Câmara quer informações sobre emenda

WalDaFarmácia 15.09.2025 Req.16A vereadora Wal da Farmácia é autora do Requerimento aprovadoEm Requerimento à prefeitura, a Câmara quer saber informações sobre uma emenda parlamentar destinada ao município pelo deputado federal Jonas Donizette (PSB). 

A cobrança é de iniciativa da vereadora Wal da Farmácia (PSB) e foi aprovada na sessão ordinária desta segunda-feira (15), com o voto favorável de todos os 15 parlamentares.

A autora afirma que foi “amplamente divulgado que a referida emenda parlamentar de custeio seria investida para [realizar o] acerto dos valores pendentes aos funcionários exonerados da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Paulista”.

Na Justificativa, a parlamentar ainda diz que a emenda já se encontra nas contas do município, conforme informações do próprio deputado, mas que “não houve nenhum acerto” - ou seja, as dívidas “com os funcionários exonerados da UPA” ainda não foram pagas. 

Em discurso antes da votação, Wal comentou a importância do pedido de esclarecimentos, “para saber onde foi usada essa emenda do nosso deputado Jonas Donizette”.

As perguntas

O pedido de informações (Requerimento 16/25) enviado à prefeitura tem sete perguntas. As quatro primeiras dizem respeito:

  • ao “efetivo valor” da emenda;
  • à data da transferência;
  • à conta em que foi efetuado o depósito;
  • ao “CNPJ titular” da conta em que foi realizada a transferência.

Outros dois questionamentos querem saber:

  • se a emenda “se encontra” na conta do município;
  • se a verba “foi usada para saldar os valores pendentes”, conforme “apalavrado pelo senhor prefeito, bem como informado no vídeo apresentado pelo deputado Jonas Donizette, que a destinou”.

“Caso essa emenda não mais se encontre em conta desta municipalidade, onde foi aplicada? O que foi feito com os recursos da mesma?”, também pergunta o Requerimento. 

O caso

Em agosto, a Câmara autorizou que a prefeitura firmasse acordo extrajudicial para garantir o pagamento de verbas rescisórias de ex-empregados da UPA. 

Os valores - cerca de R$ 911 mil, referentes aos valores devidos a 39 ex-funcionários - referem-se ao período em que a entidade era gerida pela Associação Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus. 

Na data daquela votação, tanto Wal quanto o presidente da Casa, vereador Beto Carvalho (PP), comentaram o Projeto e agradeceram ao deputado pela destinação da verba pública. 

Beto também comentou a votação do Requerimento, nesta segunda-feira, e disse que o “papel do vereador é fiscalizar”. 

“Nós também estamos tentando investigar o Hospital, junto com os valores da UPA, mas o [Poder] Judiciário nos bloqueou. Entraram com um mandado de segurança, lá [na Justiça]. Se não deve nada, nos deixe fiscalizar vocês também”, afirmou.

Pai e filha recebem homenagens póstumas

Geral 15.09.2025 pls85e86Wal da Farmácia e familiares de João Abilio e Maria das GraçasDois Projetos de Lei (PLs) da vereadora Wal da Farmácia (PSB) foram aprovados por unanimidade nesta segunda-feira (15), na sessão ordinária da Câmara.

As matérias legislativas prestam homenagens póstumas ao senhor João Abilio Furaer e à sua filha, Maria das Graças Campana Furrier Duarte. 

Respectivamente, os munícipes darão nome às Ruas Vinte e Dezenove, localizadas no Loteamento Jardim Vila Rica, no município.

Antes da votação em bloco, a vereadora Wal explicou que se tratava de uma família “muito querida”. Ela leu as histórias de vida e exibiu fotografias. 

Familiares dos homenageados estiveram presentes. Os vereadores Professor Adriel (PDT) e Beto Carvalho (PP), presidente da Câmara, também comentaram.

Biografias

João Abilio nasceu em Monte Sião (MG), em 1928. Conforme o PL 85/25, ele atuou como carreteiro por cerca de 40 anos, “sendo conhecido por ser trabalhador, responsável e honesto”. 

“Desde 1965, prestou seu trabalho em nossa cidade de Monte Mor, quando aqui chegaram, cidade que passou a chamar de sua verdadeira terra natal”, diz a autora. Ele morreu em 2018, aos 90 anos.

Já a filha, Maria das Graças, nasceu em 1960, em Vera Cruz (SP), e mudou-se ainda na infância para Monte Mor, com os pais. 

Conforme o PL 86/2025, ela atuou no Hospital por mais de dez anos, “onde não deu somente seu suor do trabalho, mas seu sorriso acolhedor e suas palavras amigas a quem precisasse”. Morreu em julho de 2014, aos 54 anos.

Wal cita relatos de moradores sobre atuação de empresa e cobra ação do Poder Público

WallDaFarmaciaDiscurso 08.09.2025 0 MG 4481“As instâncias superiores serão acionadas, inclusive a Cetesb [Companhia Ambiental do Estado de São Paulo], [...] por essa atividade ao lado do Ribeirão Aterrado”, afirmou a vereadora Wal da Farmácia, na sessão plenáriaA vereadora Wal da Farmácia (PSB) afirma que recebeu em seu gabinete moradores do município, relatando problemas que seriam decorrentes da atuação de uma empresa do ramo de cimento e concreto, que fica instalada às margens do Ribeirão Aterrado, em Monte Mor.  

“Várias ações já foram tomadas pelos moradores próximos, junto ao Poder Público, e nada tem sido feito”, afirmou, citando que a empresa “gera poeira, cimento”, um “barulho fora do normal”, além da queimada de materiais - o que foi apresentado em fotos e vídeos exibidos.

Na sessão ordinária desta segunda-feira (8), a vereadora ainda mostrou ofícios enviados por ela e pelo deputado federal Delegado Palumbo, à prefeitura, sobre o assunto. “Olha a situação que o povo do Campos Dourados e Sam Remo estão vivendo, todos os dias, ali”, afirmou.

A parlamentar também criticou a inércia do município. “O que está acontecendo com o Poder Público local, que nem se dá ao trabalho de atender o deputado federal? Imagine [se vai atender a] nós, vereadores?”, questionou, em seu pronunciamento, cobrando providências.

TRABALHO

Wal ainda destacou que, como vereadora, está fazendo o seu trabalho, tendo em vista a gravidade da denúncia – já que o problema adentraria uma área de preservação permanente (APP). “As instâncias superiores serão acionadas, inclusive a Cetesb [Companhia Ambiental do Estado de São Paulo], [...] por essa atividade ao lado do Ribeirão Aterrado”, afirmou, destacando que o caso “demanda muitos cuidados e vistorias minuciosas”. Ela também questionou a falta de atuação da Vigilância Sanitária Municipal e da Secretaria de Meio Ambiente. “Isso aqui é de conhecimento do Poder Público”, disse. 

Em Explicação Pessoal, vereador rebate acusação de que Câmara “estaria vendida”

AlexandrePinheiro 08.09.2025 01O vereador Alexandre Pinheiro, na sessão plenáriaAo final da sessão ordinária desta segunda-feira (8), o vereador Alexandre Pinheiro (Republicanos) apresentou uma “Questão de Ordem” e, com base nos artigos 138 e 139 do Regimento interno da Câmara, usou o dispositivo denominado “Explicação Pessoal” para rebater a fala que havia sido proferida pela vereadora Wal da Farmácia (PSB), na mesma data.

“Nós acabamos de ouvir há pouco, aqui, uma afirmação gravíssima, [...], da vereadora Wal da Farmácia, de que esta Casa estaria vendida. Quero aqui, em respeito ao povo que nos elegeu, pedir que a nobre apresente então as provas que sustentam uma acusação tão grave”, afirmou, em referência ao discurso proferido pela vereadora ao debater o Projeto de Lei (PL) 37/2025.

“Não se pode lançar acusações dessa magnitude sem responsabilidade, [acusações essas] que colocam em dúvida a honra desta Casa e de todos os vereadores que estão aqui presentes. Se há provas, que sejam trazidas. Se esta Casa está vendida, alguém está comprando. Quem está comprando? Quanto está pagando? Nós não admitiremos que a imagem do Poder Legislativo seja manchada por insinuações sem fundamento”, completou Alexandre.

O DISCURSO

WalDaFarmacia 08.09.2025 02A vereadora Wal da Farmácia, durante discurso“É muito triste ver uma situação de uma Câmara vendida. Como eu posso dizer, um puxadinho da prefeitura”, havia dito Wal, no momentoda discussão do PL, que revogou o programa Tarifa Zero de gratuidade no transporte público municipal. 

Posteriormente, a parlamentar se explicou e pediu desculpas em duas oportunidades. “Na minha fala, eu falei ‘vendido’, eu peço desculpas, estava nervosa. Peço desculpas a todos os nobres vereadores”, afirmou, num primeiro momento, pedindo que a manifestação fosse registrada em ata. 

“Se eu falei vendidos, para vocês, novamente eu peço desculpas. Não foi o ‘vendidos’ que eu quis dizer de grana, não. Mas, sim, de puxadinho, senhor presidente, que nós não podemos ter. Eu estou abalada, eu estou emocionada”, afirmou, depois, na mesma sessão.

Foto Lado a Lado