Atendimentos em UBSs são agendados para novembro, reclama Camilla Hellen

CamillaHellen 14.04.2025 01A vereadora Camilla Hellen, na sessão plenária de segunda (14)A vereadora Camilla Hellen (Republicanos) tem recebido reclamações de que moradores que vão até as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município só têm conseguido vaga para atendimento em clínica médica para “outubro e novembro”. Na sessão ordinária desta segunda-feira (14), a parlamentar pediu que o vice-prefeito, Professor Fio, que estava presente no Plenário, leve essa demanda ao Poder Executivo. “É muito longe, né”, criticou.

No discurso, Camilla também comentou o caso de uma moradora do Jardim São Clemente, que passou pelo problema. E disse que, no mesmo bairro, o vereador Josuel da Conceição (PSD) recebeu reclamação parecida, com o agravante de que a munícipe, que conseguiu consulta apenas para outubro, precisava “atualizar” a receita médica para hipertensão – o que também não foi viabilizado de maneira rápida, devido à alta demanda de atendimentos.

A parlamentar lembrou que esse último caso - de demora para agendamento da consulta e até mesmo para renovação de receituário - trata-se de uma “questão de demanda excessiva”. Ou seja, o posto de saúde está sobrecarregado, levando à necessidade urgente de construção de uma nova unidade de saúde na região do Jardim Nova Alvorada - assunto que foi levado ao prefeito Murilo Rinaldo e que, inclusive, já foi abordado em sessão plenária da Câmara.   

“É muito alta, realmente, a demanda. Esses profissionais estão saturados”, disse Camilla. Ela voltou a explicar que solicitou uma emenda de R$ 3 milhões em Brasília, para construção dessa nova UBS, e que a deputada federal Maria Rosas se comprometeu em ajudar. “Então, agora a gente fica no aguardo da prefeitura, em relação a projeto e tudo mais, para que a gente possa empenhar [o recurso] e dar continuidade nos trâmites”, ressaltou a vereadora.

TAPA-BURACO

Ela também citou o início de operação tapa-buracos no São Clemente, bairro que estava numa situação precária. A parlamentar citou que os serviços começaram a ser realizados nas proximidades do terminal de ônibus, o que “já é um bom começo”. Mas pediu celeridade ao Poder Executivo, tendo em vista que esse problema afeta vários bairros da cidade. 

Prefeito não tem nenhuma proposta para sanar dívida anunciada, diz Wal da Farmácia

WalDaFarmacia 14.04.2025 01A vereadora Wal da Farmácia, na sessão plenáriaA vereadora Wal da Farmácia (PSB) afirma que, após 100 dias de governo, o prefeito Murilo Rinaldo não apresentou “nenhuma proposta como gestor para sanar e buscar equalizar essa questão dessa dívida anunciada”, no valor de R$ 175 milhões, deixada pela gestão anterior.

“Quais foram os avanços? Quais foram as melhorias vistas na nossa cidade?”, questionou a parlamentar, na sessão ordinária de segunda-feira (14). Ela também criticou a criação de 14 cargos de secretário adjunto e um cargo de procurador-geral adjunto, com “supersalários”.

No discurso, Wal ainda comentou que a cidade continua sem secretário de Mobilidade Urbana. “Nossa população [continua] sofrendo, com poucos ônibus, rodando com horários muito dispersos, sem pontos de ônibus”, denunciou, citando o “descaso” da prefeitura.

Ela também comentou que o município não tem secretário de Defesa Civil. E que sofre, ainda, com a falta de remédios. “Nosso povo tem ido até as farmácias das unidades de saúde e não tem encontrado todos os medicamentos”, frisou, citando que recebe as reclamações.

“Nós, vereadores, não estamos sendo atendidos com nossos ofícios, nossas Indicações”, reclamou, manifestando expectativa de que o cenário se altere, após promessas do vice-prefeito Professor Fio. “Não somos atendidos, mas somos cobrados, prefeito”, disse.

LICITAÇÕES

“A cidade com dívida de R$ 175 milhões e vamos fazer licitações de artigos para festas, palco, tendas, som e outros da mesma ordem, no valor de R$ 6 milhões? Fazer contratação emergencial de empresa fornecedora de equipamentos pesados para três meses, [no valor] de R$ 850 mil?”, questionou Wal, em tom crítico, enumerando outros problemas da atual gestão.

Alexandre manifesta apoio os servidores públicos e cita expectativa de melhorias

AlexandrePinheiroDiscurso 14.04.2025 0 MG 5591O vereador Alexandre Pinheiro, na sessão da CâmaraNa sessão ordinária de segunda-feira (14), o vereador Alexandre Pinheiro (Republicanos) comentou a presença, no Plenário, de uma servidora pública representante das cuidadoras de criança. Ele destacou a importância da união do funcionalismo público, em prol de melhorias.

“A união faz a força, de fato [...]. A unidade de vocês tem que prevalecer, para que nós possamos conquistar aquilo que vocês tanto almejam. Não só as cuidadoras, não só as PDIs [Professoras de Desenvolvimento Infantil], mas toda a classe de servidores públicos”, relatou.

No pronunciamento, o parlamentar lembrou que, devido à “má gestão que vem acontecendo durante toda a história da nossa cidade”, atualmente existem servidores públicos que recebem apenas um salário mínimo - o que precisa ser corrigido. “Isso é inadmissível”, completou.

Ele manifestou expectativa de que a atual gestão garanta melhorias. “Temos certeza que o [prefeito] Murilo [Rinaldo], todo o seu governo, está trabalhando para que nós possamos equalizar essa questão e dar mais dignidade para os servidores que tanto trabalham”, disse.

Na sessão, Alexandre ainda comentou a participação no Ciclo de Debates do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), em Votuporanga. Na oportunidade, foi lançado o Manual de Boas Práticas da Gestão Pública, na presença do Ministério Público de Contas.

O vereador também citou a importância do TCE na fiscalização das contas públicas. E destacou que, enquanto presidente da Casa, no biênio 2021/2022, teve as contas do primeiro ano aprovadas pelo colegiado, o que deve acontecer, também, com as do segundo. 

Morte de paciente da UPA: Josuel denuncia negligência e cobra apuração

JosuelDaConceiçãoDiscurso 14.04.2025 MG 5522O vereador Josuel da Conceição, na sessão de segunda-feira (14)O vereador Josuel da Conceição (PSD) afirma que uma paciente que foi atendida três vezes na UPA da cidade, após uma queda, pode ter sido vítima de negligência - tendo em vista que não foi deixada em observação na unidade e sequer foi submetida a uma tomografia.  

Na sessão ordinária de segunda-feira (14), o parlamentar disse que a moradora do Jardim Paulista caiu do telhado em 9 de março, quando teve o primeiro atendimento na UPA - para onde retornou em 6 e 7 de abril, devido às fortes dores na cabeça que continuava sentindo.

Segundo o vereador, em 8 de abril a paciente foi levada por familiares ao Hospital Mário Covas, em Hortolândia, onde foi feita uma tomografia, diagnosticando aneurisma cerebral, “por causa da queda”. De imediato, disse Josuel, ela foi encaminhada ao Estadual de Sumaré.

“No mesmo dia, o neurocirurgião atendeu a paciente, fez outra tomografia onde ficou constatado pelo médico que não havia mais nada que poderia ser feito, por conta do traumatismo ter evoluído para morte cerebral”, afirmou. Ela morreu no dia 11 de abril.

No pronunciamento, o parlamentar disse que elaborou um relatório sobre o caso e enviou um ofício ao prefeito e ao secretário de Saúde de Monte Mor, cobrando investigação. “Nós não podemos ter mais vítimas como a dessa mulher, por questão de negligência médica”, afirmou.

“Nós não podemos deixar essa morte passar em vão, sem que haja uma investigação, sem que haja um pedido de abertura de uma sindicância para apurar os fatos e tomarem providências”, disse. Ele também pediu um minuto de silêncio e expressou sentimentos aos familiares.

Foto Lado a Lado