prefeito] fez com a população”, afirmou.

O vereador Josuel da Conceição, na sessão plenáriaO vereador Josuel da Conceição (PSD) afirma que recebeu relatos do Procon sobre diversos problemas verificados na prestação de serviços da Sabesp, “que está um descaso, uma vergonha”. “Não é de hoje [que os problemas existem], mas, depois que privatizou [a empresa], as coisas pioraram aqui na cidade de Monte Mor”, disse o parlamentar.

A declaração foi emitida na sessão ordinária desta segunda-feira (25), quando ele anunciou que vai mover uma ação popular contra a Sabesp, levantando “a maior quantidade de pessoas que estão indignadas” com o serviço prestado pela empresa e provando para o Ministério Público, para a Justiça, “que eles estão cometendo irregularidades e crimes, inclusive”.

O vereador disse que são “inúmeras questões graves”, como: as cobranças indevidas, a prestação de um “atendimento péssimo” (e o relato de pessoas que chegaram “a desmaiar, aguardando”), o cancelamento de agendamentos com a “desculpa” de o sistema estar fora do ar, e a inclusão indevida de nomes no SPC/Serasa, “com menos de duas contas atrasadas”. 

No pronunciamento, Josuel ainda acrescentou que algumas cidades da região já enviaram reclamações contra a empresa ao Ministério Público e que, além da ação, ele pretende elaborar um abaixo-assinado. Citou, ainda, que a Sabesp não cumpre o seu dever, tendo em vista que continua ocorrendo “o descarte de esgoto no meio ambiente, nos córregos”.

“Se querem cobrar o justo, que cumpram os deveres, façam aquilo que de fato tem que ser feito, de forma adequada: o tratamento de esgoto”, afirmou o parlamentar, na sessão plenária, comentando o caso do bairro Jardim Colina, onde o esgoto está sendo descartado no córrego. “Isso não é crime? Até onde eu sei, é crime”, afirmou, criticando a prestação dos serviços.