“Quero pedir, encarecidamente, pelo amor que cada um tem no coração, que entrem com uma providência”, disse Nilsete Barbosa: munícipe cobrou acessibilidade no transporte públicoA munícipe Nilsete Barbosa Duarte Andrade usou a tribuna livre da Câmara, durante a sessão ordinária da última segunda-feira (11), para abordar o assunto “transporte público - dificuldade de acessibilidade para pessoas com deficiência física [PcD]”.

A moradora afirmou que o marido usa cadeira de rodas e encontra “muitas dificuldades” para utilizar o transporte público municipal, no dia a dia. Ela citou a importância de que os elevadores dos veículos estejam funcionando, para garantir essa acessibilidade.

“Nós somos pagadores de impostos, então, eu vim aqui somente pedir pelo nosso direito, que ele [o esposo, assim como as demais pessoas com deficiência do município] tem direito de ir e vir. Tem direito que os elevadores do ônibus estejam [funcionando]”, afirmou. 

Nilsete disse que o marido já perdeu consultas, por não conseguir chegar ao centro, já que os ônibus com elevador funcionando demoraram para passar. “Quero pedir, encarecidamente, pelo amor que cada um tem no coração, que entrem com uma providência”, concluiu.

Em sua fala, a moradora disse que já gravou casos em que pessoas precisaram ajudar o marido a entrar e sair do ônibus, devido à falta de acessibilidade, gerando constrangimentos a ele. Ela mencionou os trechos da rodoviária, Terminal Geraldo Benini e Jardim Moreira. 

PARTICIPAÇÃO

Instrumento de participação popular previsto no Regimento Interno da Câmara, a tribuna livre possibilita que cidadãos abordem assuntos de seu interesse, no plenário, “mediante inscrição prévia junto à divisão Legislativa”. 

O formulário para solicitar a utilização do espaço pode ser obtido na Carta de Serviços do Poder Legislativo. É necessário apresentar, além do formulário, cópias do Título de Eleitor e de comprovante de residência dos últimos três meses.

Na sessão plenária de segunda-feira, os vereadores Bruno Leite (UNIÃO), Paranhos (MDB), Vitor Gabriel (MDB), Professor Fio (UNIÃO), Professor Adriel (PDT) e Wal da Farmácia (PSB) também comentaram o problema abordado pela moradora.

“Um pedido simples, que para a população faria toda a diferença, mas que nunca foi realizado”, reclamou Vitor Gabriel, citando necessidade de de efetuar a limpeza de bueirosNa sessão ordinária da última segunda-feira (11), o vereador Vitor Gabriel (MDB) comentou diversas reivindicações de melhorias que foram apresentadas pelo seu gabinete à prefeitura, durante o mandato, mas que não foram atendidas pelo Poder Executivo.

O parlamentar voltou a pedir o calçamento das vielas de bairros como Jardim Paulista, Nova Alvorada, Parque do Café e Campos Dourados, dentre outros. “Um pedido simples, que para a população faria toda a diferença, mas que nunca foi realizado”, reclamou, no discurso. 

Ele ainda destacou a necessidade de efetuar a limpeza de bueiros. Além disso, citou outros problemas enfrentados pelo município, como a falta de medicamentos, inclusive para crianças com transtorno do espectro autista, e a existência de pontos de ônibus sem cobertura.

“Será possível que ninguém nunca ouviu eu falando isso, aqui? Será que as minhas inúmeras Indicações não chegaram para ele [prefeito], lá?”, afirmou, citando a necessidade de podas de árvores e de melhorias na iluminação, e a existência de esgoto a céu aberto, em bairros.

ENCHENTES

Na sessão plenária, o vereador exibiu imagens de uma reportagem da EPTV, sobre o acúmulo de sujeira no Rio Capivari. “Essa situação a gente enfrenta ano após ano”, criticou Vitor, destacando que o prefeito não tomou atitudes sobre as enchentes, que ocorrem anualmente. Ele também voltou a pedir a realização de uma auditoria na prefeitura.

“Em um escorregão, [se] alguém pisar em falso, pode acontecer uma tragédia”, afirmou Nelson Almeida, sobre a importância da instalação de guarda-corpo na Jânio QuadrosO vereador Nelson Almeida (MDB) vai destinar uma verba de R$ 206 mil, do Orçamento de 2025, visando à implantação de guarda-corpo na Avenida Jânio Quadros, na altura da Escola Municipal Professor Lázaro Gonçalves Teixeira. Em discurso na sessão ordinária desta segunda-feira (11), ele comentou a importância da iniciativa, para evitar acidentes. 

Nelson lembrou que diversos estudantes, inclusive da Etec (Escola Técnica Estadual), passam pelo trecho da via, diariamente, havendo o risco de quedas. “Em um escorregão, [se] alguém pisar em falso, pode acontecer uma tragédia”, afirmou, ressaltando que, quando atuou como diretor de trânsito - e também no atual mandato - solicitou tal melhoria à prefeitura.

O parlamentar disse que pretendia direcionar parte de sua emenda impositiva para a aquisição de motocicleta para a Guarda Municipal, como no ano passado; entretanto, a instalação do guarda-corpo é urgente. “A gente vê a necessidade que a população precisa, mas o governante que administra, que é responsável pela caneta, não faz o seu dever”, concluiu.

ELEITOS

Na sessão plenária, o vereador ainda parabenizou os vereadores reeleitos, assim como Murilo Rinaldo, prefeito eleito, e Professor Fio (UNIÃO), vice-prefeito eleito. “O Murilo já foi vereador e sabe muito bem como conduzir a política”, disse, manifestando expectativas de que, com os futuros governantes, “as coisas vão andar aqui na cidade de Monte Mor”.

“Segundo a informação que nós temos, [...] a prefeitura não fez esse repasse [todo] e existe uma preocupação nesta categoria”, afirmou Paranhos, na sessão, sobre os médicos do hospitalO vereador Paranhos (MDB) afirma que, nesta segunda-feira (11), foi informado de que o repasse de recursos da prefeitura para a Associação Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus “não foi feito em sua totalidade”. Ele comentou o assunto na sessão ordinária, na data.

No discurso, o parlamentar disse que o valor repassado foi suficiente para pagar o salário dos servidores - mas não para pagar os médicos. “Segundo a informação que nós temos, [...] a prefeitura não fez esse repasse [todo] e existe uma preocupação nesta categoria”, afirmou.

Paranhos também comentou a publicação feita pelo Sindicato dos Servidores Públicos (Sindsmor), sobre o caso “de uma servidora que deu entrada no hospital, aparentemente envenenada por algo que ela ingeriu lá no posto de saúde [do Jardim Paviotti]”.

O vereador disse que o fato é “grave”, já que, em ano anterior, houve outra denúncia. “Nós não obtivemos resposta” [sobre o caso anterior], disse, citando a “sensação de impunidade”. “A impunidade não pode perdurar e permanecer no serviço público”, completou.

PROCESSO SELETIVO

Ele também abordou o edital do processo seletivo da Educação, publicado pela prefeitura, que “retirava direitos e possíveis benefícios de uma categoria [...] reconhecidamente mal remunerada”. E parabenizou a postura do Sindsmor e de parlamentares da própria Câmara, que agiram preventivamente, fazendo com que o prefeito corrigisse o documento.